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Carteira Visionária (Moderada/Agressiva)- Dezembro 2021

O perfil visionário se refere ao investidor que enxerga além dos números de mercado que as telas mostram no curto prazo e possui objetivos ambiciosos de ganhos no longo prazo.

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A política de investimentos Visionária é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) desejam potencializar o risco da alocação mas sem abrir mão da diversificação e equilibro (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimentos  e não abre mão de uma boa oportunidade (iii) que desejam alocar recursos para médio/longo prazo (60 meses). Com uma dinâmica de alocação moderada para agressiva, a carteira busca potencializar o retorno sem abrir mão de unir segurança, liquidez e rentabilidade através da diversificação.

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Ter um perfil mais agressivo, pede ao investidor maior tolerância a riscos para o reconhecimento das oportunidades que os cenários mais voláteis podem oferecer. Por isso, a estratégia principal de uma carteira é a diversificação. A alocação desse portfólio combina um pouco do melhor de cada classe de ativos e busca os retornos dentro das diferentes dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no médio/longo prazo, já que possui exposição a ativos de riscos.

O que vimos do mês anterior

Incertezas e volatilidade ditaram o ritmo dos mercados mais uma vez no mês de novembro. O Brasil segue sofrendo principalmente pelos seus próprios problemas políticos e fiscais, uma vez que o ponto focal de incertezas ainda é o orçamento para 2022 e a PEC dos precatórios que no último dia útil do mês foi aprovada pela CCJ do Senado Federal.  A PEC libera espaço no orçamento de 2022 para o pagamento do programa social Auxílio Brasil, além de outros gastos obrigatórios para o ano que vem, por meio do parcelamento do pagamento de precatórios e da alteração do método de cálculo do teto de gastos. Somado a isso, o IPCA-15 divulgado em novembro (+1,17%), resultou em um índice acumulado de 10,73% em 12 meses. A combinação de riscos fiscais acentuados e mais inflação segue exercendo pressão sob o Banco Central do Brasil que terá que subir a taxa de juros bem além do imaginado, o que impacta negativamente a atividade econômica.

Na mesma medida, quanto mais alta e persistente parece ser a inflação nos EUA, mais crescem as expectativas de elevação de juros também por lá, corroboradas pelo tom mais hawkish do presidente do Fed, Jerome Powell, na reta final do mês de novembro, principalmente após as notícias sobre a descoberta de uma nova variante do Coronavírus, o ômicron, na África do Sul nos últimos dias do mês. Segundo Powell a nova variante poderia reduzir a disposição das pessoas para trabalhar pessoalmente, o que desaceleraria o progresso no mercado de trabalho e intensificaria as interrupções na cadeia de suprimentos. Menores estímulos e maiores juros nos EUA e no mundo reduzem a atratividade relativa de ativos em países mais arriscados, como o Brasil e emergentes em geral.

Essa nova variante vem para somar às preocupações sobre a pandemia que voltaram ao radar e seus reflexos nas economias, uma vez que o aumento nas infecções por Coronavírus na Europa seguiram em alta durante o mês de novembro e já tem refletido negativamente em indicadores de confiança na Alemanha e Zona do Euro como um todo, enquanto os índices de gerentes de compras (PMI) ainda mantem-se em expansão.

Em números, tivemos o Ibovespa no 5º mês consecutivo de queda, variando -1,53% e acumulando -14,37% em 2021. Destaque negativo para o IFIX que fechou novembro em -3,64% e destaque positivos para os índices de renda fixa, IRF-M e IMA-B que fecharam em +1,79% e +3,47%, respectivamente. Bolsas americanas e europeias tiveram um novembro vermelho na sua maioria, S&P500 caindo 0,83%, mas mantendo alta firme no ano (+21,59%), e DAX caindo 3,75% e subindo 10,07% em 2021.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

A volatilidade alta dos mercados não da sinais de arrefecimento, com a Covid-19 e suas variantes sendo um “fantasma” que insiste em não nos deixar 100% em paz, exigindo cautela nas tomadas de decisões. No cenário doméstico, inflação alta, situação fiscal do Brasil pressionada e um ano eleitoral a frente, demonstram os desafios para o investidor brasileiro que deve olhar para a diversificação geográfica como uma oportunidade de potencializar o retorno da sua carteira, mesmo sabendo que todas as regiões do globo passam por seus desafios em um mundo que ainda tenta se reorganizar dos efeitos da pandemia. Nesse ponto, vale ressaltar que quanto maior o diferencial de juros entre o Brasil e os demais países, mais atrativos ficam os investimentos internacionais com hedge cambial. Por isso, seguimos com cerca de 75% da parcela de alocação global em fundos internacionais, tanto em renda fixa quanto em renda variável, sem exposição à variação cambial.  

Ao investidor que vê os grandes desafios que existem na hora de construir ou rebalancear o seu portfólio ao longo do tempo, conte sempre com nossas sugestões para caminhar nesses cenários de turbulência, e ao sentir qualquer desconforto em relação a variação da carteira, vale se perguntar se não se trata de uma questão de alinhamento com a sua carteira recomendada. Quer saber em quais ativos investir?

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