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Contagem regressiva para a COP28: Três temas para ficar de olho

Ao longo deste relatório, iniciamos a contagem regressiva para a COP28 trazendo 3 principais temas para ficar de olho!

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Uma oportunidade para discorrer sobre o que já foi alcançado e definir medidas adicionais

A partir desta quinta-feira (30), representantes do governo e setor privado se reunirão em Dubai para a 28ª Conferência das Partes (COP28), da ONU. De forma geral, o evento é uma oportunidade para reconhecer o progresso alcançado e, ao mesmo tempo, tomar novas medidas à frente. Ao iniciarmos a contagem regressiva para a conferência, neste relatório temático, o 1° de uma série relacionada ao evento, retomamos os resultados da COP27 e apontamos três principais temas para ficar de olho: (i) queda gradual no uso de combustíveis fósseis incentivando maiores esforços pelo setor de petróleo e gás; (ii) nova abordagem para resolver a questão do financiamento climático; e (iii) 1ª avaliação global, visando mapear o progresso e fechar lacunas.

Veja abaixo o relatório completo em PDF


Resultados da COP27 e expectativa para COP28

A última edição reuniu centenas de países em um esforço conjunto para o combate às mudanças climáticas. Como dito em nossa nota sobre a conferência (acesse aqui), embora o encontro tenha alcançado uma decisão histórica de estabelecer o Fundo de Perdas e Danos para ajudar países mais vulneráveis, notamos a falta de avanços adicionais em questões chave, incluindo: (i) a definição de uma diretriz na redução gradual do uso de carvão; e (ii) um plano global de corte nas emissões, em linha com o Acordo de Paris.

#1. Menor uso de combustíveis fósseis nos holofotes.
À medida que os países aceleram o investimento em energia limpa, a pressão pelo maior envolvimento da indústria de petróleo também aumenta. Nesse sentido, vale destaque para a nomeação do Sr. Sultan Al Jaber, dos Emirados Árabes Unidos, para presidir o evento deste ano - como CEO da estatal ADNOC, a 11º maior produtora de petróleo do mundo, espera-se um maior engajamento dessa indústria nas negociações. De forma geral, vemos que as discussões devem focar na definição de um cronograma mais claro para a redução gradual no uso de combustíveis fósseis, aliado à esforços para reduzir as emissões do setor.

#2. Financiamento climático: Nova abordagem para dividir o fardo. Na COP15, os países desenvolvidos se comprometeram a mobilizar US$100B/ano para auxiliar o mundo em desenvolvimento a enfrentar os efeitos climáticos a partir de 2020. Contudo, 14 anos depois, esse valor ainda não foi entregue, levando o tema a ser pauta recorrente todo ano, dada a falta de solução imediata - não diferentemente, esperamos que nesta COP a pressão siga em voga, sendo de se esperar que o Brasil, inclusive, possua um papel chave nesse pleito.

#3. 1ª 'Avaliação Global': Mapeando progresso, fechando lacunas. Criado sob o Acordo de Paris, o relatório de Avaliação Global será colocado na mesa de negociação pela primeira vez na COP28, com o objetivo de (i) informar e orientar os países de suas metas; (ii) medir o progresso feito até hoje; e (iii) identificar áreas que exigem esforços adicionais. Nesse contexto, vemos a COP com um papel importante em destravar uma visão mais clara de onde estamos e das lacunas existentes entre ações e ambições.

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