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Reforma do IR: pagamento de dividendos extraordinários pode ser significativo no Brasil

Cenários apontam para um potencial de anúncios adicionais de dividendos entre R$ 42-85 bi

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A aprovação da reforma do Imposto de Renda pela Câmara dos Deputados em 1º de outubro introduziu uma medida compensatória de imposto de renda retido na fonte (IRRF) de 10% sobre dividendos mensais acima de R$ 50.000 pagos por empresas a pessoas físicas no Brasil, acompanhada de uma emenda que estabelece que os lucros apurados até 31 de dezembro de 2025 permanecerão isentos desse imposto, mesmo que distribuídos até 2028. Essa combinação criou um forte incentivo para que as companhias brasileiras antecipem anúncios de dividendos antes do final de 2025, e nomes como Allos, Itaú e Vale já o fizeram, totalizando R$ 42,2 bilhões. Neste relatório, consideramos três cenários para identificar quais empresas têm capacidade de antecipar pagamentos de dividendos. Somando todos os cenários, estimamos um intervalo entre R$ 42 bilhões e R$ 85 bilhões em dividendos adicionais a serem anunciados nas próximas semanas/meses. Acreditamos que isso pode atuar como um catalisador para essas ações e dar suporte ao mercado.

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O novo regime tributário está criando incentivos para antecipação do pagamento de dividendos. Em 1º de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou a reforma do Imposto de Renda, posteriormente sancionada pelo Presidente da República em 26 de novembro. Para garantir a neutralidade fiscal, o texto inclui três medidas compensatórias, entre elas a alíquota de 10% de IRRF sobre dividendos mensais acima de R$ 50.000 pagos por empresas a pessoas físicas no Brasil.

Por outro lado, uma emenda estabeleceu que os lucros apurados até 31 de dezembro de 2025 permanecerão isentos do imposto, mesmo que distribuídos até 2028, criando um incentivo para que empresas antecipem distribuições antes da vigência plena do novo regime. Está em discussão, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, uma proposta para estender o prazo para aprovação de distribuições de dividendos até 30 de abril de 2026. No entanto, ela ainda precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado antes de seguir para sanção presidencial.

Algumas empresas já anteciparam anúncios de dividendos, e as discussões em torno de outros nomes têm se intensificado. Entre as empresas que já anunciaram distribuições, destacam-se Itaú, Vale, Allos, Marcopolo e Azzas 2154. Dentro da nossa cobertura XP, R$ 42,2 bi já foram anunciados até o momento. O mercado também tem concentrado atenção em potenciais anúncios de outras companhias.

Quais empresas podem antecipar anúncios de dividendos? Avaliamos 3 cenários para identificar empresas dentro da nossa cobertura com capacidade de antecipar pagamentos de dividendos em níveis atrativos, com base em seus lucros retidos e reservas de lucros (potencial de distribuição). Os três cenários indicam que o total de lucros retidos e reservas das empresas selecionadas varia entre R$ 39 bilhões e R$ 194 bilhões. A lista completa das empresas selecionadas está detalhada ao longo do relatório.

Quanto desse montante deve, de fato, ser pago em dividendos? Naturalmente, é improvável que as empresas distribuam integralmente todo o montante potencial. Entre as quatro companhias que já anunciaram dividendos até agora, o valor distribuído em relação ao potencial variou significativamente, entre 4% e 84%. Considerando nosso primeiro cenário, que aponta para R$ 170 bilhões de potencial total, mesmo distribuições parciais implicariam rendimentos relevantes: uma distribuição de 25% do potencial resultaria em R$ 42 bilhões (yield de 6,8%), enquanto 50% representariam R$ 85 bilhões (yield de 13,5%).

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