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https://youtu.be/Yj5swgeTYg0

Semana marcada por atividade econômica em recuperação: PMI na Europa em 48 (antes 32) e nos EUA em 47 (antes 37), além de pedidos de auxílio desemprego mais estáveis em 1,5 milhão. Na China, atividade de construção e manufatura já se recupera para ~95% dos níveis de 2019 (caiu 50% no auge da crise). No entanto, bolsas globais derraparam com preocupação sobre “onda 2” de contágio dos EUA (mesmo com redução da mortalidade), e com imposição de novas tarifas comerciaisem US$ 3,1bi de produtos europeus pelos EUA. Aliviando as preocupações, Dexametasona surge como possibilidade de reduzir em 30% a fatalidade, e Dr. Fauci acredita em vacina no final de 2020.

Olhando para os setores, o petrolífero continua sendo destaque negativo e cai -39% no ano, em linha com os preços historicamente baixos da commodity, seguido pelo setor financeiro (-27% no ano) que agora foi proibido pelo Fed de aumentar distribuição de dividendos e realizar recompras. Tecnologia continua sustentando a alta e fazendo com que a proporção da capitalização de mercado do Nasdaq 100 (que sobe +13% no ano) em relação ao S&P 500 (-7%) chegue na máxima histórica registrada antes da Bolha Ponto-Com.

Do lado das empresas, continuamos presenciando a integração com a tecnologia: Walmart pode conectar 120 milhões de consumidores com mais de 1 milhão de pequenos e médios comerciantes cadastrados na plataforma do Shopify. Não só no varejo:setor automotivo passa por “Teslarização” dos veículos com parceria entre a Mercedes-Benz e NVIDIA para capturar um mercado de computação automobilística avaliado em US$ 5bi e potencial para atender 100 milhões de carros e atingir US$ 700bi. Na China, a NIO (similar à Tesla) sobe 200% desde o começo de abril, pretender entregar 10 mil SUVs elétricos no segundo semestre e já é negociada na bolsa americana. Qual será a próxima etapa? Se depender da Tesla, enviar carros para o espaço.

A recuperação da economia é real: Nos EUA, venda de veículos em maio subiu 50% para 12,6 milhões, fazendo com que analistas revisassem positivamente preço alvo da Tesla (+124% no ano), Ferrari (+1%) e Ford (-38%). Na China, mega evento de compras ‘6.18’ estimula consumo e faz volume de transações da Alibaba crescer 50% vs 2019. No mesmo evento, Apple, que já vale US$ 1,5tri, faturou US$ 70 milhões em apenas 5 horas, e guia a inovação com anúncio do iOS14 e números monumentais: 1 bilhão de aparelhos com AppleTV instalada, 25 bilhões de perguntas para Siri por mês e Safari50% mais veloz que Chrome.

Mas se a recuperação é real, por que a economia antiga (Europa -14% no ano) tem desempenho inferior à economia nova (Nasdaq +13% no ano)? 1) Lucros menores: Desde o último pico (pré-crise de 2008), o lucro por ação das empresas europeias caiu 34% enquanto o das empresas de tecnologia da Nasdaq subiu 370%. 2) Altos impostos: Aumento de regulações na Europa afetou 30% das empresas do índice (principalmente financeiras, utilidades públicas e telecoms), enquanto os cortes de impostos nos EUA desde 1990 aumentaram as margens de lucro de ¼ das empresas do S&P 500 em ~4%.

Empresas de valor descontado tiveram desempenho inferior às de crescimento (principalmente tech) não só desde o começo do ano com a Coronacrise, mas também nos últimos 12 anos. Dito isto, o cenário daqui para frente ainda é favorável às empresas de tecnologia como as FAAMGs (Facebook, Apple, Amazon Microsoft e Google) ou será a vez da economia antiga?

Nem tudo é positivo, riscos regulatórios e agências antitrustes ameaçam as gigantes de tecnologia, principalmente na Europa. Mesmo assim, em 2020, as empresas de valor descontado deverão registrar lucros ~40% menores enquanto as de crescimento deverão perder apenas ~13%. No longo prazo, a digitalização, acelerada pelo confinamento, tende a continuar beneficiando as empresas tech, com maior desenvolvimento e utilização de nuvem (Amazon), inteligência artificial (Google), veículos elétricos e computadorizados (Tesla), processamento (NVIDIA), comércio digital (Alibaba) e trabalho remoto (Microsoft). E quem será a próxima gigante? É a pergunta da década.

Bom fim de semana!

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