1. Fundos de Crédito Privado
Fevereiro foi mais um mês positivo para os ativos de crédito privado. O bom carrego das carteiras e a continuidade do fechamento do spread de crédito (ou seja, a diminuição das taxas de negociação no mercado secundário, com impacto positivo nos preços dos títulos) levaram os fundos da classe a fecharem mais um mês com retornos bem acima do CDI. O índice IDA-CDI (retorno médio das debêntures) teve alta de 0,51% no período. Os fatores que continuam impulsionando essa classe de fundos são: estabilização do fluxo de saída nos fundos de crédito, maior demanda de títulos privados no mercado secundário e menor volume de emissões no mercado primário (forçando a maior procura por ativos que já estão negociando no mercado).
O Selection Renda Fixa teve alta de 0,33% no mês, contra 0,13% do CDI. No mês, os principais destaques foram os fundos ARX Vinson e ARX Everest, com retornos de +0,60% e +0,57%, respectivamente. As alocações seguem pulverizadas em fundos de estratégias de crédito “High Grade” (fundos mais conservadores), com investimentos em 8 gestoras diferentes e maiores exposições aos fundos da XP Asset (XP Investor), Augme (Augme 45), JGP (JGP Corporate), ARX (ARX Vinson e ARX Everest), SPX (SPX Seahawk) e Polo (Polo Crédito Corporativo).
O Selection Debêntures Incentivadas teve alta de 0,14% no mês, contra 0,13% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 2,49%, contra 2,36% do CDI no mesmo período. Mesmo num período em que as debêntures incentivadas em geral sofreram (impactadas pelo stress nas curvas de juros futuros), o Selection tem conseguido se manter no terreno positivo.
No mês, os principais destaques foram os fundos com “hedge” (proteção contra as oscilações da curva prefixada de juros), como o XP Debêntures Incentivadas (+0,33%) e ARX Deb. Inc. Hedge (+0,25%). Já os fundos que não possuem hedge contra a curva de juros foram detratores, devido à abertura da curva de juros reais (aumento nas taxas negociadas no mercado secundário). As maiores exposições continuam nos fundos de debêntures incentivadas com “hedge” das gestoras ARX, XP e JGP.
O Selection RF Plus teve alta de 0,25% no mês, contra 0,13% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,45%, contra 2,36 do CDI no mesmo período.
Os principais destaques da carteira foram os fundos XPCE 360 Profissional (+1,99%) e Augme 90 (+0,41%). O fundo segue sua estratégia de investimento em fundos de crédito arrojado (estratégia “high yield”), com as alocações concentradas em: Augme 90, XP Crédito Estruturado 360, Solis Capital Antares, Iridium Titan, XP Crédito Estruturado 360 Profissional, Empírica Lótus e Canvas High Yield.
2. Fundos Multimercados
Fevereiro foi um mês também com bastante dispersão nos retornos dos fundos multimercados, marcado pelas surpresas positivas vindas do exterior em relação ao cronograma de vacinação e pelo contínuo suporte fiscal e monetário das economias desenvolvidas. Localmente, no entanto, fomos marcados pelas surpresas negativas: piora nos números de contaminações pela covid-19, a desvalorização do preço das empresas estatais na bolsa (após troca do presidente da Petrobras) e maior preocupação com a trajetória fiscal do país. Esses fatores, combinados, além de impactarem fortemente a bolsa, levaram a uma valorização adicional do dólar e ao aumento das taxas de juros no mercado futuro (combinação normal em períodos de maior aversão a risco).
O Selection Multimercado teve alta de 0,21% no mês, contra 0,13% do CDI. Nos últimos 12 meses, a acumulada é de 1,97%, contra 2,36% do CDI no mesmo período.
Os destaques positivos do mês foram os fundos RPS Total Return (+5,47%) e Occam Retorno Absoluto (+1,31%). A carteira está alocada principalmente em fundos de estratégia macro (~ 35% do PL), além de fundos das classes multiestratégia e arbitragem (~ 17% do PL), quantitativos (~ 20% PL), long short (5% PL) e investimento no exterior (~ 10% PL). As principais alocações da carteira são os fundos Occam Retorno Absoluto, Kadima FIC FIM, Absolute Alpha Global e Kapitalo Kappa.
O Selection Multimercado Plus teve alta de 0,38% no mês, contra 0,13% do CDI. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 6,32%, contra 2,36% do CDI no mesmo período.
Destaque para a performance do Gripen (SPX Nimitz) de +5,48% e do Truxt Long Bias (+3,50%) no mês. A carteira está alocada principalmente em fundos de estratégia macro (~55% do PL), além de fundos das classes long biased (~12% do PL), quantitativos (~12% do PL) e investimento no exterior (~10%). Dentre as principais alocações da carteira, destaque para os fundos Kapitalo Zeta, Verde AM X60, Kinea Atlas e Absolute Alpha Marb.
O Selection Multimercado Internacional teve alta de 0,58% no mês, contra 0,13% do CDI
Os fundos que se destacassem no mês foram os de ações internacionais sem proteção cambial (com exposição ao dólar), que acompanharam a alta dos principais índices acionários europeus e americanos. Os detratores de performance foram os fundos de renda fixa global, que sofreram por consequência do movimento de aumento nas taxas futuras dos juros americanos (treasuries). A carteira está alocada ~ 55% em estratégias de multimercados, além de ~17% em renda fixa e cerca de 25% em renda variável. Dentre as principais alocações da carteira, destaque para os fundos Western Asset Macro, BlackRock Global Event Driven, JPM Global Macro Opportunities Wellington Schroder Gaia e Gama BW Global Risk (Bridgewater).
A carteira do Selection Multimercado Prev teve retorno de -0,43% no mês, contra 0,16% do CDI.
Os destaques positivos do mês foram os fundos SPX Lancer, Ibiuna Prev e Kinea XTR. Pelo lado negativo, puxaram a performance para baixo os fundos de estratégia Long Biased (Oceana Long Biased e Pacifico LB), que sofreram junto com a derrocada da bolsa. A carteira está alocada principalmente em fundos de estratégia macro (50% PL), além de fundos das classes multiestratégia (5% PL), quantitativo (~ 15% PL), long short (~ 10%) e long biased (15%). Dentre as principais alocações da carteira, destaque para os fundos Verde Scena Prev, Navi Long Short Prev, Giant Prev, Legacy Prev e Oceana Long Biased.
3. Fundos de Renda Variável
Em fevereiro a bolsa brasileira se descolou completamente das internacionais e fechou o mês com fortes quedas, por conta de questões internas: piora nos números de contaminações pela covid-19, a desvalorização do preço das empresas estatais na bolsa (após troca do presidente da Petrobras) e maior preocupação com a trajetória fiscal do país. A derrocada de Petrobras foi um dos principais fatores para a forte queda do índice..
O Selection Long Biased encerrou o mês com uma queda de 2% contra queda de 4,37% do Ibovespa e alta de 0,53% do índice IPCA+Yield IMA-B. Nos últimos 12 meses, o fundo acumula alta de 6,92%, contra alta de 5,63% do Ibovespa e alta de 7,09% do IPCA+Yield IMA-B.
Os principais destaques foram os fundos Sharp Long Biased (-0,09%) e Dahlia Total Return (-0,36%). A carteira possui alocação em 10 estratégias, sendo as principais DCG Advisory (Dynamo Cougar), Pacífico LB, XP Long Biased, Oceana Long Biased, Távola Absoluto, Dahlia Total e Return Sharp Long Biased.
O Selection Ações teve queda de 2,54% no mês, contra queda de 4,37% do Ibovespa. Nos últimos 12 meses, o fundo sobe 9,25%, contra uma alta de 5,63% do índice no mesmo período.
Os principais destaques do mês foram os fundosTork Long Only (-0,22%) e Dynamo Cougar (-1,09%), que se defenderam bastante. Occam com alta de 10,11% e Tork, que se defenderam bastante. A carteira encerrou o período com alocação em 8 estratégias locais e 1 internacional: DCG Advisory (Dynamo Cougar), Tork Long Only Institucional, Moat Capital, Constellation Institucional, AT Advisory (Atmos), Brasil Capital 30 e Occam FIC FIA.
O Selection ESG Ações teve queda de 2,90% no mês, contra queda de 4,37% do Ibovespa.
O principal destaque do mês foi o fundo JGP ESG Institucional (-1,19%), que sofreu menos que o índice. Sua carteira é composta atualmente pelos fundos Brasil Capital Sustentabilidade, Constellation Compounders ESG, Fama, JGP ESG Institucional e XP Investor ESG.
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