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Resumo Diário de Política 23/10/2020: ‘Crise da vacina’ em alta

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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A semana se encaminha para o final com a “crise da vacina” ainda em alta. Em entrevista, o presidente da Anvisa disse que não se considera postergar a análise de vacinas por questões políticas (https://bit.ly/31xZBvg), mas Jair Bolsonaro mantém a carga contra a origem da tecnologia chinesa do produto que será fabricado pelo adversário João Doria (https://bit.ly/3dQVzTB).

O Valor Econômico dá destaque ao apoio do governo para avançar no Congresso com o PLP 137/2019, que flexibiliza o uso de recursos empoçados em fundos (https://glo.bo/2TfV4cu) — _apesar do enunciado, vale lembrar que a proposta não é alternativa para gerar orçamento para pagar uma extensão do auxílio ou o programa de transferência de renda no ano que vem. O potencial de ruído que a confusão pode gerar no Congresso, no entanto, não é desprezível_.

E, no Senado, seguem discussões sobre os novos mandatos conferidos ao Banco Central no relatório de Telmário Mota, que vai a voto no dia 3 de novembro — e pode ser alterado até lá (https://bit.ly/37Mm5wL). O governo pode usar o fim do cargo de ministro do presidente do BC como espaço para justificar a recriação do Ministério do Desenvolvimento e Indústria (https://bit.ly/3jhxVks)

Registro também para pesquisa Datafolha, que mostra queda expressiva de Celso Russomanno em São Paulo, com Bruno Covas numericamente à frente do rival (https://bit.ly/3okrAII). Os dois agora aparecem em empate técnico, como registrou nossa pesquisa XP Ipespe desta semana.

Nas redes

Segundo o monitor XP-Conatus, o governo Bolsonaro continua em destaque nas redes a partir do tema vacinas — apesar de queda de volume nas interações sobre o tema. No Facebook, Bolsonaro se mantém como ator central no debate e usa a OMS para justificar uma posição contrária à obrigatoriedade da vacinação. Sem ação de João Doria, a polarização tem “respaldo” no agrupamento de esquerda, com promessas de partidos de judicialização do tema.

No Twitter, bolsonarismo volta a representar pouco mais de 27% do debate, com 43% das conexões. Já o antibolsonarismo mantém um alto volume de atores, com 61%, porém apresenta um baixo volume relativo de conexões: 51%.

Foi registrado também pico de ocorrências no Twitter sobre as eleições americanas. O tema no Brasil ainda é marcado pelo alinhamento entre bolsonaristas e o presidente dos EUA.  

Internacional

Covid-19: Segundo a OMS, são 41.104.946 casos confirmados e 1.128.325  óbitos (https://bit.ly/3ge3REZ). 

A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse estar perto de um acordo com a Casa Branca sobre o novo pacote de estímulo à economia. No entanto, afirmou que ainda existem pontos de discordância, como o auxílio a estados e municípios. Indicou ainda que a probabilidade de que o acordo seja aprovado antes das eleições é baixa (https://glo.bo/31zFxIT). Vale ressaltar que há resistência a um pacote de estímulo com impacto acima de USD 1,8 trilhão entre republicanos no Senado (https://bloom.bg/2Tm8C60). 

A Comissão de Justiça do Senado aprovou a nomeação de Amy Coney Barrett para uma vaga na Suprema Corte. A votação foi boicotada pelos democratas. Agora,  Barrett precisa ser aprovada em sessão do Senado. (https://bit.ly/37xHp91). 

Na disputa eleitoral, Joe Biden Donald Trump se enfrentaram no segundo e último debate presidencial de 2020. Apesar de melhor desempenho do presidente dos EUA, não foram apresentadas novas narrativas com potencial de mudar a direção da disputa, mesmo com algum ganho que possa gerar para Trump — uma oportunidade perdida para o republicano.

No entanto, vale destacar que o candidato democrata foi mais enfático sobre a importância que atribui a uma transição para energia renovável e o abandono de energias como o petróleo, o que pode favorecer Trump em estados que dependem da indústria, como Pensilvânia.

Hoje é o 662° dia do governo Jair Bolsonaro.

Hoje é o 226° dia da pandemia de Covid-19.

Faltam 23 dias para as eleições municipais.

Faltam 11 dias para as eleições nos EUA.

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