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🌎 Mundo em 60s: A semana das FAAMGs

Resultado das maiores empresas do mundo confirma: o Mundo é tech.

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https://www.youtube.com/watch?v=y3S2yV-IBFg&feature=youtu.be

Bolsas: Aversão a risco foi o tema da semana. Causas: 1) Pacote de US$ ~2tri de estímulos nos EUA não saiu do papel; 2) Eleições se aproximam; 3) França anuncia lockdown de 1 mês e Alemanha fecha parcialmente; 4) Banco Central Europeu adia estímulos para dezembro. Esses fatores pesaram nas bolsas globalmente, menos na China, que permanece blindada das políticas ocidentais e cresce enquanto a maioria encolhe.

Setores:  O movimento setorial nos EUA reflete o temor do vírus. Empresas da economia antiga, como petrolíferas (-9%), indústrias (-7%) e financeiras (-6%) lideram as quedas, à medida que investidores questionam sua capacidade de absorver uma 2ª onda de lockdowns. Tecnologia (-6%) não foi o porto seguro dessa vez, mas os modelos de negócios continuam defensivos em um  cenário “fique-em-casa”.

Temporada de resultados nos EUA

Semana de grandes números: Quase 50% do S&P 500 apresentou resultados, com o peso puxado pelas FAAMGs (Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google), que sozinhas respondem por 23% do valor de mercado do índice. Aliás, é a primeira vez que se atinge tal concentração; durante a Bolha Ponto-Com de 2000 a relação das top 5 chegou a uma máxima de 18%.

Até o final desta sexta, teremos 75% das empresas do mercado americano tendo divulgado resultados, nos dando uma boa ideia de como se comportou o consumidor durante este trimestre de reabertura econômica parcial.

  • 270 das 500 maiores empresas americanas já reportaram e a surpresa continua. No agregado, lucros vieram 17% acima dos modelos, com apenas 40 companhias desapontando.
  • Até o momento todos os setores superaram as previsões, com exceção de utilidades públicas. O destaque vai para o petrolífero, com lucros 125% acima das baixíssimas expectativas (alcançando US$ 450 milhões). Mesmo assim, petroleiras são as que mais sofrem com a falta de visibilidade da demanda da commodity e contraem faturamento em 34% a/a.
  • Tendência “fique-em-casa”: Do lado vencedor, tecnologia alcançou US$ 33,2bi de lucro até o momento, crescendo 11% a/a. E o líder de crescimento de lucro no trimestre foi o setor de bens de consumo (englobando alimentos, bebidas e bens de uso doméstico), com alta de 13% a/a.
  • As FAAMGs reportaram e resultados foram positivos em geral. Destaque para Facebook e Google com forte recuperação das receitas com propagandas, aliviando uma das principais preocupações dos investidores, à medida que, estruturalmente, mais anunciantes buscam divulgação nos meios digitais. Confira:

Facebook - Positivo

Nada a reclamar quanto aos resultados do trimestre. Receitas totalizaram US$ 21,5 bi, 8% acima do consenso e +22% a/a, impulsionadas pelo segmento de publicidade (98% do faturamento). O lucro de US$ 7,9 bi veio 42% acima do esperado e +29% vs. 2019. O Facebook, WhatsApp e Instagram somam 3,2 bilhões de usuários ativos (+2% vs. 2T). O que poderia preocupar? A queda na base de usuários nos EUA e Canadá (de 198 para 196 milhões) e a perspectiva mais desafiadora para o 4T.

Apple - Negativo

Ações fecharam com 5% de queda no after-market. Vendas de iPhones e queda no faturamento da China foram surpresas negativas. O celular mais desejado do mundo teve queda de 21% nas vendas enquanto consumidores aguardavam o lançamento do iPhone 12 5G. Na China, 3ª principal região da companhia e fonte de crescimento, as vendas vieram 29% menores a/a. Certamente não ajudou também o fato de não terem divulgado um guidance com as expectativas para os próximos períodos, mas permanecem otimistas com “o vento de popa proveniente do 5G, oportunidade única da década”. Do lado positivo, receitas com Macbooks e Serviços bateram recorde pelo 4º trimestre consecutivo, alcançando US$ 9bi, 12% acima do consenso.

Amazon - Positivo

Mais um trimestre recorde: Receitas do 3T totalizaram US$ 96,1 bilhões, 4% acima das expectativas e 37% maiores vs. 2019, novamente impulsionadas pelas operações de e-commerce globais. O segmento de serviços na nuvem (AWS) manteve o ritmo de crescimento (+29% a/a), entregando expansão de margem; apesar de representar ~12% das receitas, a AWS corresponde agora por 70% do lucro operacional da empresa. O guidance de receita para o 4T (US$ 112-121 bi) veio em linha com o esperado, enquanto a projeção para o lucro operacional (US$ 1-4 bi) decepcionou, impactada por maiores despesas relacionadas à pandemia (testes em funcionários e compra de EPIs).

Microsoft - Positivo

Receitas alcançaram US$ 37,2bi, puxadas por uma das principais apostas da empresa: Azure Public Cloud, que oferece serviços de computação em nuvem e cresce 48% a/a. A forte demanda por videogames durante o confinamento também acelerou o faturamento com o Xbox (que sobe 30% a/a), e a empresa se prepara para lançar 2 novos modelos do console já em novembro.

Google  – Muito positivo

Imediatamente após reportar, ações chegaram a subir 9%. Resultados superaram os modelos em todas as linhas de negócio: Faturamento / Google Cloud / YouTube / TAC / vieram 8% / 4% / 15% / 7% acima das expectativas, e Lucro por Ação superou consenso em 45%. Para uma gigante que faturou US$ 40,5bi no 3T19, um crescimento de 14% a/a representa incremento de US$ 5,7bi. O segmento que mais preocupava o investidor era o de publicidade, que ganhou novo ânimo com o crescimento 9,4% a/a; prova da capacidade de execução da companhia, que era fortemente dependente de propagandas com viagens e turismo (em queda). E por fim, o YouTube também entregou um resultado sólido, com receitas 32% maiores a/a.


Agenda da próxima semana:

Fonte: Bloomberg, XP Investimentos

#ProvaRápida - 5 das 6 empresas abaixo faziam parte das “FAAMGs” da Bolha Ponto Com. Qual é a impostora?

Bom final de semana!

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