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🌎Alibaba reestrutura segmento de e-commerce – RADAR GLOBAL

Alibaba foca no e-commerce, Amazon supera desafios logísticos e Google surfa onda do marketing digital

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +1,2% e Europa +1,9%) ao passo que investidores apostam em um impacto menos severo da variante Ômicron nas economias globais. Segundo Anthony Fauci, médico chefe da Casa Branca, dados iniciais da África do Sul sugerem que, embora a variante tenha um maior poder de transmissibilidade, os casos aparentam ser mais leves do que o esperado. Ainda assim, o médico reforçou que é cedo para tomarmos conclusões definitivas. Na China, o índice de Hang Seng (+2,7%) encerra em campo positivo em consequência do anúncio do PBOC (banco central chinês) sobre uma redução nas reservas requeridas para os bancos a partir do dia 15 de dezembro, o que resultaria em uma política monetária mais expansionista e deverá injetar US$ 282bi na economia do país. O petróleo (+3,1%) amanhece em alta, na esteira dos mercados globais, reduzindo temores em relação a queda de demanda pela commodity em virtude de possíveis novas paralisações globais.

Coronavírus: A nova variante Omicron representa um risco maior para os não vacinados e as vacinas deverão ter certa eficácia, segundo Andy Slavitt, ex-conselheiro de saúde da Casa Branca. Relatórios sugerem que a nova cepa pode levar a uma doença mais branda em comparação com as outras variantes, o que pode ser devido a “respostas imunológicas pré-existentes”. A presença de vacina ou infecção anterior atenuará qualquer variante que contamine o indivíduo, segundo o Dr. Jerome Kim, diretor do Instituto Internacional de Vacinas.

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EMPRESAS

Alibaba anuncia reestruturação: O Alibaba (BABA34) afirmou nessa segunda-feira que está fazendo uma reestruturação em suas equipes internacionais e domésticas de e-commerce. As mudanças ocorrem no momento em que a empresa enfrenta diversas dificuldades, incluindo aumento da concorrência pela JD.com (JDCO34), desaceleração da economia e repressão regulatória. A companhia pontuou que formará duas novas unidades para abrigar seus principais negócios de e-commerce, o comércio digital internacional e comércio digital da China, em uma tentativa de se tornar mais ágil e acelerar o crescimento.

A unidade de comércio digital internacional abrigará os negócios de atacado e atendimento ao consumidor no exterior e incluirá o AliExpress, Alibaba.com e Lazada, e será chefiada por Jiang Fan, que havia sido presidente dos mercados Taobao e Tmall. Com o novo anúncio, ações do Alibaba chegaram a subir mais de 10% na segunda-feira. Apesar da alta, um de seus maiores investidores, o SoftBank Group continua perdendo valor de mercado (mais de 8% nessa segunda-feira) em meio a um período de incerteza em torno de algumas das maiores apostas da empresa e a uma venda generalizada das ações de tecnologia na Ásia. Além do Alibaba, a Didi, que também é apoiada pelo grupo, anunciou na semana passada que planeja sair da Bolsa de Valores de Nova Iorque menos de 6 meses após seu IPO.

Transição digital: Empresas como o Google (GOGL34) e Meta (FBOK34) vêm proporcionando o crescimento da indústria de publicidade global, já que as marcas estão confiando em mecanismos em seus mecanismos de busca e empresas de mídia social para alcançar os clientes durante a pandemia. As marcas continuaram a anunciar online e a promover o comércio eletrônico, o que proporcionou um aumento do marketing digital. O GroupM prevê que os gastos globais com publicidade crescerão +22,5% em 2021 em vs. o ano anterior e +9% em 2022.

O crescimento do setor deve continuar beneficiando o Google, Meta e Amazon, por serem grandes vendedoras de anúncios digitais. Além disso, o grande volume de dados que as varejistas Walmart, Target e Kroger possuem, também permite outras marcas utilizem seus dados para alcançar o seu cliente diretamente. Esse tipo de publicidade cresceu 47% neste ano, totalizando US$ 77 bilhões e deverá crescer para US$ 143 bilhões até 2024, de acordo com relatório da Zenith.

Amazon contorna caos na cadeia de suprimentos: A Amazon vem fretando navios de carga privados durante anos, com a fabricação de contêineres próprios e com a locação de aviões para terem o controle da jornada de envios de pedidos da internet. Durante anos, a empresa realizou esse serviço discretamente, mas agora com o pânico da cadeia de suprimentos, a estratégia da companhia vem beneficiando também alguns varejistas que utilizam de espaços vagos dos contêineres.  

Com o frete de navios de carga privados, a Amazon consegue controlar para onde suas mercadorias são destinadas, evitando os portos mais congestionados e facilitando o tráfego. Ainda assim, a empresa teve o crescimento de +14% na demanda em itens fora de estoque e um aumento médio de +25% nos preços desde janeiro de 2021, já que o aumento do custo do transporte acaba sendo repassado ao consumidor. Além disso, ela gastou mais de US$61 bilhões em 2020 tentando controlar o processo de envios.  

ANÁLISE

Fonte: The Information

Investimentos de Venture Capital em empresas ligadas a cripto disparam: O gráfico acima mostra que, apenas em 2021, investidores injetaram cerca de US$ 3,7bi em negócios que utilizam algum tipo de tecnologia blockchain nos segmentos de jogos, e-commerce e compras, representando um aumento de 26x quando se compara com o ano passado. O aumento expressivo ressalta a aposta de investidores de que a tecnologia blockchain pode revolucionar diversos setores no longo prazo.

Entre esses investimentos está o mercado de NFTs (token não fungível), um dos exemplos foi o investimento de US$ 152mi que a Sky Mavis levantou em um valuation de mais de US$ 3bi para seu jogo Axie Infinity, inspirado Pokémon com uma plataforma 100% baseada em blockchain, em que toda a economia está voltada para as transações via rede da Ethereum e cada personagem é, na verdade, um NFT com identificação única e características próprias. Considerando todos os setores, somente nos primeiros três trimestres de 2021, os investimentos de Venture Capital atingiram um recorde de US$ 21,4 bilhões em empresas relacionadas a criptomoedas e blockchain, em 1.196 negócios, de acordo com a Pitchbook, uma fornecedora de dados de mercado. Isso é mais de 5x a cifra do ano passado.

   

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