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Foco se vira para estratégias eleitorais | Resumo semanal das eleições americanas (28/03/2024)

Veja nosso resumo semanal das eleições americanas de 2024

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Com as eleições primárias praticamente decididas, uma vez que tanto Donald Trump quanto Joe Biden atingiram o número de delegados necessários para serem nomeados nas convenções partidárias, o foco começa a se tornar para as estratégias eleitorais dos partidos. Ainda, os desafios legais de Trump permanecem em destaque.​

Do lado democrata, os holofotes desta semana estiveram voltados para a vitória de Marilyn Lands em uma eleição especial na Câmara Estadual do Alabama. A vitória é considerada significativa pelo partido já que o estado é tradicionalmente republicano.​

Em especial, o partido de Biden aponta a vitória como exemplo do engajamento do eleitor com a temática de reprodução, diante dos recentes desenvolvimentos legais no Alabama que tem gerado debates sobre os direitos reprodutivos. Em comentários à imprensa, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse: “os eleitores do Alabama fizeram suas vozes serem ouvidas e votaram esmagadoramente em Marilyn Lands, que deixou claro que lutaria para proteger o acesso aos cuidados de saúde reprodutiva”.​

Em paralelo, vale notar que o presidente continua percorrendo o país em diferentes eventos de campanha. Por exemplo, na terça-feira, ele visitou a Carolina do Norte, estado considerado um dos possíveis estados-pêndulo deste ciclo eleitoral, ao lado de sua vice-presidente Kamala Harris. Mais uma vez, o foco do evento foi a saúde, assunto que cada vez mais ganha relevância na campanha democrata.​

Nesta quinta-feira, Biden participa de um evento para arrecadar recursos em Nova York ao lado dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, como parte de um esforço coordenado para angariar apoio e recursos de figuras influentes dentro do Partido Democrata. Mais uma vez, o tema da saúde está prestes a estar em destaque.​

Enquanto Biden se concentra em campanhas e esforços de arrecadação de fundos, Trump enfrenta desafios legais.

Nesta quinta-feira, um juiz do condado de Fulton na Geórgia ouviu argumentos sobre se o caso de subversão eleitoral no estado contra Donald Trump pode ser rejeitado com base na Primeira Emenda da Constituição. O advogado do ex-presidente argumentou que o seu discurso político está protegido pela Emenda e ele não pode ser punido por declarações falsas. Os promotores argumentando que a comunicação de Trump relacionada às acusações não está protegida e que suas supostas mentiras promoveram uma conspiração criminosa. O juiz não ainda emitiu uma decisão.​

Na terça-feira, foi determinado que o julgamento criminal de Donald Trump sobre acusações decorrentes do pagamento irregular a uma atriz começará em 15 de abril. O momento do julgamento, apenas alguns meses antes das eleições de novembro, levanta questões sobre seu impacto potencial nas aspirações políticas de Trump, embora​ pesquisas tenham mostrado impacto limitado de tais discussões neste momento. Além disso, um juiz emitiu uma ordem de silêncio proibindo Trump de comentar publicamente sobre o caso, adicionando outra camada de complexidade às suas batalhas legais. Sua campanha criticou a decisão. O porta-voz da campanha, Steven Cheung, chamou a ordem de silêncio de inconstitucional: “Os eleitores americanos têm o direito fundamental de ouvir a voz não censurada do principal candidato ao mais alto cargo do país“. ​

​De todo modo, vale lembrar que não há restrições para que Trump continue buscando a reeleição e, mesmo se condenado neste caso, não pode ser declarado inelegível.​​

Nas pesquisas, o ex-presidente segue na liderança com vantagem sobre Joe Biden no pleito nacional, apesar de redução de 2,1 p.p. para 1 p.p. desde semana passada. Ainda, mantem vantagem em todos os estados considerados swing states. 

​No mercado de apostas, Trump também manteve vantagem sobre Joe Biden, apesar de crescimento do presidente a medida que outros candidatos perdem espaço. Trump registra 45 p.p., Biden registra 37,8 p.p. e outros candidatos registram 14,7 p.p. 

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