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Carteira Destemida (Agressiva) – Julho 2023

O perfil destemido é indicado para clientes que estão no topo do perfil agressivo, e que sabe exatamente o que quer: ser sócio das melhores empresas do mundo ao lado dos melhores executivos.

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A política de investimentos Destemida é recomendada para investidores com perfil Agressivo que já compreenderam o conceito de risco e por isso possuem alto grau de tolerância, e isso serve tanto para aqueles investidores que (i) sabem que para capturar boas oportunidades a volatilidade pode ser uma boa aliada (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimentos mas preferem maior exposição a ativos de renda variável, ou para aqueles investidores que (iii) desejam alocar recursos para um prazo maior do que 8 anos e por isso possuem tolerância as volatilidades. Com a dinâmica mais agressiva de alocação, essa carteira busca potencializar o retorno mesmo que isso signifique maior volatilidade no portfólio.

Acreditar que a volatilidade pode trazer oportunidades exige uma análise dos fundamentos de cada investimento realizado, por esse motivo a alocação destemida não mede esforços para alavancar os riscos, já que abre a mão da liquidez para obter maiores retornos na alocação. A alocação do portfólio busca diversificação geográfica como o pilar principal de retorno, trazendo equilíbrio em diferentes setores e dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no longo prazo, já que possui exposição a ativos de alto risco.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

O final do mês de junho, que marca o final do primeiro semestre de 2023 coroou um começo de ano bastante positivo para os ativos de risco no Brasil.

No mês que ficou para trás o Ibovespa subiu 9% em reais, o dólar à vista caiu quase 5,6% contra o real e a curva de juros apresentou mais um mês de fechamento nos seus vencimentos com a diminuição dos riscos políticos e fiscais brasileiros, a melhora nos dados de inflação e a percepção da aproximação do primeiro corte na taxa de juros, com grande probabilidade de ocorrer em agosto, além  da melhora e resiliência dos dados de atividade econômica e mercado de trabalho do Brasil. Com isso, a marcação a mercado dos títulos trouxe retornos relevantes para a renda fixa prefixada e híbrida (IPCA+), tendo o Tesouro Prefixado 2026, por exemplo, variado 2,32% no mês, contra um CDI de 1,17%.

Destaque também para o desempenho dos fundos imobiliários que em junho acumulou ganho de mais de 4% no seu principal índice, o IFIX, coroando um 2º semestre de fortes altas, com destaque aos fundos de tijolos que apresentaram altos retornos com o aumento das apostas nos cortes da Selic a frente.  

Não podemos negar os riscos que existem e podem seguir nos meses seguintes, como o de uma recessão no exterior, que podem pesar nos preços das commodities, principalmente do petróleo. Isso sem falar nos riscos domésticos, como a reforma tributária, que, se por um lado pode afetar negativamente no micro pontualmente alguns setores, por outro lado, no macro, pode impactar positivamente a produtividade e o crescimento do Brasil.

No mercado internacional, junho reforçou a percepção de que em muitos países, principalmente nos desenvolvidos, os juros ainda precisarão subir mais ou ao menos ficar altos por mais tempo, como sinalizado pelos principais banqueiros centrais em um evento, na última semana do mês. Na principal economia do mundo, a dos EUA, a inflação segue em queda, mas ainda mostrando resistência nos itens ligados a serviços. Na Europa, não tem sido muito diferente.

A “tão aguardada” recessão da economia dos EUA parece estar cada vez mais sendo empurrada para frente, talvez para meados de 2024, mas com um mercado imobiliário passando por grandes desafios, produção industrial americana contraindo e estimativas de lucro das empresas também em queda com margens apertadas, fica difícil imaginar que a maior economia do mundo conseguirá escapar de uma recessão, mesmo que branda e não tão duradoura.

Entretanto, as bolsas americanas parecem ignorar esses dados e ainda seguem firme, pautadas majoritariamente pelas teses ligadas à inteligência artificial. No mês de junho, o S&P 500 teve alta de 6,5%, enquanto o Nasdaq subiu 6,6%. No primeiro semestre os índices também avançaram impressionantes 15,91% e 31,73%, respectivamente. Os principais índices das bolsas europeias também apresentaram retornos positivos em junho e estão positivas no semestre, demonstrando que parece ser necessária uma piora mais efetiva na atividade econômica global e nos resultados das empresas para que os ativos de risco comecem a precificar tais riscos.

Mais construtivos com Brasil, sem euforia. Um pouco mais temerosos com os mercados globais, porém sem pânico. E assim, entramos na segunda metade do ano.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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