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Ibovespa sobe 0,2% e marca nona semana seguida de ganhos

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +0,2% | 118.977 pontos

Na semana em que o Ibovespa atingiu a marca de 120 mil pontos – o que não ocorria desde abril de 2022 – o índice encerrou sua nona semana consecutiva de ganhos em alta de 0,2% aos 118.977 pontos. Como destaque da semana, Raízen (RAIZ4) subiu 10,1% com declarações feitas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin sobre o governo federal estar estudando a possibilidade elevar o porcentual de etanol presente na gasolina de 27% para 30%. Em contrapartida, Embraer (EMBR3) caiu 14% após desapontar o mercado com poucas encomendas de aeronaves no Paris Air Show, o maior evento aeroespacial do mundo.

No Brasil, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75%, pela sétima reunião consecutiva. O comitê mencionou alguma melhora nas perspectivas de inflação, o que pode abrir as portas para um possível corte na próxima reunião se a tendência continuar. Ao mesmo tempo, apontou que o cenário continua exigindo cautela e parcimônia, o que significa que, caso ocorra em agosto, o corte de juros não será agressivo. O próximo movimento dependerá dos dados. O time de Economia da XP acredita que a estratégia do Copom agora seja manter as taxas estáveis por mais algum tempo ou iniciar um afrouxamento gradual da política monetária em breve, até a Selic chegar em 11,00% em 2024. Na parte política, o texto da Reforma Tributária foi apresentado.

Nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursou no Congresso americano e sinalizou a possibilidade de continuar o ciclo de aumento das taxas de juros no país. Os índices americanos S&P 500 e Nasdaq reagiram negativamente ao comentário, encerrando a semana em -1,4% e -1,4%, respectivamente. Nos dados econômicos, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto dos EUA, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 54,3 em maio para 53 em junho, ficando abaixo das expectativas e atingindo o menor nível em três meses, indicando um arrefecimento na atividade econômica.

Por fim, a China cortou suas taxas de juros de referência visando estimular a economia em meio à recuperação mais lenta do que o esperado após a reabertura pós-pandemia. A taxa primária de empréstimo de um ano e a taxa equivalente de cinco anos foram reduzidas em 0,1 p.p. para 3,55% e 4,2%, respectivamente. A economia chinesa tem mostrado fraqueza ultimamente, especialmente nos setores e comércio exterior e imobiliário – que têm sido os principais impulsionadores do crescimento nos últimos anos. Assim, com a meta de crescimento do PIB de 5% para este ano ameaçada, as autoridades devem continuar flexibilizando a política monetária e mais estímulos fiscais podem ser esperados pelo governo local.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 23/06/2023.


Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com queda de -0,79% em relação ao Real, em R$ 4,78/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou 19 bps na semana, atingindo 10,89%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 23/06/2023.


Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi negativo em cerca de -R$ 400 milhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados de fluxo até 21/06/2023.


O que esperar para semana que vem?

Na seara internacional, destaque para a publicação de indicadores de inflação. Nos Estados Unidos, os mercados estarão bastante atentos ao deflator das despesas de consumo pessoal (PCE, em inglês) referente a maio. O núcleo do deflator é considerado a medida de inflação favorita do Federal Reserve. Ainda sobre a economia americana, a agenda traz a publicação de índices de confiança do consumidor, sondagens industriais e a última estimativa do PIB do 1º trimestre. Na zona do euro, por sua vez, a inflação ao consumidor de junho – leitura preliminar – será protagonista, além da taxa de desemprego relativa a maio. Por fim, na China, os índices de gerentes de compras (PMI, em inglês) – indústria, serviços e composto – de junho serão conhecidos.   

No Brasil, divulgações importantes sobre inflação, mercado de trabalho e política monetária. A prévia da inflação (IPCA-15) de junho estará sob os holofotes, especialmente após as surpresas baixistas com os resultados de maio e a sinalização do Banco Central de que as próximas decisões de juros dependerão da evolução dos dados econômicos. Neste sentido, os agentes de mercado acompanharão de perto a Ata do Copom, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em relação à última, esperamos manutenção da meta de inflação para os próximos anos (em 3,0%), porém com ampliação formal do seu horizonte de convergência. Esta definição tem influência relevante sobre o comportamento das expectativas inflacionárias de médio prazo e, consequentemente, a condução da política monetária. Estatísticas sobre o mercado de trabalho (PNAD e CAGED), contas externas, contas fiscais e mercado de crédito – todas referentes a maio – também serão publicadas na semana que vem.

Fonte: Bloomberg, Research XP.

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