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O maior pacote de estímulos econômicos da história: entenda as medidas dos EUA

E como ele poderá ajudar a reerguer os mercados

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Uma ação coordenada dos bancos centrais globalmente, e especialmente significativa nos EUA, está sendo necessária para apoiar a economia e ajudar a conter os efeitos negativos do surto de coronavírus.

Nos EUA, estamos observando uma injeção de liquidez e pacotes fiscais robustos e de estímulos econômicos sem precedentes, em uma tentativa de fazer o que for necessário para minimizar as perdas e evitar que empresas quebrem e pessoas percam os seus empregos.

A seguir, detalhamos em duas partes, as principais iniciativas que estão sendo desenvolvidas e executadas pelo governo americano – primeiro o tão falado afrouxamento quantitativo, pelo Federal Reserve, e em seguida, o pacote de estímulos econômicos, potencialmente ainda maior, que está sendo negociado pelo Congresso e Senado americanos.

Entenda o programa de compras do FED que dá suporte aos mercados

Para manter a liquidez do mercado e minimizar riscos de crédito, o Federal Reserve vai despejar grandes quantidades de dinheiro na economia. Mnuchin, Secretário do Tesouro, anunciou que o Fed tem a capacidade de financiar até US$ 4tri de empréstimos para negócios afetados pelo COVID-19.

Mercados falam em “ajuda ilimitada” após Jerome Powell, presidente do Fed, declarar que não há limite de compras para ativos do tesouro e hipotecários. Até o momento, o Fed reportou que irá alocar US$ 1tri, dos quais serão US$ 500bi em Títulos do Tesouro, US$ 200bi em Títulos Hipotecários e US$ 300bi em financiamentos para empregadores, consumidores, e empresas.

Se o Fed estiver realmente disposto a utilizar todo o seu poder de fogo, seus ativos poderão ultrapassar a marca dos US$ 8tri. Veja o gráfico mostrando o crescimento do balanço do Fed ao longo do tempo:

Pacote do governo em negociação no Senado

Além das medidas anunciadas pelo Fed, o governo norte-americano também pretende intervir com algumas ações para minimizar o impacto da crise.

O pacote do governo, de aproximadamente US$ 2 trilhões, aguarda aprovação no Senado, após duas tentativas frustradas de votação nos últimos dois dias. O pacote está sujeito a negociações no Congresso e Senado, mas podemos destacar os principais pontos até o momento:

Cheques para cidadãos: US$ 1.200 por indivíduo, US$ 2.400 por casal ou US$ 3.000 para famílias de 4 pessoas. Famílias de alta renda (mais de US$ 75k por ano) não são candidatas.

Cobertura da folha de pagamentos (US$ 350bi): empresas com 500 ou menos funcionários são elegíveis a receber empréstimo de US$ 10 milhões para pagar funcionários. Caso o façam, custos hipotecários, de aluguel e de utilidades públicas podem ser perdoados.

Seguro desemprego: ampliação do tempo e valores de cobertura em 13 semanas e US$ 600/semana, respectivamente. Programa extendido para trabalhadores temporários e contratos independentes.

Saúde pública (US$ 242bi): dinheiro destinado a distribuição de alimentos, nutrição infantil, hospitais, centros de controle de doenças e agências de transporte.

Indústria (US$ 500bi): empréstimos para empresas que deverão ser cumpridos. Extensão de prazos para pagamento de impostos para 2021 e 2022.

Amparo para os Estados (US$ 150bi): para cobrir as obrigações que não seriam cumpridas devido à redução drástica na arrecadação de impostos. Auxílio deve vir com contrapartidas.

As perspectivas do pacote de estímulos dos EUA

Espera-se que os expressivos estímulos econômicos, se devidamente aprovados e implementados, sirvam de alicerce dando sustentação para a economia americana (e global) enfrentar momentos difíceis durante o combate a esse inimigo invisível e implacável, o coronavírus.

Quando as curvas de contágio fizerem pico e começarem a ceder (como já vimos em alguns paises asiáticos), com a retomada da atividade apoiada por tais estímulos, a economia poderá voltar a crescer, a demanda latente de consumo e investimento será preenchida, e o ambiente macro e micreconômico se estabilizaria. Uma vez que estivermos em direção a uma economia pujante novamente, como era o caso dos EUA antes dessa inesperada crise, os lucros das empresas voltariam a crescer, e com isso as ações em bolsa poderiam voltar a subir.

Adicionalmente, Trump indicou que a "cura" (manter o isolamento por tempo indefinido) poderia acabar sendo pior do que o problema original, dado que isto levaria a quebra de muitas empresas, fazendo muitos perderem os seus empregos e passarem por situações difíceis. Dessa forma, Trump acredita que não poderemos ficar em isolamento para sempre. Uma reabertura da economia seria positiva para os mercados.

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