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🌎Mundo em 60s: Final de temporada nos EUA

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Mais uma vez, a semana foi liderada pela forte performance dos mercados desenvolvidos. O índice Nasdaq 100 (+3,6% na semana), focado em empresas de tecnologia, foi beneficiado pelo discurso do Federal Reserve reforçando a possibilidade de "paciência" em relação ao ciclo de alta dos juros, apesar de uma inflação significativamente alta. O S&P 500 (+2,2%) segue atingindo recordes históricos frente à forte temporada de resultados, que tem demonstrado robustez no crescimento de receitas, lucros e expansão de margens das empresas americanas. Na China (-1,4%), enfraquecimento da atividade manufatureira (PMI em 49,2) mostra impactos das políticas "zero-Covid", bem como altos preços das commodities e deficiências energéticas.

Setores: O setor de consumo discricionário americano (+5,6%) na semana foi puxado, mais uma vez, por novos recordes da Tesla (TSLA34), que possivelmente pode se beneficiar do plano democrata Build Back Better em seu segmento de paineis solares e baterias elétricas por meio de incentivos governamentais. Ainda na ponta positiva, o setor de tecnologia (+3,7%), composto por muitas empresas de crescimento, subiu com a gradual queda dos juros americanos de 10 anos para 1,46%, menor valor dos últimos 30 dias.


Final de temporada nos EUA

Até o final desta sexta-feira, praticamente 90% do valor de mercado do S&P 500 terá divulgado seus números, consolidando os resultados mais importantes das empresas americanas. Nas próximas semanas, os olhos dos investidores devem mudar o foco dos resultados para as projeções dos analistas para o futuro, que continuam sendo revisadas para cima, em função das surpresas positivas que tivemos até aqui.

► 450 empresas do S&P 500 divulgaram e 81% delas vieram com lucros acima das expectativas, em linha com a semana passada.

► Até o momento, o mercado apresentou receitas +2,7% acima do consenso, um incremento em relação aos +2,0% da semana passada, com destaque para o setor de óleo e gás (+9,7% de surpresa), seguido pelo financeiro (+4,7%) e imobiliário (+4,3%), setores que performam bem em ambientes inflacionários.

► Em termos de lucros, a surpresa agregada se manteve em níveis altos altos (+9,8% acima das expectativas), em linha com a semana passada. A surpresa é a menor dos últimos 5 trimestres, ainda assim, mesmo considerando a robustez da expansão de receitas e lucros, supera a média de +8,4% dos últimos 5 anos.

► Além da surpresa positiva, o crescimento também é atrativo. Receitas estão expandindo +18,7% a/a, ao passo que lucros estão +41,5% maiores, uma melhora de 100bps e 200bps vs. a semana passada, respectivamente. Os setores que mais puxaram o faturamento até o momento foram o de óleo e gás (+74,5%), materiais básicos (+31,4%) e industriais (+17,1%).

► Os destaques da semana vão para:

Qualcomm (QCOM34) : Receitas expandiram +63% a/a em função da alta demanda por chips.

Booking (BKNG34): Com faturamento +10% acima do consenso, a empresa registrou, quando comparado ao mesmo trimestre de 2020, aumento de 44% na reserva de quartos de hotéis, também 44% em reservas de carro e mais de 100% de aumento na compra de passagens.

Comentários sobre empresas específicas são divulgados no relatório diário Radar Global.

► Analistas continuam a revisar as estimativas lucro de 2021 para cima (+2,7% desde o início da temporada), seguindo uma sequência consecutiva de 5 trimestres de revisões positivas.

► O preço do S&P 500 ainda teria que subir +2,2% para ficar alinhado com a crescente expectativa de lucro para 2021, mas continua fechando a diferença de 3,8% na semana passada e 4,2% da retrasada.

► No caso do Nasdaq 100, atenção para o preço, que teria que cair -1% para ficar alinhado com a crescente expectativa de lucro em 2021. Neste ano, foram apenas 3 os momentos em que os preços sustentaram-se 1% ou mais acima das revisões dos analistas.

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