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FIIs de Tijolos vs. Papel: melhores escolhas para surfar o ciclo de queda da Selic

Brunno Bagnariolli (Mauá), Ricardo Almendra (RBR) e Pedro Carraz (XP Asset) discutiram o tema, em conversa moderada por Maria Fernanda Violatti (XP)

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Após um momento conturbado para o segmento imobiliário com a pandemia e a alta nas taxas de juros, o Brasil parece estar se aproximando de um ciclo de afrouxamento monetário de forma mais rápida que o restante do mundo. Olhando para os fundos de tijolos, o ciclo de queda de juros tende a melhorar a perspectiva de consumo, o que é positivo para a valorização dos ativos reais, que vinham sofrendo com grandes descontos em relação aos seus valores patrimoniais, o que tende a aumentar a atividade dessa classe de ativos. Por outro lado, os fundos de papel se provaram bastante defensivos, tendo uma performance bastante resiliente e pagando bons dividendos mesmo em um cenário desafiador para o setor.

Na perspectiva dos gestores, o segmento de shoppings deve sair na frente, muito influenciado por uma melhora na perspectiva do consumo olhando para frente, e o fluxo de pessoas e tickets médios dos shoppings melhorando desde o final da pandemia. Logo atrás, o segmento de galpões logísticos tem se beneficiado da recuperação do setor de varejo e a entrada de grandes empresas globais de consumo no Brasil. Por fim, o segmento de lajes corporativas e residencial devem começar a perceber efeitos positivos mais no longo prazo, com algumas exceções que podem ser oportunidades no curto prazo, como o segmento residencial de baixa renda.

Para o segmento de fundos de papéis, é esperado que o pagamento de dividendos fique menos expressivo, em comparação com os níveis atuais. No entanto, os gestores ainda acreditam que a classe de ativos pode ser uma boa opção defensiva dentro da composição das carteiras de investimento e, no curto prazo, ainda apresentando dividendos maiores que os fundos de tijolos.

Na visão dos gestores, a MP 1.184/2023 parece positiva para o segmento de fundo imobiliários, trazendo mais clareza em relação à tributação de dividendos, o que pode ter um peso positivo nas decisões de investimento nos fundos olhando para frente. 

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