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Top 10 Ações Internacionais (BDRs) XP – Agosto 2021

Entenda mais sobre os BDRs recomendados pelo nosso time

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A partir da entrada em vigor da nova regra da CVM, que liberou a negociação das BDRs a todos investidores na B3, brasileiros passaram a ter acesso a ativos internacionais (os BDRs) que antes eram restritos a investidores qualificados, com mais de R$ 1 milhão.

E agora, como escolher os BDRs?

A nossa carteira de BDRs é composta pelas nossas 10 ações internacionais (BDRs) preferidas e atualizada mensalmente, com o intuito de ter desempenho superior ao índice MSCI All Country World Index em reais no longo prazo.

Como foi a performance da carteira em julho?

Neste mês, a carteira se valorizou +3,8% em reais, em linha com o benchmark MSCI ACWI. O principal detrator foi Alibaba, refletindo as tensões regulatórias na China. Do lado positivo, a Johnson & Johnson se valorizou +10,4% à medida que se beneficia de uma possível autorização permanente do governo americano para utilização de suas vacinas.

Tabela com informações de janeiro a julho de 2021 sobre o top 10 Ações Internacionais (BDRs).

Para agosto, realizamos uma alteração na Carteira Top 10 Ações Internacionais XP. Entra Google (GOGL34); sai J.P. Morgan (JPMC34).

Neste mês, saímos de nossa posição no setor financeiro em J.P. Morgan (JPMC34) para abrir espaço para alocar 10% em uma posição que já tivemos na carteira: Google (GOGL34). Acreditamos que a empresa traz crescimento com qualidade ao nosso portfólio, dois fatores que possuímos visão construtiva no momento.

Além disso, consideramos que o Google ainda pode se beneficiar do atual cenário de transição entre a reabertura econômica e a continuação da digitalização corporativa, uma vez que boa parte de seu faturamento é proveniente de publicidade, que deve performar bem com a recuperação do turismo, bem como da maior presença de varejistas no mundo online buscando a exposição de suas marcas. Também vale ressaltar o potencial de crescimento da monetização do YouTube, YouTube premium, e YouTube shorts; a plataforma continua resiliente apesar da reabertura e enxergamos modalidade “shorts”, de vídeos curtos, como uma das principais tendências de engajamento e potencial de ganhos no longo-prazo para as plataformas online. Outros geradores de valor também são 1) o crescimento da adoção de computação em nuvem e 2) os moonshots, apostas agressivas de inovação e disrupção da Alphabet.

Carteira recomendada

Conheça as 10 melhores ações internacionais para se investir, mirando ganhos superiores no longo prazo:

Diversificação setorial

A carteira Top 10 BDR XP busca obter retornos superiores, com complementariedade setorial em relação ao Ibovespa, e uma seleção de maior qualidade e mais concentrada que o MSCI All Country World Index.

  1. O Ibovespa é muito concentrado no setor financeiro (25%) e possui pouca exposição em consumo discricionário (9%), comunicação (1%) e tecnologia (<1%)
  2. O BDRx é mais concentrado em tecnologia (33%) e menos em financeiro (9%)

Com a alteração, mudam as nossas exposições setoriais, reduzindo setor financeiro e incrementando comunicações. A carteira permanece diversificada e complementar ao Ibovespa com posições em tecnologia (Microsoft, TSMC e Visa), financeiro (Berkshire Hathaway), consumo discricionário (Alibaba, Home Depot, General Motors e Mercado Livre), saúde (Johnson & Johnson) e comunicação (Google)

Conheça as empresas

NOVA! Alphabet (Google – GOGL34)

– “Dá um Google aí!”. A empresa, que literalmente virou um verbo presente no dicionário, é subsidiária da Alphabet e tem objetivo de ser o “A ao Z” da internet. A empresa possui 86% do mercado global de ferramentas de pesquisa e 3/4 do mercado de compartilhamento de vídeos (YouTube). Além disso, 3/4 dos aparelhos móveis do planeta possuem o sistema operacional Android instalado. Ou seja, a Alphabet é um gigantesco depósito de dados que são convertidos em anúncios direcionados em suas plataformas, de onde vem 85% do faturamento da empresa. Os outros 14% são compostos por serviços (Google Play) e nuvem (Google Cloud) e o 1% restante é conhecido como Moonshots, ou seja, negócios em estágio inicial mas com potencial revolucionário.

Apostas de crescimento: YouTube / YouTube premium / YouTube shorts / Inteligência Artificial / Direção Autônoma (Waymo) / Saúde (Calico & Verily Life)

Johnson & Johnson (JNJB34)

Multinacional americana, com mais de 130 anos de história, iniciou suas atividades como fabricante de curativos cirúrgicos. Hoje, as atividades da companhia são divididas entre três segmentos: 1) Farmacêutico (52% das receitas): Responsável pelo desenvolvimento de medicamentos e vacinas; 2) Equipamentos médicos (31%): Produção de aparelhos usados em cirurgias, como pinos e placas ortopédicas e lâminas de corte; 3) Bens de consumo (17%): Voltado ao dia-a-dia – produção de produtos de uso pessoal, como shampoos, band-aid e hidratantes.

A ação tende a ser defensiva para ambientes incertos, dado que a empresa é uma sólida pagadora de dividendos (em 2019, aumentou o pagamento pelo 57º ano consecutivo), possui robusta posição de caixa (US$ 18 bilhões), e consistente crescimento de receitas no segmento farmacêutico (~8% a.a nos últimos 20 anos).

Apostas de crescimento: pesquisa, desenvolvimento e distribuição de novos medicamentos (exemplo: vacina para Covid-19 e tratamento de mielomas), retomada da demanda por equipamentos cirúrgicos em 2021 e potenciais aquisições de novas patentes e de companhias farmacêuticas menores.

Mercado Livre (MELI34)

Em 1999, Marcos Galperin, aluno do MBA de Stanford deixou o banco Lehman Brothers para montar o maior e-commerce da América Latina. Hoje, a companhia argentina está presente em 18 países e é a segunda maior empresa do continente sul-americano, com um valor de mercado de US$ 80 bilhões, ficando atrás apenas da Vale S.A.

A companhia foi amplamente beneficiada pelo isolamento social devido à pandemia da Covid-19, que acelerou a migração do consumo para o digital, tendo dobrado seu faturamento em 2020 e atingido US$ 3,97 bilhões de receita líquida, número que representa um crescimento de 73% ante os US$ 2,3 bilhões registrados em 2019. Globalmente, seu alcance também cresceu: A cia. fechou 2020 com 133 milhões de usuários, um aumento de 78% a.a. explicado principalmente pela adesão em massa do mercado latino-americano ao e-commerce. No Brasil, o Mercado Livre registrou crescimento expressivo de 50% em suas vendas no ano de 2020.

Com base nesses dados, o Mercado Livre estuda investimentos bilionários na região. Em meados de março a empresa anunciou um investimento de 10 bilhões de reais ao longo de 2021. A intenção é tornar a companhia ainda mais relevante no Brasil, ao passo em que cria novas soluções logísticas a fim de acelerar os processos de entrega. Na Grande São Paulo e nas regiões metropolitanas de Florianópolis (SC) e Salvador (BA), por exemplo, a empresa já realiza entregas em apenas um dia.

A aposta em Mercado Livre busca trazer exposição ao tema de e-commerce na América Latina, que é um dos que mais cresce no mundo. Ao investir na empresa, a carteira passa a ter exposição a diversos países do continente, uma vez que a Argentina e o México são responsáveis por 25% e 15% do faturamento da companhia, respectivamente, sendo o Brasil o mais representativo com 55% de participação.

Home Depot (HOME34)

Varejista líder global na venda de materiais de contrução, jardinagem e melhorias do lar, a Home Depot opera 2.300 lojas em território norte-americano, canadense e mexicano. Em suas prateleiras, são dispostos de 30 mil a 40 mil produtos diferentes para seus 2 tipos de público: 1) Cliente Comum: Compra na loja ou online executa a melhoria na casa por conta própria ou terceirizada. 2) Cliente Pro: Profissionais que oferecem serviços de reforma e consomem os produtos da Home Depot.

O histórico financeiro da Home Depot é prova de sua capacidade de execução e de melhoria dos processos. Desde 2009, a empresa aumentou gradualmente as suas margens de lucro; foram 10 anos seguidos de expansão e em 2020, mesmo com a pandemia, conseguiram manter o lucro líquido no mesmo patamar de 2019.

Além disso, a empresa é conhecida por pagar mais dividendos que seus pares, bem como por ter uma expectativa de crescimento superior aliada à sólida margem de lucro.

Visa (VISA34)

A Visa está no centro da revolução da transição do papel-moeda para o dinheiro digital. Em 1958, o Bank of America lança o primeiro cartão de crédito dos EUA com um limite de US$ 300 dólares. Mais tarde, em 1976, o sucesso do cartão tornaria-se internacional, fazendo com que o segmento do banco fosse desmembrado e renomeado como Visa. Mais tarde, seria lançado, em plena crise de 2008, como um dos maiores IPOs da história.

Hoje, a companhia está presente em mais de 200 países, com produtos disponíveis em diversos aparelhos, mas o foco ainda é o mesmo: ser o melhor método para pagar e receber para todos e em qualquer lugar. A Visa possui 3,3 bilhões de cartões ativos conectando consumidores ao redor do mundo. O faturamento possui ampla distribuição geográfica, com 46% das receitas provenientes dos EUA e 54% internacional. Quanto aos segmentos, a empresa fatura, em ordem de importância, com 1) Taxas de processamento de dados, 2) Taxas de serviços e 3) Taxas de transações internacionais.

Apostas de crecimento: Parcerias com produtoras de aparelhos móveis e acessórios que integrem os meios de pagamentos; Integração com automóveis em estacionamentos e postos de abastecimento; aumento nas transações sem papel-moeda em ecossistemas cada vez mais digitais e eficientes.

General Motors (GMCO34)

Uma das maiores fabricantes de automóveis e peças do mundo, a GM é a dona das marcas Chevrolet, GMC, Cadillac, Buick e OnStar. As divisões da GM Internacional e GM América do Norte são responsáveis pelas operações globais de veículos automotivos enquanto a GM Financial é responsável pelo segmento de financiamento, crédito e seguros.

As operações da empresa são focadas principalmente no mercado norte-americano, que é responsável por ~80% do faturamento da companhia, um posicionamento interessante dada a robustez da recuperação econômica do país num mundo pós-pandemia. No longo-prazo, a GM busca reduzir o consumo de petróleo e a emissão de gases-estufa via pesquisa e desenvolvimento de tecnologias como células de hidrogênio e baterias elétricas. Ainda como estratégia de crescimento, a General Motors deverá aumentar as suas ofertas de produtos no mercado chinês, via Chevrolet, Cadilac e Buick, bem como via marcas locais Baojun e Wuling e operações envolvendo joint ventures.

Além disso, a companhia possui uma operação eficiente, à frente da concorrência em termos de geração de caixa e margem EBITDA: Entre 2016 e 2019, pré-pandemia, a GM entregou média de 16% de margem, contra apenas 7% da Ford e 12% da Tesla.

Apostas de crescimento: 1) GM Ultium – plataforma de baterias elétricas que será a base para o futuro carbono-zero da companhia; 2) Cruise – segmento de software e veículos autônomos em parceria com a Microsoft, Walmart e Honda.

Microsoft (MSFT34)

Líder absoluta no mercado global de sistemas operacionais, a Microsoft atingiu o feito de ter o Windows instalado em 3/4 dos computadores pessoais do planeta. Se considerarmos dispositivos móveis, como tablets e celulares, a sua participação ainda se mantém em 30% dos aparelhos. O faturamento da empresa é dividido em 3 segmentos, cada um representando aproximadamente 1/3 do total, sendo eles 1) Computação Pessoal, que inclui o Windows e o Xbox; 2) Produtividade e Processos, que inclui o pacote Office 365, SharePoint, Skype e LinkedIn; 3) Computação em nuvem, que inclui o Azure, SQL e Windows Server. Geograficamente, 50% das receitas vêm de fora dos EUA.

Apostas de crescimento: Trabalho remoto (Office 365) / Computação em nuvem (Azure) / Games em nuvem / Plataformas sociais (LinkedIn e Discord)

TSMC (TSMC34)

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company possui a maior capacidade de produção de semicondutores do planeta e detém cerca de 50% do mercado global. A companhia atende clientes que não possuem tecnologia própria de chips para seus dispositivos.

Hoje, clientes de alto padrão utilizam sua tecnologia, como Apple, AMD, NVIDIA e Intel. São mais de 500 clientes atendidos que incluem os chips da TSMC em seus 10 mil dispositivos.

Geograficamente, a empresa possui indústrias em Taiwan, na China e nos EUA, sendo que este último é responsável por 60% de suas receitas. Por produto, 50% do faturamento vem de celulares, 30% de computação de alta performance e 10% de Internet of Things. Olhando para frente, o setor automotivo (5% das receitas) deve prover uma longa avenida de crescimento com a eletrificação dos veículos, bem como os temas estruturais da expansão do 5G, computação em nuvem e Inteligência Artificial.

Berkshire Hathaway (BERK34)

Uma das empresas mais procuradas pelo investidor que tem visão de longo prazo. A holding, dirigida pelo investidor mais reconhecido do mundo, Warren Buffett, possui controle e participação em empresas de variados segmentos, de joalherias à refrigerantes. Fato que nem todos sabem é que aproximadamente 80% das receitas da Berkshire são provenientes de seguros (GEICO, principalmente) e os 20% restantes com transporte ferroviário e geração de energia.

Os principais fatores que atraem investidores para a companhia são 1) O compromisso de Buffett com uma gestão transparente e com alto nível de governança corporativa; 2) O histórico de sucesso dos investimentos da holding em empresas sólidas como Coca-Cola, American Express, Gilette e, mais recentemente, na Apple e em ouro (Barrick Gold); 3) O alinhamento pleno de interesses entre a administração e os acionistas da empresa.

Alibaba (BABA34)

Também conhecida como a Amazon chinesa, a gigante transaciona USS$ 1 tri em produtos nas suas plataformas (usando a métrica GMV) ao ano, sendo 95% do volume local na China. A empresa possui 750 milhões de clientes que consomem anualmente em suas plataformas digitais e está bem posicionada para capturar um mercado cada vez mais acostumado a consumir produtos online. Os números não mentem: o faturamento da empresa cresce em ritmo acelerado de ~30% ao ano. O varejo compõe 90% do seu faturamento, mas assim como a Amazon, busca expandir no segmento de computação em nuvem (Alibaba Cloud), que já representa 9% das receitas e cresce aproximadamente 60% a.a.

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