Tópicos do dia
XP NEWS
- Prévia de resultados do 1T19: Segunda edição
Brasil
- Política Brasil: Reforma da previdência passa na CCJ
Empresas
- Política Brasil: Reforma da previdência passa na CCJ
- Via Varejo (VVAR3): Resultado fraco no 1T19
- WEG (WEGE3): Resultados levemente abaixo das expectativas
COE News
- Credit Suisse: Após reestruturação, resultados positivos do 1T19 surpreendem
Resumo
CCJ aprova PEC da reforma
Mercados europeus seguem índices asiáticos nesta manhã de quarta-feira operando em queda. Nos EUA, mercados apontam para abertura positiva após fechamento recorde de ontem, seguindo discussão que ganha força sobre espaço para potencial corte na taxa de juros americana e impulsionados por temporada de resultados acima da expectativa para a maioria das empresas que reportaram.
Segundo comunicado da Casa Branca, o representante comercial e o secretário do Tesouro dos EUA viajarão à Pequim para retomarem as negociações comerciais na próxima terça-feira, dia 30. As discussões cobrirão questões incluindo propriedade intelectual, transferência forçada de tecnologia, barreiras alfandegárias, agricultura, serviços, compras e fiscalização. Além disso, oficiais chineses planejam ir à Washington para as discussões que começam dia 8 de maio.
No Brasil, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou ontem o relatório por 48 votos a 18 e com isso, deu aval à tramitação da PEC da reforma da Previdência. Os percalços pelos quais o governo passou para votar o texto favorável à PEC indicam as dificuldades que o Planalto terá em aprovar a reforma na comissão especial a partir das próximas semanas. Porém, o modo como o governo, unido ao Centrão, conseguiu superar a obstrução por parte da oposição, também mostra a capacidade que essa união tem de aprovar uma proposta de reforma.
A aliança com o bloco de partidos de centro-direita é essencial para o governo daqui para frente. Para conseguir aprovar a PEC, o Planalto precisará manter o Centrão por perto e, por consequência, ceder aos pontos que o grupo de legendas impor. Nossa pesquisa realizada no começo de abril mostra que o mercado trabalha com expectativa de aprovação de reforma de R$700bi, vs. proposta inicial de R$1,15tri, com 61% dos entrevistados esperando aprovação na câmara somente no segundo semestre.
Do lado das empresas, complementamos ontem a nossa prévia de resultados para o 1T19, reiterando os bancos e as empresas de aluguel de veículos como os principais destaques positivos e, do lado negativo, Vale, Papel & Celulose e Distribuição de Combustíveis.
Na semana passada tivemos o início da temporada de resultados, com a Usiminas reportando um resultado fraco, mas melhor que o esperado. Via Varejo e Cielo também reportaram resultados fracos ontem à noite. Foco nessa semana para os resultados de Weg (hoje), Localiza, Bradesco e Lojas Renner (quinta-feira).
Conteúdo na íntegra
XP News
Prévia de resultados do 1T19: Segunda edição
- Complementamos nessa semana a nossa prévia de resultados para o 1T19. Esperamos uma temporada relativamente fraca no 1T19, principalmente devido à recuperação econômica mais lenta do que o esperado e fatores idiossincráticos afetando as empresas cíclicas domésticas. Continuamos confiantes em uma recuperação ainda no 1S19, à medida que a agenda da Reforma da Previdência avance, trazendo confiança e suporte à atividade;
- No trimestre, reiteramos os bancos e as empresas de aluguel de veículos como os principais destaques positivos e, do lado negativo, Vale, Papel & Celulose e Distribuição de Combustíveis;
- Na semana passada tivemos o início da temporada de resultados, com a Usiminas reportando um resultado fraco, mas melhor que o esperado. Foco nessa semana para os resultados de Cielo e Via Varejo (ontem), Weg (hoje) e, por fim, Localiza, Bradesco e Lojas Renner (quinta-feira). Por favor clique aqui para acessar o relatório completo, com um resumo dos principais destaques e nomes relevantes, detalhes setoriais, resumo dos resultados até o momento e o que focar ao longo da semana.
Brasil
Política Brasil: Reforma da previdência passa na CCJ
- A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou ontem o relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) por 48 votos a 18. Nossa equipe política espera que a aprovação da reforma encontre dificuldades nas próximas semanas na comissão especial, já que obstáculos significativos já foram enfrentados na primeira etapa da CCJ;
- No entanto, o modo como o governo, unido ao Centrão, conseguiu superar as tentativas de obstrução da oposição revela a capacidade que essa união tem de aprovar a reforma. A aliança com o bloco de partidos de centro-direita é essencial daqui para frente. Para conseguir aprovar a PEC, o Planalto precisará manter o Centrão por perto e, por consequência, ceder aos pontos que o grupo de legendas impor;
- A sessão de ontem levou quase oito horas e foi prejudicada por um problema técnico no painel exibindo os votos. Os deputados começaram então a votar no microfone, um por um.
Empresas
Cielo (CIEL3): 1T19 fraco, mas todos os olhos estão voltados para os próximos passos
- A Cielo divulgou ontem os resultados do 1T19 com lucro líquido de R$548,5 milhões, 13,8% e 11,2% abaixo das estimativas XPe e do consenso, respectivamente, e -27,6% vs 4Q18 e -40,4% A/A. Ajustado pela amortização do ágio da Cateno, o lucro líquido caiu 25,3% no tri e 37,7% A/A. Além do trimestre ser sazonalmente fraco, os resultados foram novamente impactados pela guerra de preços no setor e pelas despesas maiores principalmente em pessoal (+14,5% vs 4Q18 e 48,5% A/A), impulsionadas principalmente pelo aumento de contratações nas equipes comerciais;
- O volume de transações financeiras aumentou 3% vs 1Q18, impulsionado por cartões de crédito (+6,4%) e refletindo o posicionamento mais competitivo da empresa adotado desde setembro de 2018. O número de estabelecimentos ativos também cresceu 1,9% sequencialmente devido à maior base no segmento de microempresários, que também foi responsável pelo aumento de 8,0% na base de terminais. Na Cateno, os resultados foram negativamente impactados pelo fraco crescimento da receita e pelo aumento das despesas, com líquido contábil atingindo R$134,4 milhões (-18,8% A/A). A JV atualmente representa 23%, 34% e 15% da receita líquida, EBITDA e lucro líquido da Cielo, respectivamente;
- O yield das receitas diminuiu sequencialmente, de 0,96% no 4T18 para 0,91%, devido aos ajustes de preços mencionados e também pelos efeitos do mix com maior participação de grandes contas. Por fim, o volume de penetração de antecipação de recebíveis subiu para 17,6%, vs 15,9% no 4T18, mas o resultado líquido caiu 3,6% no tri e 34,9% no ano, impactado por taxas mais baixas;
- Em geral, o resultado do 1T19 foi mais fraco do que o esperado, mas reconhecemos que agora toda a atenção está voltada nos próximos passos da Cielo em resposta ao recente movimento agressivo da Rede na antecipação de recebíveis. Sua concorrente anunciou na quinta-feira passada que vai cobrar taxa zero em adiantamentos a clientes com volumes anuais abaixo de R$30 milhões e que tenham domicílio bancário no Itaú, que receberão o valor em 2 dias. Essa é a questão principal a ser respondida na teleconferência de hoje (10:00, Brasília). Embora as ações tenham caído 15,6% nos últimos 30 dias, mantemos nossa recomendação Neutra e Preço-Alvo R$10,00, uma vez que atualmente não vemos potencial relevante de queda do P/L e dividendos atuais. Entretanto, novas informações sobre precificação e estratégia de antecipação podem mudar nossa visão.
Via Varejo (VVAR3): Resultado fraco no 1T19
- A Via Varejo reportou ontem resultados mais fracos do que o esperado com um crescimento de vendas mesmas lojas de -1,9% contra nossa estimativa 4,5%, ainda impactado pela instabilidade operacional do 4T18. Além disso, o crescimento das vendas online foi de 1,7% A/A, inferior à nossa estimativa de crescimento de 7,0% A/A devido à eventos pontuais ligados ao processo de estabilização dos canais online;
- A empresa reportou receita líquida de R$6.330 milhões, 8,1% inferior às nossas estimativas e 6% abaixo do consenso do Bloomberg. A companhia reportou um EBITDA ajustado excluindo efeitos do IFRS 16 de R$327 milhões, em linha com a nossa estimativa de R$333 milhões devido à custos e despesas com pessoal mais baixos. O lucro líquido reportado ficou em -R$49 milhões, abaixo das nossas estimativas e abaixo do consenso;
- Mantemos nossa recomendação Neutra para as ações da Via Varejo com preço-alvo de R$6/ação. Esperamos recuperação de resultados em 2019, mas desafios operacionais e incertezas em relação à venda da Via Varejo para um investidor estratégico devem manter as ações pressionadas. Reconhecemos que o desinvestimento para um investidor estratégico pode, de fato, ser um gatilho relevante, mas o tempo e a probabilidade de se materializar são muito incertos, enquanto operacionalmente, após trimestres subsequentes de decepção, gostaríamos de entrega e visibilidade antes de recuperar a convicção. Clique aqui para acessar nosso último relatório sobre a empresa.
WEG (WEGE3): Resultados levemente abaixo das expectativas
- A WEG acaba de reportar resultados levemente abaixo das expectativas no 1T19. A receita ficou em R$2,9 bi no trimestre (+15% a/a), enquanto o EBITDA atingiu R$475 mi (+22% a/a): levemente abaixo do consenso e de nosso número impactado principalmente pela performance do segmento industrial. O lucro de R$307 mi (8% a/a), também ficou abaixo do esperado. Apesar disso, houve crescimento de margem e de ROIC no trimestre;
- A divergência em relação às expectativas se deu no segmento industrial principalmente, seguindo uma recuperação nos investimentos industriais mais fraca que a esperada, mas parcialmente compensada por um câmbio mais favorável na comparação anual (dólar mais forte – mercado internacional é representativo no segmento). O segmento apresentou crescimento de 12% a/a. Já segmento de energia contribuiu com crescimento de ~22% a/a, impulsionado por geração solar principalmente. Como destaque positivo, vale ressaltar a melhora nas margens bruta e EBITDA, como fruto dos esforços em reduzir custos e mix mais favorável entre os segmentos;
- Temos recomendação neutra para as ações de WEG, com preço alvo de R$19,70. Apesar de enxergarmos oportunidades interessantes de crescimento nos principais segmentos de atuação, sobretudo antevendo recuperação mais acentuada dos investimentos em capacidade, acreditamos que o nível atual de múltiplo já reflita em parte esse crescimento, tornando o potencial de valorização menor.
Grupo Carrefour Brasil (CRFB3): Dados operacionais sólidos no 1T19
- O Carrefour reportou ontem dados operacionais sólidos no 1T19 com vendas mesmas lojas do Atacadão em 6,8% A/A comparado a nossa estimativa de 6,5% para o trimestre, impulsionado por maior ticket médio e melhores preços das commodities. Além disso, vendas mesmas lojas no multivarejo aceleraram de 2,8% no 4T18 para 4,2% no 1T19 e se comparam a nossa estimativa de 3,1% devido à iniciativas comerciais, digitais e de multicanalidade;
- As vendas consolidadas do Grupo Carrefour Brasil atingiram R$14,2 bilhões, um crescimento de 9,9% A/A, devido ao sólido desempenho do multivarejo e do Atacarejo, incluindo o marketplace. No Atacadão, o crescimento de receita foi de 13,6% A/A. Além disso, a empresa inaugurou 4 lojas do Atacadão no 1T e reiterou sua meta anual de 20 inaugurações para 2019. No Multivarejo, o crescimento de vendas foi de 0,2% A/A e a empresa continua a apresentar crescimento online, com vendas +84% A/A, representando ~11% da receita do Carrefour. Além disso, a empresa aumentou seu sortimento de marcas próprias e produtos orgânicos;
- Mantemos recomendação Neutra no Carrefour Brasil com preço alvo de R$21/ação. Temos uma visão positiva para o setor, que deve ser beneficiado por melhores tendências econômicas, com impacto positivo da recuperação da inflação de alimentos. No entanto, acreditamos que as iniciativas do Carrefour já estão precificadas.
Papel & Celulose: RGE investirá R$7 bi no Brasil em projeto de celulose solúvel
- A caminho de se tornar a maior produtora mundial de celulose solúvel, a Royal Golden Eagle (RGE) investirá até R$7 bi em uma nova linha de produção desse tipo de fibra no interior de São Paulo;
- O grupo asiático comprou a Lwarcel Celulose no ano passado e já iniciou os trabalhos para expansão da fábrica de Lençóis Paulista, que terá seis vezes o tamanho atual após o investimento, com capacidade instalada de 2mt/ano, das quais 1,5mt em São Paulo e 0,5mt já instaladas na Bahia Specialty Cellulose (BSC);
- O alvo da expansão em curso é o mercado têxtil. A estratégia do grupo é exportar toda a produção da celulose solúvel, sobretudo para a Ásia, mas também para Europa e EUA.
Saneamento: Privatização das empresas estaduais poderia gerar R$130 a R$170 bilhões a estados
- Segundo o Valor Econômico, o Ministério da Economia estima que as privatizações das companhias estaduais de água e esgoto motivadas pelo novo marco legal do saneamento básico poderia gerar entre R$130 a R$170 bi aos governos estaduais;
- A equipe econômica tentaria aproveitar o momento propício após a aprovação da MP868 (que expira em 3 de junho) para impulsionar a venda das empresas como contrapartida ao resgate federal aos entes federativos;
- Para viabilizar tal movimento, o Ministério do Desenvolvimento Regional vai propor a criação de microrregiões de blocos de municípios para juntar em um mesmo pacote localidades deficitárias e superavitárias, dessa forma evitando que participantes privados apresentem propostas para as melhores cidades e deixem as regiões menos atrativas para as empresas estaduais.
COE News
Credit Suisse: Após reestruturação, resultados positivos do 1T19 surpreendem
- Investidores reagiram positivamente após o anúncio dos resultados positivos do 1T19, com receitas de US$5,29bi e lucro de US$735mi, ambos acima das expectativas de mercado. O índice de solidez manteve-se em níveis saudáveis e o índice de rentabilidade para o acionista (ROE) apresentou melhora;
- Este foi o lucro trimestral mais forte nos últimos três anos, número 8% superior no ano contra ano excluindo os efeitos do câmbio. Destaque positivo para as divisões de gestão de fortunas e serviços de trading/tesouraria em meio ao atual cenário internacional mais desafiador, sugerindo que o plano de reestruturação de três anos, encerrado no final de 2018, começou a gerar frutos;
- A nova estrutura apresenta um modelo de negócios mais simples na divisão de banco de investimentos, associado ao foco no crescimento de gestão de fortunas na Ásia Pacífico. O desenvolvimento tecnológico da plataforma de private banking na Ásia e Suiça e aumento do volume de negócios em mercado de capitais seguem como foco da estratégia no médio prazo.
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