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Temporada de Resultados, Inflação, Shutdown, China&EUA e Alibaba | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. Temporada de Resultados: Melhores e Piores Setores 2. Inflação nos EUA faz taxa de juros desabar 3. Shutdown: Um problema para 2024 4. China&EUA: Encontro entre Xi e Biden 5. Alibaba desiste de IPO de cloud

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1. Temporada de Resultados: Melhores e Piores Setores - Setores de Tecnologia e Comunicação são destaques positivos.

2. Inflação nos EUA faz taxa de juros desabar - Divulgação de CPI e PPI abaixo das estimativas animou os mercados.

3. Shutdown: Um problema para 2024 - Congresso evita, mais uma vez, o temido shutdown e joga o problema para ser decidido em janeiro (e fevereiro) de 2024.

4. China&EUA: Encontro entre Xi e Biden - Tom amistoso entre as duas maiores potências econômicas (e militares) do mundo.

5. Alibaba desiste de IPO de cloud - Restrições impostas pelos EUA fazem empresa mudar os planos.

1. Temporada de Resultados: Melhores e Piores Setores

Poucas mudanças em relação à semana anterior na temporada de resultados do terceiro trimestre de 2023. Com 94% das empresas do S&P 500 já tendo reportado seus números, seguimos com 81% de surpresas positivas em lucros com uma média de 7,5% acima das estimativas dos analistas. Em termos de receita, número bem mais modestos: 49% de surpresas positivas e apenas 1% de média.

Em termos setoriais, chamamos atenção para Tecnologia e Comunicação, que têm 86% de surpresas positivas sendo Comunicação, também, o grande destaque de magnitude dos números, com 14,5% de média com grandes destaques para resultados bastante robustos de Paramount, Disney e Meta Platforms. Do lado negativo, os setores Imobiliário e de Energia foram os que menos tiveram empresas com reportes acima das expectativas (67% e 73% respectivamente.

Durante a semana, recebemos os números de grandes empresas de varejo como Walmart, Target e Home Depot. O Walmart reportou resultados levemente acima do esperado, porém o tom mais cauteloso do management, alertando para um consumidor americano mais pressionado e citando fraqueza nas vendas em outubro, pesou nas ações, que caíram 8,1% em um único dia. Já no caso de Target e Home Depot, os resultados foram melhores que os temidos, embora ambas tenham apresentado queda de receita no comparativo anual, e animou os investidores: Target subiu 17,8% no dia e Home Depot 5,4%.

2. Inflação nos EUA faz taxa de juros desabar

Nesta semana, foram divulgados dados de inflação ao consumidor e ao produtor nos EUA, referentes a outubro. A inflação ao consumidor (CPI) ficou estável em relação a setembro, e desacelerou no acumulado em 12 meses (de 3,7% para 3,2%). O dado de outubro veio abaixo do que o mercado esperava, o que contribuiu para o aumento da probabilidade de que o federal Reserve possa começar a realizar cortes de juros já em 2024, ante uma normalização da economia e inflação bem-comportada.

Com isto, ocorreu movimento de fechamento das taxas das treasuries americanas. A taxa dos títulos de 10 anos caiu 21,6 pontos-base e fecharam em 4,44%, enquanto os títulos de 30 anos fecharam em 4,59%, uma queda de 17,2 bps em relação ao fechamento da semana anterior.

3. Shutdown: Um problema para 2024

Informamos que esta será, com um elevado grau de certeza, a última vez que falaremos do shutdown do governo americano em 2023! Não porque o problema foi resolvido de uma vez por todas, mas porque o Congresso americano aprovou (e o presidente Biden sancionou) mais um stopgap. Essa medida mantém o governo americano funcionando, usando como base o orçamento do ano anterior, até meados de janeiro de 2024.

Com uma data-limite de 17 novembro para resolver a situação orçamentária para o ano fiscal o novo presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Mike Johnson (Republicano – Luisiana) apresentou uma proposta pouco ortodoxa para manter alguns segmentos do governo funcionando até o dia 19 de janeiro de 2024 e outros até o dia 02 de fevereiro.

A medida, também conhecida como CR (continuing resolution), tinha por objetivo principal evitar que, assim como aconteceu em anos passados, houvesse uma proposta vinda do Senado ou da Casa Branca com aumento de despesas e a junção de outras medidas como apoio bélico a Israel/Ucrânia e o custeio de novas medidas na fronteira com o México.

A resolução, que estava longe de ser uma unanimidade dentro do Partido Republicano dado que não impunha cortes de despesas e amarras fiscais ao governo de Joe Biden, acabou ganhando a simpatia dos membros Partido Democrata na Câmara que, julgando ser mais vantajoso evitar um shutdown durante as festividades de final de ano, decidiram dar o seu apoio.

Na Câmara, de maioria republicana, o texto passou por 336 x 95, sendo que dos votos favoráveis 209 foram dos Democratas e apenas 127 Republicanos. Já no Senado, de maioria democrata e cujo clima entre partidos aparenta ser mais pacífico, o projeto de Mike Johnson não teve dificuldades para passar, sendo o placar de 87 x 11. Dos 11 contrários, 10 eram do GOP (Grand Old Party – termo usado para identificar o partido republicano).

Mike Johnson ganhou um voto de confiança de parte de seu partido e mostrou-se hábil ao conseguir o apoio do Partido Democrata para passar uma legislação que lhe agradava. Conseguiu tempo para tentar equilibrar as forças políticas e chegar um acordo que entregue um orçamento para o ano fiscal de 2024. Não será uma tarefa nada fácil pois, se de um lado os democratas (maioria no Senado) ainda estão resistentes em aceitar medidas de austeridade fiscal, especialmente no ano que seu líder busca a reeleição à presidência, do outro lado, há uma insatisfação grande dos republicanos (maioria na Câmara) com relação ao nível do déficit fiscal dos EUA que os faz exigir cortes significativos de despesas no orçamento.

4. China&EUA: Encontro entre Xi e Biden

Pela primeira vez desde 2017, o líder chinês Xi Jinping visita os EUA. Na viagem desta semana, reuniu-se com o presidente americano, Joe Biden, e lideranças empresariais do país. O palco do encontro foi a cidade de San Francisco, na California (EUA) durante a Cúpula de Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). Na quarta-feira, os líderes tiveram uma reunião de quatro horas, na qual firmaram acordos para restringir a produção de fentanil e para a manutenção de relações militares. Após o encontro, Biden falou com a imprensa americana e classificou as conversas como “cândidas, diretas e úteis”, porém, quando questionado, voltou a se referir ao líder chinês como um “ditador”. Ao longo da semana, Xi também falou com líderes de empresas americanas que possuem grandes operações na China (como a Apple e empresas de semicondutores).

O mercado percebeu o encontro como positivo, um passo importante para as relações entre os países, que têm passado por momentos turbulentos nos últimos 6 anos. A cautela, entretanto, permanece: ocorrerão eleições presidenciais em Taiwan no dia 13 de janeiro, que podem ser palco de escalada de tensões com o governo chinês.

5. Alibaba desiste de IPO de cloud

A gigante de tecnologia chinesa Alibaba reportou seus números nesta semana. O resultado veio em linha com as expectativas. A receita cresceu 8,5% A/A e veio levemente acima do esperado. Já o lucro por ação cresceu 21% e decepcionou um pouco. O resultado foi influenciado por atividade econômica ainda aquém do esperado para o ano de 2023, no qual houve a reabertura econômia pós pandemia, e restrições tecnológicas impostas pelos EUA.

Devido às restrições de exportações de semicondutores para os EUA, o grupo chinês Alibaba anunciou que não seguirá com os planos de realizar o spin-off de seu segmento de computação na numvem (cloud). O que acabou decepcionando o mercado que antecipava um rentável IPO que adicionaria valor à holding.

A companhia é a quarta maior empresa chinesa, avaliada em cerca de US$ 210 bilhões, e teve queda de cerca de 9% após a divulgação de seu resultado, no qual detalhou perspectivas para cada segmento do seu negócio. Com a baixa, as ações negociam a pouco mais de 8x Preço/Lucro dos próximos 12 meses, o menor patamar de múltiplo desde a abertura de capital.

Confira a agenda de resultados da próxima semana

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