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Economia em Destaque: Governo busca arrecadação

Seu resumo semanal de economia no Brasil e no mundo

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Resumo

No Brasil, o mercado repercutiu o novo arcabouço fiscal e a expectativa do anúncio do pacote de medidas para aumentar a arrecadação de impostos, chave para o cumprimento das novas diretrizes fiscais.

No cenário internacional, os preços do petróleo subiram com o anúncio de corte de produção pela OPEP. Nos EUA, mercado de trabalho mostra sinais de desaceleração e atividade arrefeceu mais que o esperado.

A atividade continua recuperando na China com o fim das medidas anti-Covid, o que dá sustentação aos preços internacionais de comodities – e, portanto, beneficia o Brasil.

Cenário internacional

OPEP anuncia corte na produção de petróleo

A OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – anunciou cortes na produção de petróleo na ordem de 1 milhão por dia, poucas semanas após quase atingir US$ 70 na cotação de preços internacional. Com isso, os preços variaram 8% e as ações de companhias energéticas da Europa subiram. Apesar dos temores quanto ao impacto inflacionário, para o Brasil o efeito é sustentar a arrecadação de impostos, como aconteceu no ano passado.

Oferta de empregos no nível mais baixo em dois anos; atividade mais fraca em março nos EUA

De acordo com o relatório JOLTS (Vagas de Emprego e Rotatividade média de Mão de Obra) apontou claro arrefecimento do mercado de trabalho americano, sugerindo a possibilidade de fim do ciclo de alta de juro. Por outro lado, a proporção de vagas por desempregado continua em 1,7, patamar elevado, ante 1,9 em janeiro. Por fim, as vagas de emprego, importante para a demanda de mão de obra, caíram de 10,5 milhões para 9,9 em fevereiro.

Paralelo a isso, o relatório da ADP indicou forte desaceleração na contratação de mão de obra em março, com geração líquida de 145 mil, muito abaixo do consenso de 210 mil.

Mas o dado mais importante mesmo será divulgado nesta sexta feira, feriado: os resultados oficiais de emprego e a criação de postos de trabalho de março.

Do lado da atividade econômica, o Índice de Serviços ISM – medida de sentimento econômico bastante acompanhada pelos agentes de mercado – recuou de 55,1 em fevereiro para 51,2 em março. Esse resultado veio muito aquém do consenso de mercado, que apontava para 54,5. O patamar de 50 pontos separa crescimento de contração no setor. Destaque para o componente de preços pagos, que declinou de 65,6 para 59,5 no período, uma boa notícia para o Federal Reserve acerca do combate à inflação. 

Preços ao produtor da Zona de Euro continua em deflação

Os preços ao produtor da zona do euro caíram pelo 5º mês consecutivo, puxado inteiramente por queda nos preços de energia, e em patamar maior que o esperado pelo mercado (-0,5% m/m e 13,2% a/a, desaceleração importante contra o pico de 43,4% a/a de agosto). Esse é um importante indicador antecedente, no linguajar da economia, por antecipar tendências a serem observadas posteriormente; nesse caso, o repasse de custos para o consumidor final.

Atividade na China em recuperação

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Serviços Caixin/S&P Global avançou de 55,0 em fevereiro para 57,8 em março, a terceira alta consecutiva na esteira do afrouxamento das restrições ligadas à Covid. O índice atingiu o patamar mais elevado desde novembro de 2020, impulsionado pelo salto do componente de novas encomendas. Destaque para os pedidos de exportação, que registraram o maior ritmo de expansão da série histórica. Além disso, a taxa de geração de empregos exibiu o melhor resultado em 28 meses, acompanhando a maior demanda das empresas.

Com a economia da China se fortalecendo, melhoram as perspectivas para os preços de commodities (grãos, minério de ferro, petróleo), o que beneficia países produtores como o Brasil.

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Enquanto isso, no Brasil…

Projetamos cortes de juros mais cedo e inflação um pouco mais elevada

A área econômica da XP publicou se relatório mensal de cenários, revisando suas projeções para inflação, juros e contas públicas. A inflação medida pelo IPCA foi reviada de 5,5% para 6,2% em 2023 e de 4,5% para 5,0% em 2024. No lado fiscal, a proposta de novo arcabouço ajuda a reduzir incertezas, porém depende de medidas adicionais de receitas e um quadro macroeconômico otimista para garantir a sustentabilidade da dívida pública. Com a economia desacelerando, há expectativa de cortes de juros a partir de agosto deste ano, levando a taxa Selic para 12,00% ao final de 2023. A previsão para a taxa básica de juros ao final de 2024, entretanto, permaneceu em 11,00%. Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Após anúncio do novo arcabouço, Haddad vai anunciar pacote de medidas para arrecadação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que um pacote de R$ 150 bilhões para aumentar a arrecadação de impostos será anunciado em breve. Segundo a imprensa, três medidas são as mais prováveis de serem incluídas: a tributação das apostas online, que pode arrecadar de R$ 12 a R$ 15 bilhões; tributação do comércio eletrônico, uma receita adicional de R$ 7 a R$ 8 bilhões; e alteração da subvenção do ICMS para investimentos, com potencial de arrecadação de R$ 80 a R$ 90 bilhões. Juntas, essas medidas podem significar uma receita adicional de R$ 100 a R$ 110 bilhões. O anúncio deve acontecer após a volta do presidente Lula de viagem diplomática à China, ao redor do dia 16 de abril.

O efetivo aumento de arrecadação é incerto, apesar dos números indicados. E medidas tem que ser aprovadas no Congresso. De toda forma, se avançarem, ajudam no equilíbrio das contas públicas, mas tendem a pesar sobre inflação e atividade econômica.

O que esperar da semana que vem

No Brasil, na seara de indicadores vão ser anunciados o IGP-DI e o IPCA de março, importantes para a o cenário prospectivo de inflação. Além disso, serão divulgadas as novas séries de comércio e serviços da PMC e PMS, respectivamente, relativos à janeiro. No cenário político, a ida do presidente Lula à China deve postergar o anúncio do pacote de medidas de expansão da arrecadação federal.

No resto do mundo, deve sair o CPI de março e a ata do FOMC nos EUA, importantíssimos para o futuro da política monetária americana. Na Europa, dados de comércio e produção industrial de fevereiro, após o PMI mais fraco.

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