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CEO da Latam no Brasil: ‘Sustentabilidade das companhias aéreas é grande dúvida’

Jerome Cadier participou de painel sobre turismo no primeiro dia da Expert e revelou algumas dores que o setor das Aéreas vem sofrendo durante a pandemia

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O setor que engloba Hotelaria, Turismo e Aéreas está entre os mais impactados no Brasil e no mundo por conta do isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus. O movimento turístico que impulsiona economias de pequenas a grandes cidades se arrefeceu muito e os desafios são enormes.

Jerome Cadier, presidente da Latam Airlines, a publicitária Lala Rebelo e o editor-chefe do Viaje na Viagem, Ricardo Freire, foram os responsáveis por um debate valioso sobre o tema, neste primeiro dia de Expert XP 2020, em Live no Instagram da XP.

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Os danos da grande incerteza

Setores que demandam da movimentação e do deslocamento das pessoas passam talvez pelo período mais crítico de suas histórias. Durante o painel, o presidente da Latam Airlines foi bastante transparente ao comentar sobre os desafios que a companhia tem pela frente.

“O setor aéreo vai ser muito diferente do que ele era em 2019. Na medida que a gente se recuperar, a experiência, preço, quantidade de voos disponíveis, vai mudar bastante. Vai voltar uma aviação diferente. A tendencia é ter uma guerra de preços bastante forte. A gente tem um potencial de risco muito grande daqui para frente, fazendo a sustentabilidade das companhias aéreas serem uma grande dúvida”, afirma Jerome Cadier, presidente da Latam.

O impacto é severo no setor como um todo por não haver uma perspectiva clara de quando a pandemia irá realmente acabar a ponto de as aéreas poderem respirar e seguir o seu curso normal. Além disso, a questão do câmbio no Brasil, que está em patamares alto na comparação histórica, é extremamente relevante para o custo das aéreas.

“Aproximadamente 60% dos custos e dívidas das aéreas são atreladas ao dólar, isso é muito preocupante. Se o dólar voltar ao patamar de R$ 4,50 a gente já estaria celebrando. O grande problema é a volatilidade da moeda e não o quanto está porque fica difícil tanto as empresas quanto os clientes para se planejar”, complementa.

O que vai mudar

No aeroporto, a Latam, segundo o presidente Jerome, está incentivando muito a utilização do celular, check in online. E dentro do avião mudou muito também: redobraram os protocolos de limpeza, mais vezes durante o dia, reduziu o número de interações entre os funcionários e clientes.

“O fato é que hoje é preciso de adaptar. Você não pode entrar neste cenário como em 2019. Temos um passageiro com maior demanda por flexibilidade, então é preciso ser mais flexível para ser mais eficiente. Eficiência e Flexibilidade são as tônicas para nós a partir de agora. As medidas duras que estamos fazendo de precificação e mudanças na interface digital são feitas porque o mercado de aviação vai ser muito diferente e é preciso se adaptar desde já”, afirma o presidente da Latam.

Monitoramento do risco

Ricardo Freire, editor-chefe do Viaje na Viagem, diz que os setores atrelados diretamente ao Turismo vão reagir aos acontecimentos. O monitoramento é contante em torno dos casos de coronavírus, das ondas de contágio e de tudo relacionado às diretrizes sanitárias de Prefeituras, Estados e União. O especialista está receoso quanto ao nível de contágio que o Brasil chegou, sendo impossível fazer uma previsão de quando será de fato a retomada das Aéreas e dos Hotéis.

“A minha preocupação nesse momento é não perder pousadas, os restaurantes de cidades turísticas e de tudo o que faz movimentar esse mercado. A gente tem que pensar também no lado dos empresários porque eles precisam estar saudáveis e vivos para as pessoas aproveitarem para viajar novamente”, opina Freire.

Enquanto não há essa clareza necessária para se planejar, o editor-chefe do Viaje na Viagem tem percebido uma tomada de risco por partes de amantes de viagem que ele credita como “loucura”. Como a demanda caiu muito, os preços estão lá embaixo. E, por isso, há uma grande quantidade de pessoas comprando passagens, mas que podem a qualquer momento serem canceladas devido a uma nova onda de casos. Segundo ele, o barato pode sair caro nesses casos.

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