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Impasse sobre o teto da dívida americana, feriado chinês e Big Techs | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1) Impasse no teto da dívida americana; 2)Feriadão chinês; 3) Big Techs; 4) Bed Bath and Beyond; 5) First Republic Bank

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fonte: XP Research, Bloomberg

1. EUA - Impasse no teto da dívida, corrida eleitoral e uma aposta contra o dólar

Na quarta-feira, dia 26 de abril, a Câmara dos Representantes dos EUA, cuja maioria é do Partido Republicano, aprovou, por uma pequena margem (217 a 215), uma proposta de legislação que aumenta o teto da dívida em US$1,5trilhão válida até o dia 31 de março de 2024, o que forçaria uma nova negociação apenas meses antes das eleições presidenciais, em novembro do mesmo ano.

Com baixíssimas chances de ser aprovada no Senado, a proposta já obteve a negativa do presidente Joe Biden, que ameaçou vetar o texto caso chegue para sua assinatura. O grande impasse fica com relação às medidas de austeridade impostas como contrapartida para a elevação do teto. Dentre as propostas estão: i) recuperar fundos destinados ao combate ao COVID-19 não utilizados; ii) suspender os planos de perdão de dívidas estudantis; iii) eliminar boa parte dos incentivos fiscais estabelecidos para a produção de energia renovável e; iv) limitar o crescimento das despesas discricionárias do governo em 1% ao ano.

Em meio às acaloradas discussões no legislativo, o presidente Biden anunciou na que irá concorrer a um segundo mandato em 2024. O anúncio é uma resposta às candidaturas já formalizadas de Robert F. Kennedy, sobrinho do ex-presidente Kennedy, pelo Partido Democrata, e de Donald Trump, ex-presidente pelo Partido Republicano. Também é aguardada para as próximas semanas, a entrada oficial de Ron DeSantis, governador da Flórida pelo Partido Republicano, na corrida presidencial. Com isso, os quatro favoritos (de acordo com pesquisa da Fox News) dariam início às campanhas.

Diante desse cenário político, o investidor bilionário Stanley Druckenmiller tornou pública sua aposta contra o dólar, adicionando que o ciclo de alta da moeda americana está próximo do final dadas as suas projeções de contração econômica e cortes de juros por parte do Fed. Druckenmiller ficou mundialmente famoso por ser o gestor do Quantum Fund, de George Soros, em 1992 quando lucraram US$1bi apostando contra a libra esterlina.

2. China - Feriadão testa nova fase da economia

No primeiro feriado prolongado desde janeiro, quando os chineses ficaram uma semana de folga para as comemorações do ano novo lunar, a celebração do dia do trabalho proporcionará cinco dias de pausa e as expectativas são de uma volta à normalidade após o período pandêmico. Dados de agências de turismo locais como Fliggy e Ctrip mostram que a as buscas e reservas superam os números de 2019 pela primeira vez.

O setor turístico chinês foi um dos mais afetados pelas políticas de covid zero nos últimos anos e essa aceleração na demanda, ainda que esteja mais focada em destinos domésticos, tem potencial de gerar benefícios em escala global, dado que a China, em 2019, foi o maior provedor de viajantes internacionals do mundo, com 170 milhões de viagens e mais de US$255 bilhões em despesas.

Em antecipação ao feriado o banco central da China (PBOC) injetou liquidez na economia via operações de recompra. O movimento é comum no finais de mês e, especialmente, antes de celebrações mais prolongadas. Ao todo, foram onze dias consecutivos de saldo positivo e totalizaram cerca de US$97bi.

3. Big Techs mostram resiliência nos resultados

A semana foi bastante movimentada em termos de resultados corporativos, com mais de 40% (em capitalização de mercado) do S&P500 reportando nos últimos cinco dias. No total, 265 das 500 maiores empresas listadas nos EUA já mostraram seus números trimestrais.

Em geral, os resultados foram melhores que os temidos pelos analistas e, até o momento, de acordo com a Bloomberg, 66% das empresas surpreenderam positivamente na receita e impressionantes 80% no lucro. Embora a surpresa esteja sendo positiva, frente ao mesmo período em 2022 a receita agregada sobe 4% (abaixo da inflação) e o lucro por ação cai 1.5%. Caso o os lucros, de fato, caiam ao final da temporada, será o segundo trimestre consecutivo de contração, após queda de 4% no último tri.

O grande destaque positivo fica por conta das chamadas Big Tech, maiores empresas de tecnologia da bolsa, muito embora algumas estejam classificadas em outros setores como comunicações e consumo discricionário. Amazon, Alphabet (antiga Google), Meta (Facebook), Amazon e Microsoft reportaram resultados sólidos e afastaram, por enquanto, temores de uma desaceleração mais forte. Seguem alguns highlights:

Amazon: reportou bons resultados, superando as estimativas nas linhas de receita, lucro, margem operacional e, também, apresentando uma desaceleração menor que a esperada em seu segmento de computação na nuvem, AWS. Durante o call de resultados, o CFO da empresa afirmou que o AWS está rodando a uma taxa de crescimento menor em abril e assustou os investidores. Saiba mais.

Alphabet: reportou resultados acima dos temidos, especialmente no segmento de buscas, sua principal linha de negócios. Saiba mais.

Microsoft: reportou bons resultados, afastando os temores de uma desaceleração. O desempenho de todas as unidades de negócios surpreendeu positivamente e o grande destaque ficou para computação na nuvem. Azure e outros serviços relacionados a cloud cresceram 27% e segue como grande vetor de crescimento. Saiba mais.

Meta: reportou resultados sólidos, com surpresas positivas em receitas, lucro e DAUs (usuários diários ativos). Além disso, a empresa seguiu cumprindo a promessa de fazer de 2023 o "ano da eficiência" e reduziu gastos, fazendo a margem operacional saltar de 19.9% no último trimestre para 25.2%. Saiba mais.

fonte: XP Research, Bloomberg

4. Bed Bath and Beyond entra com pedido de recuperação judicial

A Bed Bath and Beyond entrou com pedido de falência (chapter 11). As vendas da icônica varejista, que também é dona da Buy Buy Baby, já vinham declinando desde 2017 e o prejuízo anual já ultrapassava a marca de US$1bi nos primeiros 3 trimestres de 2022, quando divulgou pela última vez seu balanço.

As ações da companhia desabaram -63.5% na semana e acumulam perdas de -99.3% nos últimos 12 meses. Os papéis serão delistados das bolsas americanas e a empresa anunciou que fechará suas lojas e liquidará todo o estoque nos próximos dois meses.

5. Situação do First Republic Bank próxima de um desfecho

O First Republic Bank teve semana caótica. O banco divulgou seu balanço trimestral e asssutou os investidores ao mostrar um total de depósitos de U$$ 104,5 bi, incluindo os US$ 30 bi recebido dos grandes bancos, número bastante inferioraos US$ 136,6 bi esperados pelo mercado.

As ações do banco, então, entraram em queda livre. No dia seguinte à divulgação, na terça-feira, as perdas foram de quase -50% e a semana fechou em -75%. Porém, após o fechamento do mercado, a agência de notícia Reuters soltou uma nota afirmando que as autoridades americanas, por meio do FDIC, tomarão o controle do banco após julgar que a situação se deteriorou ao ponto de não haver mais uma salvação via setor privado. No after market, as ações caíram, novamente, cerca 50% aos US$1.92 por ação (a máxima história foi no dia 17/11/2021 aos US$ 220.84).

O First Republic será o quarto banco americano a ter sérios problemas. A provável intervenção soma-se à liquidação do Silvergate e às outras intervenções do FDIC no SVB e Signature. Entenda melhor o caso do First Republic aqui: https://conteudos.xpi.com.br/internacional/relatorios/acoes-do-first-republic-bank-despencam-mais-de-40-em-um-pregao-entenda/

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