Onde Investir | Novembro de 2025

Outubro foi mais um mês positivo para os mercados globais. A incerteza gerada pela paralisação da máquina pública nos Estados Unidos e uma decisão de juros “no escuro” – e com tom cauteloso – até ensaiaram enuviar o clima nos mercados. Não obstante, a continuidade do ciclo de quedas de juros e avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China falaram mais alto, logo reacendendo o apetite ao risco.
O início da temporada de resultados também ajudou, retomando o foco (e o entusiasmo) para Inteligência Artificial. Apesar de resultados mistos entre gigantes de tecnologia, surpresas positivas sustentaram o otimismo. O principal índice acionário global subiu 2,2% e a curva de juros americana cedeu.
O Brasil acompanhou o movimento global, com o Ibovespa subindo 2,3% em reais. O mês teve início instável em meio ao ambiente global mais incerto e ventos de instabilidade política doméstica, mas foi impulsionado principalmente pela rápida retomada do apetite ao risco lá fora, e a força da rotação global. Expectativas de queda de juros e redução dos ruídos diplomáticos com Estados Unidos ajudaram o movimento, além de dados benignos de inflação.
O Copom manteve a Selic inalterada e o tom conservador, sinalizando cautela diante de riscos fiscais, inflação ainda acima da meta e cenário global incerto. A expectativa é de início de cortes em março de 2026, com meta de 12% ao ano.
Olhando adiante, entretanto, novembro começa em tom de cautela. Os primeiros dias do mês trouxeram renovadas preocupações com valuations de nomes ligados a IA. Por ora, o mercado brasileiro segue relativamente insulado, mas essa dinâmica que deve seguir central nos próximos meses.
Em novembro, realizamos ajustes em nossa alocação recomendada: aumento de 2,5% na exposição à Renda Variável Brasil nas carteiras Moderada e Sofisticada, com redução proporcional em Renda Fixa Pós-Fixada. Destacam-se a seletividade na renda fixa, uma postura mais defensiva na bolsa brasileira e estratégica janela de oportunidade para Fundos Imobiliários.