Ibiuna Hedge ST Advisory FIC FIM

Ibiuna Hedge STH Advisory FIC FIM é um fundo multimercado com enfoque macro global e alto grau de volatilidade. O fundo tem como principal diferencial explorar ciclos de política monetária no mundo, principalmente através de posições nos mercados de juros, moedas, ações e commodities. Para maiores detalhes, vide regulamento.

Na renda fixa no Brasil, temos posições aplicadas em juros reais, compradas em inflação implícita e trades de valor relativo nas curvas de juro real e de implícitas. No exterior, mantemos o risco alocado a posições tomadas no Japão e nos EUA, e aplicadas em alguns países desenvolvidos e emergentes. Em moedas, mantemos posição vendida no Real, em moedas asiáticas de baixo rendimento ainda que tenhamos reduzido o risco comprado em moedas de carrego, ao mesmo tempo em que seguimos buscando oportunidades através de trades táticos que explorem alavancagem via opções de curto prazo. Na renda variável, mantemos exposição pequena a índices futuros de ações nos EUA e nosso time de equities mantém exposição a ações brasileiras mirando a captura de alfa puro. Seguimos também com a alocação de risco aos livros de crédito, com posições no Brasil e em emergentes geridas pelo time de crédito; e no livro sistemático, explorando estratégias geridas pelo time. Depois do forte aperto monetário nas economias ocidentais entre 2021 e 2022, os mercados globais têm focado desde meados do ano passado na reversão desse processo. O intensivo calendário eleitoral este ano, no entanto, acrescenta outro fator de volatilidade aos preços e junho parece ter inaugurado a temporada de oscilações trazidas pela política A principal eleição do ano para os mercados é a dos EUA em novembro. Seu potencial de impactar preços de ativos entrou no radar dos analistas prematuramente já em junho diante da antecipação do primeiro debate e da fraca performance do presidente neste evento. O consenso de analistas vê o Dólar se fortalecendo globalmente e a curva de juros com mais prêmio na ponta longa diante de uma plataforma que combina protecionismo tarifário, populismo fiscal, pressão potencial sobre o Fed e incertezas geopolíticas, entre outros aspectos. Estamos incorporando esse fator em nossas análises e na busca de oportunidades O Brasil também viu exacerbado em junho um latente embate entre BC e política. Como comentamos na última carta, víamos o potencial ruído que a interrupção do ciclo de queda de juros poderia gerar, o que vem norteando nossa cautela com os ativos do país. Esse ruído auto-imposto pressionou prêmios de risco e resultou em uma grande sub-performance dos ativos brasileiros versus nossos pares no mês, incluindo forte pressão por depreciação do Real, queda do Ibovespa e alta de juros ao longo da curva. Mantemos portanto uma postura defensiva

Mário Torós é sócio, CIO e gestor da estratégia macro da Ibiuna Investimentos desde 2010. De 2007 a 2009 foi Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil. Trabalhou no Banco Santander de 1992 a 2006 desempenhando, entre outras, a função de Head de Mercados Emergentes em Londres (entre 1997 e 1998) e Diretor Executivo do Santander no Brasil responsável pelas áreas de Tesouraria e Mercados (entre 1999 e 2006). É Mestre pela COPPEAD/UFRJ e graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Rodrigo Azevedo é sócio, CIO e gestor da estratégia macro da Ibiuna Investimentos desde 2010. Foi Diretor de Política Monetária no Banco Central do Brasil entre outubro de 2004 a abril de 2007, tendo sido membro votante do Comitê de Política Monetária (COPOM) e diretor responsável pelas áreas de mercados, operações bancárias, sistema de pagamentos e gestão de reservas internacionais, entre outras atribuições. Rodrigo também foi Diretor da ANBIMA por 4 anos (entre 2009 e 2012), sócio da JGP Gestão de Recursos, economista-chefe do Banco Credit Suisse First Boston no Brasil e economista sênior no Banco de Investimentos Garantia. Obteve Ph.D. e M.Sc. em Economia pela University of Illinois at Urbana-Champaign (EUA), e é formado em economia pela Universidade de São Paulo.