Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV de lado (+0,02%), enquanto o ISE avançou 0,30%.
• No Brasil, (i) o BNDES divulgou nesta terça (15/10) que aprovou financiamento de R$ 500 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da fabricante de aeronaves Embraer, desenvolver sua unidade de produção do eVTOL (carro voador) - com recursos do programa BNDES Mais Inovação, a unidade será instalada em Taubaté (SP); (ii) o Congresso Nacional começou a debater os impactos da descarbonização do setor marítimo sobre o comércio brasileiro – em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, governo e iniciativa privada sinalizaram preocupações com a proposta que tem ganhado apoio na Organização Marítima Internacional para taxar o bunker e, com a receita, compor um fundo destinado ao financiamento de novos combustíveis.
• No internacional, a União Europeia decidiu manter seus planos de restringir os motores de combustão na UE a partir de 2035 – a lei, anunciada em 2021, vem sendo amplamente criticada pelas montadoras europeias, que pressionam a diluição das novas regras em meio a luta contra a queda nas vendas de veículos elétricos e a intensa concorrência dos fabricantes chineses.
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Brasil
Empresas
BNDES aprova R$ 500 milhões para financiar fábrica de eVTOL (carro voador) em São Paulo
"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta terça (15/10) que aprovou financiamento de R$ 500 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da fabricante de aeronaves Embraer, desenvolver sua unidade de produção do eVTOL (carro voador). Com recursos do programa BNDES Mais Inovação, a unidade será instalada em Taubaté (SP). Segundo a instituição de fomento, o apoio da unidade fabril é um desdobramento de uma parceria entre Eve e BNDES em 2022, para uma linha de crédito de R$ 490 milhões dedicada ao desenvolvimento dos eVTOLs. A expectativa da Eve é produzir até 480 aeronaves por ano, podendo expandir a capacidade do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada. Isto proporcionará uma metodologia de investimento disciplinada e eficiente em termos de capital à medida que o mercado cresce, avalia o BNDES. “Este financiamento será fundamental para a instalação de nossa unidade de produção de eVTOL, que não apenas será a primeira do gênero no Brasil, mas também será alimentada por energia limpa e renovável, alinhada ao nosso compromisso com a sustentabilidade”, declara Johann Bordais, CEO da Eve. A companhia acumula cartas de intenção (LOI) para 2.900 eVTOLs de 30 clientes em 13 países, representando um potencial de US$ 14,5 bilhões em receita. A aeronave utiliza oito rotores dedicados para voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro, sem nenhuma alteração na posição desses componentes durante o voo. O conceito inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos que fornecem redundância de propulsão para garantir os mais altos níveis de desempenho, segurança, despachabilidade e baixos custos operacionais."
Fonte: Eixos; 15/10/2024
Produtores de celulose e papel aumentam gastos com mudanças climáticas
"A indústria de base florestal instalada no Brasil está sentindo como nunca os impactos e prejuízos decorrentes de eventos climáticos cada vez mais extremos. Num ano recorde de queimadas no país, a Klabin viu quintuplicar o número de focos de incêndio em suas áreas entre agosto e setembro, período tradicionalmente marcado pela seca. A Suzano, em determinadas áreas do Mato Grosso do Sul, foi obrigada a interromper o plantio de mudas de eucalipto porque a temperatura do solo chegou a 68o Celsius. A chilena Arauco, que está constituindo base florestal no mesmo Estado para sua primeira fábrica de celulose no país, teve 2 mil hectares atingidos pelas chamas. Em São Paulo, as perdas de produtores de eucalipto somaram ao menos R$ 100 milhões, com mais de 8 mil hectares afetados. Com R$ 105,4 bilhões em investimentos anunciados até 2028, sobretudo em novas fábricas, o setor está ampliando também o volume de recursos destinados a ações de proteção florestal e preservação de ativos biológicos. “As mudanças climáticas também representam um desafio à oferta de madeira no futuro”, disse Marcelo Schmid, sócio-diretor do Grupo Index, que faz estudos de mercado e presta consultoria nas áreas florestal e ambiental. Perda de produtividade, maior concorrência pela matéria-prima e custos mais elevados na operação florestal são outros fatores que preocupam o setor. Os impactos do clima não são exatamente uma novidade para a indústria de celulose e papel, que já se movimenta há algum tempo para tentar mitigá-los. Apesar dos esforços, o ano de 2024 colocou o setor à prova, mostrando que os desafios nesse campo serão cada vez maiores."
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2024
Política
Estado brasileiro consultará povos indígenas sobre a venda de créditos de carbono
"O governo do estado brasileiro do Pará, na Amazônia, consultará as comunidades indígenas sobre como elas se beneficiarão da futura venda de créditos de compensação de carbono que as empresas americanas concordaram em comprar para tentar proteger a floresta tropical. Em um comunicado recebido pela Reuters na segunda-feira, a Secretaria de Meio Ambiente do governo do Pará, Semas, disse que “iniciará uma nova fase de diálogo” com os povos indígenas e outras comunidades tradicionais da floresta tropical. Os cientistas afirmam que a preservação da floresta amazônica é vital para combater o aquecimento global. A Amazon.com Inc (AMZN.O), abre nova aba e um grupo de empresas concordaram no mês passado, em Nova York, em comprar créditos de carbono em um acordo avaliado em US$ 180 milhões por meio da iniciativa de conservação LEAF Coalition, que ajudou a criar em 2021 com outras empresas e governos, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido. Na época, o governador do Pará, Helder Barbalho, disse que o acordo tinha a participação de povos indígenas e outras comunidades tradicionais. Mas, na semana passada, 38 organizações indígenas e comunitárias assinaram uma carta pública dizendo que não haviam sido consultadas adequadamente. “A transação com a Coalizão LEAF será finalizada em 2025, após a conclusão desse processo de construção coletiva”, disse o comunicado do governo do Pará. Uma série de controvérsias de alto nível abalou a confiança no mercado de compensações de carbono, com várias grandes empresas que compram créditos de carbono se retirando dele depois que estudos descobriram que grandes projetos de proteção florestal não conseguiram cumprir as reduções de emissões prometidas."
Fonte: Reuters; 15/10/2024
Guerras podem atrapalhar negociações na COP29, diz diretora do Itamaraty
"Um um cenário mundial marcado por tensões, com destaque para a guerra entre Rússia e Ucrânia e os conflitos de Israel com seus países vizinhos, as negociações climáticas na COP29, em novembro no Azerbaijão, podem enfrentar obstáculos. Segundo Liliam Beatris Chagas de Moura, diretora do Departamento do Clima do Ministério das Relações Exteriores, a instabilidade internacional impõe desafios adicionais para que os países avancem nas discussões sobre políticas climáticas. “Chegaremos à COP29 em um contexto internacional bastante desafiador. Existem conflitos, existem guerras no mundo e isso gera um estresse, uma tensão adicional sobre os países”, afirmou durante audiência no Senado, nesta terça (15/10). Ela explicou que, em meio a essas crises, as negociações na conferência das Nações Unidas que exigem decisões econômicas, energéticas, industriais e financeiras ficam mais complexas e delicadas. A COP29 marca a revisão e formulação das novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são os compromissos dos países para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas. No entanto, de acordo com a representante do Itamaraty, o atual cenário de conflitos pode comprometer o andamento desses acordos. “Um cenário menos conflitivo seria muito mais positivo. Ele ajudaria que os governos, os países e mesmo o terceiro setor pudessem fazer essa transição mais rápida”. Uma novidade nas discussões da COP29 para facilitar as negociações é a proposta de uma “trégua climática”, apresentada pela presidência do Azerbaijão."
Fonte: Eixos; 15/10/2024
Divergências sobre meta de financiamento, quem paga e prazos dificultam acordo às vésperas da COP29
"Às vésperas da COP 29, marcada para novembro em Baku, capital do Azerbaijão, líderes chegarão às negociações sem nenhum documento na mesa para discutir o financiamento climático, disse nesta terça (15/10) a secretária de Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni. Um dos principais pontos de tensão, naquela que é considerada a “COP das finanças”, é a definição do Novo Objetivo Coletivo de Financiamento Climático (NCQG), meta que irá estabelecer quanto os países emergentes receberão para implementar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), a partir de 2025. Para Toni, o acordo será importante para garantir avanços até a COP30, no Brasil, mas os negociadores enfrentam dificuldades de construir consenso até o momento. “O debate sobre financiamento é, logicamente, o mais quente, o que está com mais controvérsia. (…) Ainda não tem nenhum documento, nenhum acordo sobre quais são as opções que estão na mesa”, disse durante audiência no Senado. O NCQG substituirá o atual compromisso dos países ricos, estabelecido em 2009, de fornecer US$ 100 bilhões anualmente em financiamento climático para economias em desenvolvimento, meta que foi alcançada pela primeira vez em 2022. Toni ressaltou que para além das discussões sobre o novo montante, que deve ser significativamente maior, ainda há um grande debate sobre quem irá pagar por isso. “Se são só países desenvolvidos ou se entra também para os contribuidores dessa meta outros países que se tornaram ricos, por exemplo, a Arábia Saudita e a China”, disse secretária, apontando a resistência de alguns países em assumir uma maior responsabilidade."
Fonte: Eixos; 15/10/2024
Descarbonização do transporte marítimo chega ao Congresso Nacional
"Enquanto a indústria de transporte marítimo avança em direção a um imposto global sobre o combustível fóssil que abastece as embarcações, como estratégia de transição para fontes alternativas de energia, o Congresso Nacional inaugurou nesta terça (15/10) o debate sobre os impactos desse movimento sobre o comércio brasileiro. Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, governo e iniciativa privada indicaram preocupações com a proposta que tem ganhado apoio na Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) para taxar o bunker e, com a receita, compor um fundo destinado ao financiamento de novos combustíveis. O Brasil tem defendido uma posição intermediária, que considere, por exemplo, a adição de biodiesel ao óleo que abastece as embarcações, para reduzir o imposto cobrado. Ou ainda, que biocombustíveis de primeira geração (etanol e biodiesel) também possam receber os recursos do fundo. Internamente, o país ainda não desenhou uma política para incentivar a desfossilização dos navios que respondem por cerca de 95% do seu comércio com outros mercados. O motivo, segundo agentes do governo, é justamente a discussão na IMO. Há um entendimento de que é preciso esperar as definições regulatórias internacionais – o primeiro arcabouço está previsto para abril de 2025 – para só então ajustar as políticas domésticas. Foi o que ocorreu na aviação. A indústria tem um acordo internacional, o Corsia, que mira a neutralidade de carbono até 2050. Companhias aéreas que fazem voos entre países precisam reportar e compensar suas emissões por meio de créditos de carbono certificados pelo programa e que chegam a custar US$ 700. Para deixar de compensar, elas precisam investir em combustíveis sustentáveis (SAF, em inglês)."
Fonte: Eixos; 15/10/2024
Lula envia ao Congresso projeto que endurece penas por crimes ambientais
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira o projeto de lei que endurece as penas contra crimes ambientais. O texto vem sendo preparado há semanas pelos ministérios da Justiça e do Meio Ambiente, em meio a pressões contra o governo por conta dos grandes incêndios florestais que se abateram sobre o país nos meses recentes. Em solenidade no Palácio do Planalto, Lula disse que o texto terá a função de “ser mais duro com as pessoas que não respeitam a questão ambiental, as leis, aquilo que é essencial para a sua própria sobrevivência, que é a manutenção de um planeta com ar para a gente poder respirar decentemente”. Ele afirmou que o governo trabalhará para que o projeto seja tramitado em regime de urgência na Câmara e no Senado. O deputado Patrus Ananias (PT-MG) será o relator do texto na Câmara. “Esse país apenas está mostrando que, daqui para frente, a gente não vai brincar com crime ambiental. As pessoas terão que ser punidas severamente”, disse. O texto aumenta as penas mínimas e máximas para os crimes ambientais, modificando 17 artigos da Lei nº 9.605, de 1998, a Lei de Crimes Ambientais. Também passa a considerar os danos climáticos e serviços ecossistêmcos afetados nas multas impostas pela Justiça sobre esse tipo de crime. Além disso, a pena inicial para diversos crimes passa a ser de reclusão e não de detenção, o que faz com que ela comece a ser cumprida em regime fechado, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. No caso do crime de provocar incêndio em floresta, por exemplo, a pena passa de dois a quatro anos de reclusão para três a seis anos de reclusão, além da multa já prevista."
Fonte: Valor Econômico; 15/10/2024
Internacional
Empresas
Mitsubishi Heavy Industries investe em empresa de exploração de hidrogênio natural nos EUA
"A Mitsubishi Heavy Industries (MHI) anunciou nesta terça (15/10) um novo investimento na Koloma, uma empresa com sede em Denver, Colorado (EUA), especializada na exploração de hidrogênio natural – também conhecido como hidrogênio branco ou geológico. O aporte foi realizado por meio da subsidiária Mitsubishi Heavy Industries America (MHIA), que agora se junta a outros investidores, incluindo o fundo de investimentos do Bill Gates, o Breakthrough Energy Ventures, o Climate Pledge Fund da Amazon, e o Sustainable Flight Fund da United Airlines. Segundo Takajiro Ishikawa, CEO da MHIA, as construção de um ecossistema de soluções de hidrogênio está entre as principais estratégias no negócio de transição energética da multinacional. “Estamos buscando acelerar a economia do hidrogênio, oferecendo tecnologias de ponta e permitindo inovações revolucionárias no espaço do hidrogênio por meio de investimentos em startups”, conta. A Koloma é uma das empresas que ao lado da Petrobras e outras petroleiras financiam pesquisas da Escola de Minas do Colorado e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), para estudar o potencial de hidrogênio geológico. Aumenta a busca por depósitos
Com o hidrogênio emergindo como um combustível promissor no cenário global de transição energética, a descoberta de reservatórios significativos de hidrogênio natural – também conhecido como hidrogênio branco – tem despertado grande interesse em várias partes do mundo. De acordo com pesquisa da Rystad Energy, no final do ano passado, 40 empresas estavam atrás de depósitos naturais de hidrogênio, contra apenas 10 em 2020."
Fonte: Eixos; 15/10/2024
Avança projeto de gasoduto de hidrogênio verde conectando Norte da África à Europa
"O projeto que pretende conectar o Norte da África à Europa com um corredor de transporte de hidrogênio verde está entrando na fase de estudos conjuntos de viabilidade técnica e econômica. Na segunda (14/10), empresas da Alemanha, Argélia, Itália e Áustria assinaram um memorando de entendimento (MoU) no projeto SoutH2 Corridor, que mira a exportação do energético por meio de gasoduto. A cerimônia de assinatura foi presidida pelo Ministro de Energia e Minas da Argélia, Mohamed Arkab, com a presença de empresários e embaixadores da Itália, Alemanha e Áustria. Entre as empresas envolvidas no acordo estão a Sonatrach e Sonelgaz (Argélia), VNG (Alemanha), Snam e SeaCorridor (Itália) e Verbund Green Hydrogen (Áustria). Hans-Joachim Polk, membro do Conselho de Administração da VNG, disse que o projeto é importante para a segurança energética da Europa. “A Argélia tem um enorme potencial na produção desta futura fonte de energia. Se pudermos obter hidrogênio verde da Argélia, diversificaremos nosso portfólio de fornecimento corporativo e faremos uma contribuição importante para a futura segurança do fornecimento com gases descarbonizados”. “A cooperação internacional desempenhará um papel essencial na implementação da economia do hidrogênio na Alemanha e no resto da Europa, porque a demanda por hidrogênio não pode ser atendida apenas pela produção doméstica”, completou Polk. O projeto visa fortalecer a cooperação internacional para reduzir a dependência da Europa de combustíveis fósseis."
Fonte: Eixos; 15/10/2024
"A Europa deve cancelar seu plano de proibir novos carros que emitam combustíveis fósseis a partir de 2035 para reduzir a dependência da cadeia de suprimentos de baterias da China e aproveitar seus pontos fortes tecnológicos, disse na terça-feira o executivo-chefe da BMW (BMWG.DE). Oliver Zipse, que há muito tempo pressiona para que os órgãos reguladores permitam várias tecnologias - incluindo combustíveis alternativos como e-fuels ou biocombustíveis e carros com célula de combustível de hidrogênio - disse que o clima na Europa estava “tendendo para o pessimismo” e que a região precisava de uma nova estrutura regulatória para permanecer competitiva. “Uma correção da meta de 100% de BEV para 2035 como parte de um pacote abrangente de redução de CO2 também permitiria que os OEMs europeus dependessem menos da China para as baterias”, disse Zipse no Salão do Automóvel de Paris, acrescentando: “Para manter o curso de sucesso, é essencial um caminho estritamente agnóstico em relação à tecnologia dentro da estrutura política.” Oliver Zipse, presidente do Conselho de Administração da BMW AG, participa de um evento na feira Auto Shanghai. O presidente do Conselho de Administração da BMW AG, Oliver Zipse, participa de um evento no salão Auto Shanghai, em Xangai, China, em 18 de abril de 2023. REUTERS/Aly Song/File Photo Direitos de licenciamento de compra, abre nova aba
Em março de 2023, os países da União Europeia aprovaram uma lei histórica que exigiria que todos os carros novos tivessem zero emissões de CO2 a partir de 2035, banindo efetivamente os veículos a diesel e a gasolina, e 55% menos emissões de CO2 a partir de 2030, em comparação com os níveis de 2021."
Fonte: Reuters; 15/10/2024
Quem vai lucrar com DNA da natureza? Entenda um dos temas centrais da COP16
"Basta andar por supermercados para encontrar bebidas feitas com guaraná e barrinhas de cereal com castanha-do-pará. No corredor ao lado, estão cremes para mãos à base de tucumã e hidratantes com açaí. Mais discretos, sem estampar as embalagens, vários outros ingredientes fornecidos pelas florestas brasileiras também estão nas prateleiras de farmácias. O jaborandi é usado em colírios para tratar glaucoma, e uma proteína do veneno da jararaca brasileira está presente no captopril, um medicamento para tratar hipertensão arterial. A natureza é o ponto de partida para inovações que criaram e sustentam diferentes indústrias, como a farmacêutica, a de cosméticos ou a agrícola. Mas, uma vez que a biodiversidade entra para o fluxo de trilhões de dólares por ano movimentados ao redor do mundo, resta a dúvida: quem deve pagar por esse uso, e como? E quem deve receber por ele? O sistema de pagamentos em vigor hoje, baseado no acesso físico aos bens da biodiversidade – o fruto do guaraná ou a folha do jaborandi – foi ultrapassado pela tecnologia. Parte das pesquisas que dão origem a novos insumos ou produtos são feitas hoje com sequências genéticas, representações digitais de organismos vivos armazenadas em bancos de dados, muito longe da Amazônia brasileira ou de outros hotspots globais de diversidade biológica. Definir as regras para esse novo mundo das Informações de Sequências Digitais (DSI, na sigla em inglês) será um dos principais desafios da COP16, que começa na próxima segunda-feira, 21, em Cali. Negociadores de mais de 190 países estarão reunidos na Colômbia para tratar de um tema espinhoso, que opõe os interesses dos países industrializados e os do Sul Global."
Fonte: Capital Reset; 15/10/2024
Política
França pressiona por “flexibilidade” nas regras de emissões de carros da UE
"A França está pressionando por “flexibilidade” nas regras mais rígidas de emissões de carros no próximo ano, o que poderia significar bilhões de euros em multas para as montadoras europeias, que já enfrentam dificuldades com a desaceleração da demanda por veículos elétricos. Antoine Armand, o recém-nomeado ministro da economia da França, disse na terça-feira que os franceses estavam sondando os parceiros europeus para ver o que poderia ser feito em relação aos padrões de emissões de carbono da UE para 2025, que imporão limites à quantidade de emissões da frota de uma montadora. A Renault, da França, a Stellantis, da Peugeot, e a Volkswagen, da Alemanha, serão penalizadas em mais de 10 bilhões de euros, a menos que consigam aumentar drasticamente a quantidade de carros movidos a bateria que vendem ou eliminar os carros com motores mais tradicionais. “Não vejo por que haveria penalidades quando grandes esforços [de investimento] foram feitos [pelas montadoras]”, disse Armand aos executivos do setor automobilístico no Paris Motor Show na terça-feira, uma exposição bienal de projetos de carros focados mais do que nunca em versões elétricas. “Não é possível impor sanções sem levar em conta o contexto econômico e o desenvolvimento do nosso setor na França e na Europa”, disse ele. “Estamos explorando a flexibilidade que pode haver em cooperação com nossos parceiros europeus, que são os mais engajados nessa questão.”. Armand não detalhou que forma essa flexibilidade poderia assumir - se significaria diminuir as penalidades, mudar os critérios subjacentes envolvidos ou adiar o prazo."
Fonte: Financial Times; 15/10/2024
A UE mantém o prazo de 2035 para proibir a venda de novos carros movidos a gasolina
"De acordo com documentos internos, Bruxelas está mantendo seus planos polêmicos de restringir os motores de combustão na UE a partir de 2035, apesar da forte pressão da indústria automobilística para diluir as novas regras. As respostas preparadas para o chefe climático do bloco, Wopke Hoekstra, para quando ele enfrentar audiências parlamentares no próximo mês e vistas pelo Financial Times, dizem que a UE “não pode e não deve reverter” seu plano de proibir a venda de carros novos movidos a combustíveis fósseis. A lei, anunciada em 2021, foi criticada pelas montadoras europeias, que lutam contra a queda nas vendas de veículos elétricos e a intensa concorrência dos fabricantes chineses. Com exceção da Renault, todas as principais montadoras europeias emitiram avisos de lucro este ano. A Volkswagen, a maior empregadora do setor privado da Alemanha, está considerando fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em seus 87 anos de história, informou no mês passado. A Acea, órgão do setor, também alertou que o setor poderia enfrentar milhões de euros em multas quando regras mais rígidas entrarem em vigor no próximo ano, com o objetivo de reduzir as emissões gerais dos carros na Europa em 15% em comparação com uma linha de base de 2021. A Itália pediu à Comissão Europeia para adiar a proibição, a França está buscando mais “flexibilidade” na forma como ela é aplicada, enquanto o governo de coalizão da Alemanha é a favor da manutenção dos motores de combustão para carros que funcionam com combustíveis alternativos e ecológicos."
Fonte: Financial Times; 16/10/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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