Mulheres no mercado financeiro: unidade e representatividade derrubam barreiras diariamente

No em que foi anunciado o objetivo de ter 50% de mulheres entre os funcionários do grupo XP Inc. até 2025, Mônica Costa, da página Grana Pretta (@granapretta), Carolina Cavenaghi, executiva da Franklin Templeton, Bianca Juliano, Head da Xpeed School Pro, falaram com Marta Pinheiro sobre o panorama e os desafios das mulheres para ingressas e crescer no mercado financeiro. O painel valeu pelo penúltimo dia da Expert XP 2020, dedicado ao mundo dos investimentos.

Mônica Costa falou sobre o papel importante do mercado financeiro como alavanca de crescimento social: “Quando eu entendi que como mulher negra, estando na base da pirâmide social, a educação e o mercado financeiro seria uma das ferramentas para me fazer romper as barreiras de oportunidades. É isso que venho fazendo e venho trazendo outras mulheres e nesse processo”.

Carol Cavenaghi tem uma percepção parecida e reconheceu como o mercado financeiro é estereotipado e machista. “As mulheres tem muito a acrescentar no mercado de ações, de fundos e de uma forma muito particular. É uma luta diária trazer a importância da educação financeira e da independência para o ambiente das mulheres.”

Acesse a página do evento Jornada do Investidor

Carreiras & Protagonismo

Além da simples presença dentro do mercado e de reconhecer a importância da independência financeira na vida das mulheres, Bianca Juliano também trouxe a percepção da dificuldade das mulheres de, depois de entrarem, crescerem no mercado. “Devemos ter paciência, resiliência, pois não é nada fácil. E por isso devemos ser muito solidárias e lutar para ir longe e com muita intensidade”, destacou olhando também para a importância da união entre as mulheres.

Marta Pinheiro trouxe dados de que 44% das mulheres nem entram em processos quando vêm uma estratégia agressiva na vaga. Em lideranças, a participação feminina é de cerca de 4%, levantando a discussão sobre quais ainda as barreiras que devem ser enfrentadas.

Maternidade

Um dos pontos levantados e mais discutidos são os tabus gerados pela maternidade. “A maternidade tem um grande impacto na carreira das mulheres, tanto em ascensão quanto no salário. O olhar do mercado ainda é muito negativo, como algo que limita e impede”, disse Carol. “É a falta de consciência que faz essas barreiras tão fortes. É uma palavra muito importante nessa jornada, aumentando o nível de conscientização e educação”, acrescentou Bianca Juliano.

Mônica Costa finalizou com uma mensagem importante: “Dê chances para mulheres negras. Há muito talento, criatividade e força em nós. Invista na gente que há um potencial de muito crescimento para projetos e para a economia em si”.