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UE discute medidas para reduzir dependência da China em terras raras | Café com ESG, 27/10

UE busca reduzir dependência da China em relação às terras raras; crise política freia eólica na França

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em alta, com o IBOV avançando 1,9% e o ISE subindo 2,1%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE tiveram leve alta de 0,3% e 0,7%, respectivamente.

• No internacional, neste sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aderiu ao debate sobre terras raras ao afirmar que a União Europeia está elaborando um novo plano para reduzir sua dependência de matérias-primas críticas provenientes da China – “o objetivo é garantir acesso a fontes alternativas de matérias-primas críticas no curto, médio e longo prazo para nossas indústrias europeias”, declarou durante uma conferência em Berlim.

• De olho na COP30, (i) Francesco La Camera, Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), afirmou que metas para o uso de biocombustíveis sustentáveis e aspectos sociais da transição energética estarão em foco na conferência – La Camera disse que espera um compromisso com os biocombustíveis que possa se tornar uma meta na declaração final; e (ii) a diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse que a estatal chega à COP30 “com significativo portfólio de investimentos em baixo carbono e petróleo de menor intensidade de carbono do mundo”, reforçando o papel da empresa na redução da emissão de gases de efeito estufa.

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Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Copel fará assembleia para firmar conversão de ações, parte do processo de migração para o Novo Mercado

“A Companhia Paranaense de Energia (Copel) convocou assembleia especial de acionistas preferencialistas, para 17 de novembro, a fim de ratificar a conversão obrigatória de todas as suas ações preferenciais. A medida faz parte do processo de migração da Copel para o Novo Mercado, segmento de empresas de capital aberto com o mais alto nível de governança corporativa da B3. A empresa propõe a conversão mandatória de todas as ações preferenciais na proporção de uma nova ação ordinária e uma nova ação preferencial classe C (PNC), compulsoriamente resgatável. Uma ação compulsoriamente resgatável é um tipo de instrumento financeiro que obriga a companhia emissora a recomprar as ações dos acionistas numa data predeterminada ou quando há um evento específico. Assim, a Copel passará a deter todas as suas ações preferenciais. Segundo a Copel, a conversão de ações de ações preferenciais classe B (PNB) em ações preferenciais classe A (PNA) será concluída antes da realização da assembleia prevista para dia 17 do próximo mês. Logo, todos aqueles que detêm ações preferenciais poderão deliberar na reunião. Os acionistas que votarem contra a conversão de ações classe A para papéis classe C poderão vender as ações à companhia e receber reembolso, desde que mantenham suas ações preferenciais, sem interrupção, entre 23 de junho de 2025 e a data do reembolso — que ainda será divulgada.”

Fonte: Valor Econômico; 24/10/2025

Sem caixa para fechar o ano, Eletronuclear pede socorro de R$ 1,4 bi a União

“A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas nuclear de Angra, pediu um socorro de R$ 1,4 bilhão ao governo federal para fechar as contas até o fim deste ano. O pedido consta de um ofício enviado ao Ministério de Minas e Energia pela ENBPar, holding criada pelo governo para manter sob o controle da União a operação de usinas nucleares no processo de privatização da Eletobras. No documento, o direção da Eletronuclear alerta para “risco de colapso operacional e financeiro” já a partir de novembro deste ano. “As necessidades simultâneas de financiamento para o programa extensão de vida útil (LTO) de Angra 1 e para a manutenção de Angra 3, até o momento sem fonte definida, projetam o exaurimento do caixa da Companhia em novembro/2025”, afirma a companhia. No pedido, a Eletronuclear pede um aporte mínimo de R$ 1,4 bilhão: “Os estudos apontam a necessidade adicional de aporte mínimo do controlador, estimado em R$ 1,4 bilhão, a fim de mitigar o risco de perda de controle da Eletronuclear. Essa exigência decorre do Termo de Conciliação e das condições de capitalização previstas para a operação”.”

Fonte: InfoMoney; 26/10/2025

Petrobras quer se posicionar na COP30 com portfólio de baixo carbono, afirma diretora

“A diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse nesta sexta-feira (24) que a estatal chega à COP30 “com significativo portfólio de investimentos em baixo carbono e petróleo de menor intensidade de carbono do mundo”. Em evento na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Angélica destacou que o petróleo extraído do pré-sal emite 15 kg de CO² equivalente por barril, o que representa 70% menos que a média global. Ela reconheceu que a principal alavanca de descarbonização do Brasil, até 2035, está na redução do desmatamento e no uso adequado do solo, mas reforçou que a estatal também tem papel na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Angélica voltou a mencionar que a Petrobras pretende adicionar combustíveis renováveis em sua matriz energética primária. Caso a medida seja implementada, a estimativa é que a produção deve crescer para 3,2 milhões de barris equivalentes por dia em 2029, com pegada de carbono menor ou inferior ao patamar atual.”

Fonte: Valor Econômico; 24/10/2025

MME inclui usinas a biodiesel no leilão de reserva de capacidade de março

“O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou, no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (24/10), as diretrizes do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) em março de 2026, com dois certames e a inclusão das térmicas a biodiesel em um deles. O primeiro leilão, marcado para 18 de março, é para ampliação de usinas hidrelétricas e termelétricas existentes a gás natural e carvão mineral, além de usinas novas a gás. Os projetos precisam entrar em operação entre 2026 e 2031. O segundo, em 20 de março, é destinado a térmicas existentes a óleo combustível, óleo diesel e biodiesel, com início em 2026, 2027 e 2030. As térmicas a biodiesel tinham sido excluídas na consulta pública e voltaram na portaria desta sexta, após pleito de organizações do setor. Entretanto, as termelétricas a biogás e biometano continuam de fora. As térmicas a biocombustíveis estavam inicialmente previstas no desenho do leilão deste ano, como forma de contemplar as usinas a óleo combustível e diesel interessadas em converter seus geradores para uso de fontes mais limpas. O certame deste ano foi cancelado devido a disputa judicial entre agentes de diferentes perfis. “

Fonte: Eixos; 24/10/2025

Parecer sobre programa verde da indústria química é apresentado na Câmara

“O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou nesta sexta-feira (24) parecer favorável ao Projeto de Lei 892/2025, que cria o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq) — nova política de incentivos fiscais e financeiros voltada à modernização e descarbonização do setor. O texto, de autoria do deputado Afonso Motta (PDT-RS), está pronto para votação no plenário da Câmara. O Presiq substitui gradualmente o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), prorrogado até 2026, e passa a valer de 2027 a 2031. O objetivo é alinhar a indústria química à política de neoindustrialização do governo, visando inovação tecnológica, redução de emissões e uso de matérias-primas renováveis. O programa cria dois tipos de habilitação. A primeira, industrial, concede créditos financeiros de até 6% sobre insumos químicos e exige investimento mínimo de 10% em pesquisa. A outra, de investimento, permite crédito de até 3% da receita bruta para empresas que ampliarem ou modernizarem suas plantas produtivas. Os créditos poderão ser compensados com IRPJ e CSLL ou ressarcidos em dinheiro.”

Fonte: Valor Econômico; 24/10/2025

Internacional

União Europeia intensifica esforços para reduzir dependência de terras raras da China

“Indispensáveis na transição energética e matéria-prima importante da produção de imãs permanentes para motores elétricos e geradores, além de baterias de alta densidade, as terras raras entraram este ano no centro do debate geopolítico e econômico mundial. Neste sábado (25), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, aderiu ao debate ao afirmar que a União Europeia está elaborando um novo plano para reduzir sua dependência de matérias-primas críticas provenientes da China, segundo a agência Reuters. “O objetivo é garantir acesso a fontes alternativas de matérias-primas críticas no curto, médio e longo prazo para nossas indústrias europeias”, declarou durante uma conferência em Berlim, Alemanha. As maiores reservas conhecidas de terras raras estão na China, Brasil, Vietnã, Rússia e Austrália, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Embora esses recursos estejam relativamente bem distribuídos pelo planeta, a China domina quase toda a cadeia de produção — do refino à fabricação de componentes de alto valor agregado. Atualmente, cerca de 60% da mineração global ocorre em território chinês, mas o dado mais crítico está no processamento: 91% de todo o refino mundial é realizado por empresas chinesas, que também são responsáveis por 94% da produção de ímãs permanentes usados em turbinas, motores e equipamentos de defesa.”

Fonte: Valor Econômico; 25/10/2025

Setor de energia eólica offshore da França sofre com crise governamental

“Desenvolvedores de energia eólica offshore e fornecedores de equipamentos estão se preparando para uma desaceleração nos negócios na França, onde uma crise política paralisou mudanças no marco regulatório de energia do país e nos leilões do governo. A ameaça de um novo golpe para a economia francesa surge após dados divulgados na sexta-feira mostrarem que a atividade empresarial caiu mais do que o esperado em outubro. O presidente Emmanuel Macron já nomeou seis primeiros-ministros em dois anos, enquanto uma legislatura fragmentada luta para aprovar um orçamento de austeridade. Também não conseguiu aprovar um projeto de lei de energia há muito atrasado, conhecido como PPE3, que define as necessidades energéticas futuras a partir de 2026. A segunda maior economia da Europa gera a maior parte de sua energia a partir da energia nuclear, com apenas 3 gigawatts (GW) de energia eólica offshore instalados ou em desenvolvimento — muito atrás dos 16 GW em operação no Reino Unido.”

Fonte: Reuters; 25/10/2025

UE considera meta climática mais flexível para 2040, mostra rascunho

“Países da União Europeia estão negociando propostas para dar às indústrias um caminho mais flexível para cumprir metas climáticas, segundo um rascunho de documento da UE, enquanto o bloco tenta obter apoio para uma nova meta de redução de emissões até 2040. A UE está negociando uma meta legalmente vinculativa para cortar 90% das emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040, e corre para aprová-la antes da cúpula climática da ONU, a COP30, em 6 de novembro. No entanto, meses de negociações ainda não resultaram em um acordo, já que alguns governos resistem a medidas verdes e expressam preocupações sobre como financiar a transição para uma economia de baixo carbono, ao mesmo tempo em que priorizam defesa e revitalização industrial. Um rascunho de proposta de compromisso da UE, visto pela Reuters, mostra que os países propõem revisar a meta de 2040 a cada dois anos — o que pode permitir que Bruxelas enfraqueça a meta no futuro. “Possíveis deficiências em um setor não devem ser compensadas por outros setores”, diz o rascunho, datado de 25 de outubro.”

Fonte: Reuters; 26/10/2025

Chefe da IRENA espera que biocombustíveis sustentáveis sejam tema central da COP30

“Metas para o uso de biocombustíveis sustentáveis e aspectos sociais da transição energética estarão em foco na cúpula climática das Nações Unidas deste ano, a COP30, disse Francesco La Camera, Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). A COP30 será realizada de 10 a 21 de novembro em Belém, no Brasil, onde os países devem apresentar compromissos climáticos nacionais atualizados e avaliar o progresso nas metas de energia renovável acordadas em cúpulas anteriores. La Camera disse que espera um compromisso com os biocombustíveis que possa se tornar uma meta na declaração final, potencialmente pedindo a quadruplicação da produção até 2035 ou estabelecendo uma meta de participação de combustível sustentável de aviação na matriz energética. “Acho que haverá mais foco no aspecto social da transição e também no uso sustentável da biomassa”, disse La Camera à margem do evento Singapore International Energy Week. A IRENA preparou um relatório sobre biocombustíveis para a conferência e lançou um acordo com a Organização da Aviação Civil Internacional para promover a fabricação de biocombustíveis, afirmou.”

Fonte: Reuters; 27/10/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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