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Carteira Estrategista (Moderado) – Abril 2022

O perfil estrategista é pensado para o investidor que está sempre aberto às melhores oportunidades e não tem problema em correr riscos calculados.

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A política Estrategista é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) já compreenderam que a diversificação é o pilar principal de uma alocação e por isso aceitam um risco equilibrado (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimentos e preferem uma alocação mais pulverizada em classes e produtos (iii) que desejam alocar recursos para médio prazo (48 meses). Com uma dinâmica de alocação moderada, a alocação busca equilibrar segurança, liquidez e rentabilidade através da diversificação.

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Saber que o mercado opera em ciclos e que é suas diferentes variáveis são complexas demais para uma previsibilidade assertiva, pede para que a estratégia principal de uma carteira seja a diversificação. A alocação desse portfólio combina um pouco do melhor de cada classe de ativos e busca o equilíbrio dentro das diferentes dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no médio prazo, já que possui exposição a ativos de riscos.

O que vimos do mês anterior

Um olho no Fed e o outro no conflito. Foi assim que o mercado passou boa parte do mês de março, tentando interpretar de que forma o Banco Central norte americano agiria sobre os juros na reunião do FOMC que ocorreu na metade do mês, culminando no aumento de 0,25%, e como o desenrolar do conflito entre Rússia e Ucrânia seguiria impactando os preços das commodities e consequentemente, a inflação.

Entre elevações e reduções das tensões quanto à escalada da guerra para um patamar mais global, sanções e contra sanções foram sendo impostas pelos governos dos países do Ocidente e pela Rússia, respectivamente. Isso teve e tem um efeito de curto prazo, com o choque de oferta de uma série de insumos e commodities, além dos efeitos que se seguirão, sendo os principais (i) o aumento das pressões na já pressionada inflação global e; (ii) a redução das projeções de crescimento de diversos países, principalmente Europa e Estados Unidos.

Mesmo com todo esse pano de fundo, as bolsas americanas tiveram um alívio no mês de março, com S&P500 e Nasdaq subindo mais de 3%. De qualquer forma isso não foi suficiente para impedir que os principais mercados de ações dos EUA fechassem o primeiro trimestre de 2022 no campo negativo, com S&P acumulando -4,9% no ano. Vale destacar que as curvas de juros americanos (treasuries) abriram consideravelmente no mês de março, principalmente os juros de 2 anos que encostaram nos patamares dos juros de 10 anos. Historicamente, analistas dizem que isso indicaria que um período recessivo poderia estar por vir em alguns meses.

Em nosso país, os impactos do choque de oferta também são sentidos e a inflação seguiu surpreendendo para cima ao longo de março, sendo visível no número do IPCA-15 divulgado no final do mês vindo acima do esperado e trazendo esse índice para 10,79% em 12 meses. Para conter essa escalada de preços, o Banco Centra do Brasil seguiu seu comunicado e aumento a Selic para 11,75% e até já deixou claro que deverá ir até 12,75% na próxima reunião, provavelmente parando por aí, pois o BCB entende que essa dose já deveria ser suficiente para frear a economia e os preços.  

Mesmo assim, o ambiente para os ativos de risco brasileiros foi benigno no mês passado, com o fluxo de recursos estrangeiros para o bolsa chegando a quase R$26 bilhões no mês e a surpreendentes R$90 bilhões em 2022. Na busca por empresas ligadas a commodities, que se beneficiam do cenário de choque de ofertas, e do setor de bancos, que são favorecidos pelos juros altos, os estrangeiros sem dúvida tiveram papel relevante na subida de 6,06% do Ibovespa em março e 14,5% no 1º trimestre de 2022.

Com real se valorizando 7,8% frente ao dólar e com outros índices de renda variável tendo fortes altas, como o IDIV (+10,0%), Índice de Small Caps (+8,8%) e IFIX (+1,42%), não tem como negar que tivemos um mês de março bastante positivo para os investimentos de risco no Brasil. Mesmo com ventos contrários vindos do cenário externo, o Brasil parece estar fazendo do limão uma limonada.   

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

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