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Empresas Excel – Março 2022

Veja aqui nossas recomendações para empresas de um portfólio diversificado e conservador em investimentos neste mês.

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Para além do capital de giro, existem estruturas jurídicas que alocam seu capital para objetivos e prazos específicos. Por isso, a diversificação de portfólio deve ser levada em consideração na alocação dos recursos. Pensando em oferecer com essas características, a carteira Excel é indicada para empresas que desejam retornos no portfólio sem abrir mão da segurança.

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Portfolio pensado para investir os recursos da estrutura jurídica buscando maiores retornos, mas sem abrir mão da segurança. Esse portfólio combina diversificação com baixa volatilidade. Sua maior exposição deve ser ativos pós fixados já que oferecem maior segurança, porém outras classes de ativos não são dispensáveis, pelo contrário, são necessárias para otimizar os retornos. Logo, nossas sugestões de alocações combinam qualidade de gestão e diversificação de portfólio, sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

O que vimos do mês anterior

Se até a metade do mês de fevereiro o noticiário econômico brasileiro e internacional foi dominado por notícias sobre as pressões inflacionárias que seguem altas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e Zona do Euro, a segunda metade foi totalmente focada na escalada das tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia que, infelizmente acabou culminando na invasão militar da Ucrânia pelas tropas russas na madrugada do dia 24. Ainda nesse dia os mercados amanheceram de mau-humor, refletindo o cenário de aversão a risco, típico de um ambiente de incertezas e receios quanto a uma guerra em um nível mais abrangente.

De lá para cá diversas medidas e sanções estão sendo impostas à Rússia pelos governos de países principalmente da Europa, além dos EUA, como retaliação aos ataques. Nos últimos dois dias do mês, ações de empresas russas listadas fora da Rússia despencaram fortemente, enquanto a bolsa de Moscou permaneceu fechada, além do governo russo ter mais do que dobrado os juros, de 9,5% para 20%, na tentativa de conter a desvalorização da moeda local, o rublo.

Em um mês que já tinha bastante volatilidade nos mercados globais, a materialização de uma possível guerra em escala mais ampla tem levado a um aumento do sentimento de aversão ao risco, fazendo os mercados entrarem num movimento de risk off. O S&P 500 fechou fevereiro caindo mais de 3%, assim como as bolsas da Europa fecharam o mês também no vermelho.

Apesar de ainda parecer muito cedo para avaliarmos quanto tempo durará o conflito bélico e o alcance das sanções econômicas, alguns impactos já são sabidos, entre eles o de trazer mais pressão aos preços da maioria das commodities, principalmente petróleo, que rompeu a barreira dos US$100/barril, além do gás natural e outras commodities energéticas e metálicas. Isso tem provocado revisões nas projeções inflacionárias no mundo todo, inclusive no Brasil.

Por falar em Brasil, fevereiro deu sequência a um ano positivo para a bolsa brasileira, com o Ibovespa fechando mês e o ano de 2022 com variações de +0,89% e +7,94%, respectivamente. Enquanto o IPCA-15 bateu 10,76% em 12 meses, o maior valor desde 2016, mostrando que a inflação segue pressionada por aqui, o que tem feito diversos analistas revisarem para cima as projeções para Selic no final do ano, que no começo do mês foi elevada a 10,75%.

Ainda no mercado local, o PL dos combustíveis teve votação adiada mais uma vez, enquanto a redução linear de 25% no IPI, com exceção do setor de fumo e de 18,5% no de automóveis, foi publicada no Diário Oficial da União e representa uma perda de arrecadação de quase R$ 19 bilhões para União, Estados e Municípios.

Tudo indica que ainda teremos dias difíceis para os mercados globais, por isso seguiremos agindo com cautela para identificar onde estão os principais riscos e, principalmente, torcendo para que os conflitos armados cessem o mais breve possível.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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