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Carteira Defensiva (Conservador/Moderado)- Abril 2022

O perfil defensivo é voltado para o investidor que quer buscar ganhos no longo prazo, porém tem como principal objetivo se defender de perdas acentuadas.

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A política de investimentos Defensiva é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) possuem a compreensão da necessidade do risco no portfólio para alavancar rentabilidade, mas preferem um risco controlado, ou que (ii) já investem há um tempo porém preferem uma alocação com baixa volatilidade, até os que (iii) vão precisar dos recursos no curto/médio prazo (36 meses). Com uma dinâmica conservadora para moderada, a alocação busca segurança e liquidez em seu portfólio, mas acrescenta ativos de risco para otimizar a rentabilidade.

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A maior defesa de um portfólio é a diversificação. Por esse motivo, a sugestão de portfólio para a carteira defensiva busca equilíbrio na alocação por meio da escolha de classes e ativos que possuam diferentes dinâmicas de rentabilidade. Com foco em alocação de curto/médio prazo, a carteira busca oferecer rentabilidade acima do CDI sem abrir mão da segurança e baixa volatilidade.

O que vimos do mês anterior

Um olho no Fed e o outro no conflito. Foi assim que o mercado passou boa parte do mês de março, tentando interpretar de que forma o Banco Central norte americano agiria sobre os juros na reunião do FOMC que ocorreu na metade do mês, culminando no aumento de 0,25%, e como o desenrolar do conflito entre Rússia e Ucrânia seguiria impactando os preços das commodities e consequentemente, a inflação.

Entre elevações e reduções das tensões quanto à escalada da guerra para um patamar mais global, sanções e contra sanções foram sendo impostas pelos governos dos países do Ocidente e pela Rússia, respectivamente. Isso teve e tem um efeito de curto prazo, com o choque de oferta de uma série de insumos e commodities, além dos efeitos que se seguirão, sendo os principais (i) o aumento das pressões na já pressionada inflação global e; (ii) a redução das projeções de crescimento de diversos países, principalmente Europa e Estados Unidos.

Mesmo com todo esse pano de fundo, as bolsas americanas tiveram um alívio no mês de março, com S&P500 e Nasdaq subindo mais de 3%. De qualquer forma isso não foi suficiente para impedir que os principais mercados de ações dos EUA fechassem o primeiro trimestre de 2022 no campo negativo, com S&P acumulando -4,9% no ano. Vale destacar que as curvas de juros americanos (treasuries) abriram consideravelmente no mês de março, principalmente os juros de 2 anos que encostaram nos patamares dos juros de 10 anos. Historicamente, analistas dizem que isso indicaria que um período recessivo poderia estar por vir em alguns meses.

Em nosso país, os impactos do choque de oferta também são sentidos e a inflação seguiu surpreendendo para cima ao longo de março, sendo visível no número do IPCA-15 divulgado no final do mês vindo acima do esperado e trazendo esse índice para 10,79% em 12 meses. Para conter essa escalada de preços, o Banco Centra do Brasil seguiu seu comunicado e aumento a Selic para 11,75% e até já deixou claro que deverá ir até 12,75% na próxima reunião, provavelmente parando por aí, pois o BCB entende que essa dose já deveria ser suficiente para frear a economia e os preços.  

Mesmo assim, o ambiente para os ativos de risco brasileiros foi benigno no mês passado, com o fluxo de recursos estrangeiros para o bolsa chegando a quase R$26 bilhões no mês e a surpreendentes R$90 bilhões em 2022. Na busca por empresas ligadas a commodities, que se beneficiam do cenário de choque de ofertas, e do setor de bancos, que são favorecidos pelos juros altos, os estrangeiros sem dúvida tiveram papel relevante na subida de 6,06% do Ibovespa em março e 14,5% no 1º trimestre de 2022.

Com real se valorizando 7,8% frente ao dólar e com outros índices de renda variável tendo fortes altas, como o IDIV (+10,0%), Índice de Small Caps (+8,8%) e IFIX (+1,42%), não tem como negar que tivemos um mês de março bastante positivo para os investimentos de risco no Brasil. Mesmo com ventos contrários vindos do cenário externo, o Brasil parece estar fazendo do limão uma limonada.   

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

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