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Com liquidez reduzida e agenda política em foco, Ibovespa encerra a última semana do ano de lado

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

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Ibovespa: +0,03% | 109.735 pontos

Com liquidez reduzida, o Ibovespa encerrou a última semana do ano de 2022 de lado aos 109.735 pontos. Apesar da queda de -2,5% em dezembro, o principal índice da Bolsa brasileira terminou o ano em território positivo com ganhos de 4,7%. Em dólares, o índice terminou 2022 com forte alta de +10,1%, bem acima dos mercados globais que caminham pra terminar o ano queda de -20%. Na semana, o principal destaque entre as ações foi BRF (BRFS3), que subiu mais de 10% na semana após fechar o acordo de leniência com a Operação Carne Fraca. Já no ano, as ações com os maiores retornos foram Cielo (+142,1%), PetroRio (+80,0%), e BB Seguridade (+75,2%), enquanto os piores foram IRB (-78,6%), Americanas (-68,7%) e CVC (-66,5%).

No Brasil, a agenda política seguiu como o principal foco da semana. O presidente diplomado Lula finalizou os anúncios dos nomes que irão compor a Esplanada dos Ministérios em 2023, e também o anúncio dos nomes para comando das empresas estatais. O governo federal decidiu não estender a desoneração de PIS/Cofins sobre combustíveis no início do próximo ano, atendendo a um pedido feito diretamente pelo futuro Ministro da Fazenda do governo eleito, Fernando Haddad.

Nos EUA, com ainda mais um pregão amanhã, os índices caminham pra mais uma semana de perdas e pra fechar o ano em território negativo pela primeira vez em 3 anos. Em 2022, os mercados foram pressionados com preocupações com inflação e juros mais altos, que afetaram fortemente as empresas de crescimento como o setor de tecnologia, além de temores de recessão –  riscos que devem continuar no radar em 2023. Na semana, houve a divulgação de dados do setor imobiliário -  os índices de preços Case Shiller e FHFA -  que continuaram a indicar uma desaceleração a medida que o setor é pressionado por juros mais altos. Além disso, pedidos semanais de seguro-desemprego somaram 225 mil, um pouco acima do que era esperado, mas ainda em níveis baixos historicamente reforçando que o mercado de trabalho americano continua bastante sólido.

Por fim, o governo chinês deu mais um passo importante em direção ao fim da política de zero-Covid. O país vai suspender os requisitos de quarentena para viajantes que chegam ao país a partir de 8 de janeiro, o que chegou a dar um impulso para os mercados e para os preços de commodities no início da semana. Porém, o sentimento do mercado em relação à reabertura econômica segue fragilizado ao passo que o número de casos segue em tendência de alta. Com isso, o índice de Hang Seng se encaminha para concluir mais um ano no negativo, depois de dois anos com o mercado pressionado pelo aumento do escrutínio regulatório e fortes restrições de mobilidade contra a COVID, fatores que parecem estar se revertendo olhando pra 2023.


Mercados

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 29/12/2022

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com baixa de 2,3% em relação ao Real, em R$ 5,28/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -30bps na semana, atingindo 12,65%.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 29/12/2022

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 2,5 bilhões.

Fonte: Bloomberg, Research XP. Dados até 29/12/2022

O que esperar para semana que vem?

No Brasil, dados de produção industrial em novembro serão o destaque.

Nos EUA, ata da reunião do FOMC é sinalização importante para o futuro da política monetária. Na Europa, por sua vez, inflação na Alemanha e PMIs são importantes.


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