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Um breve guia sobre materialidade ESG: Identificando temas chaves para cada setor do IBOV

Ao longo deste relatório, você encontra tudo o que precisa saber para entender a materialidade ESG dos diferentes setores da Bolsa

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Saiba por onde começar a incorporar critérios ESG nos seus investimentos ou na sua empresa

Dada a ampla gama de fatores ESG com potencial crítico para os negócios, a habilidade de identificar os temas mais importantes e, nesse sentido, priorizar ações, é fundamental – tanto na perspectiva das empresas, quanto dos investidores. Para ajudar a “acertar o alvo” e identificar o quê de fato é risco ou oportunidade, a maneira mais eficiente de começar é através de uma análise de materialidade. Com base nas metodologias da MSCI e do SASB, identificamos os temas prioritários nos pilares (E) e (S), sendo o (G) material para todos, em cada um dos 11 setores econômicos do IBOV. Com mais investidores adotando fatores ESG na tomada de decisão, este relatório serve como um guia base para ajudar no pontapé inicial da avaliação de materialidade.


(E) Maiores esforços se concentram em setores com alta intensidade de carbono dependentes de grandes áreas de terra. Este pilar é especialmente relevante para setores com alto risco de exposição ambiental vs. outros, como Materiais Básicos, Energia, Elétrico & Saneamento, Industriais e Bens de Consumo, que juntos representam ~66% do IBOV (com base no valor de mercado). Ao analisar essas empresas, identificamos a necessidade de divulgar informações, aprimorar metas e direcionar investimentos em seis principais frentes: (i) implementação de estratégias de gestão florestal sustentável; (ii) proteção da biodiversidade e gestão do uso da terra; (iii) cálculo da pegada de carbono do produto para compensar as emissões, incluindo o desenvolvimento de um inventário anual de gases do efeito estufa (GEE); (iv) levantamento de dados sobre emissões tóxicas e resíduos; (v) oportunidades, investimentos e projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em energia renovável; e (vi) desenvolvimento de programas de otimização do uso da água e outras iniciativas para reduzir o estresse hídrico.

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(S) Ganho de relevância para as empresas do IBOV; Reconhecimento cada vez mais amplo que ESG é muito mais que apenas o pilar (E). Os fatores sociais são importantes principalmente para setores que contam com uma grande mão de obra empregada, que possuem cadeias de suprimentos complexas e fragmentadas e/ou uma ampla base de clientes, lidando com informações sensíveis e privadas, o que inclui setores como Instituições Financeiras, Bens de Consumo Discricionários, Saúde, Serviços de Comunicação, Tecnologia da Informação e Imobiliário, representando ~34% do peso do IBOV. Dentro do pilar (S), destacamos os seguintes tópicos para monitorar: (i) programas de engajamento com a comunidade local; (ii) oportunidades de desenvolvimento da força de trabalho e capacidade de atrair e reter talentos para evitar riscos relacionados a greves trabalhistas, incluindo programas de treinamento e mentoria, além da gestão de diversidade e inclusão; (iii) compromissos com padrões na cadeia de suprimentos para aumentar o acompanhamento de todo o processo e mitigar riscos; e (iv) privacidade e segurança de dados para cumprir com normas e regulações em vigência, como a LGPD, evitando riscos indesejados de vazamento.

(G) Relevante para toda e qualquer companhia; Forte critério de transparência e gestão. O desenvolvimento de processos, políticas e práticas que elevam os padrões de governança de uma companhia são indicadores chave para todos os 11 setores do IBOV, no qual destacamos os seguintes tópicos analisados: (i) controle acionário e composição do conselho; (ii) diversidade de gênero em posições de liderança; e (iii) estrutura de governança com a definição de órgãos e comitês com responsabilidades bem distribuídas, conferindo transparência e ética empresarial a longo prazo. Considerando que falhas de governança corporativa podem gerar riscos para a companhia e prejudicar a sustentabilidade dos negócios, a adoção de práticas robustas de gestão deve ser prioridade, independentemente do setor.

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