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Transição energética global: Moldando a próxima fase

Acesse aqui os principais tópicos do evento da BloombergNEF sobre a transição energética!

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Destaques do evento da BloombergNEF sobre o futuro da energia limpa

Esta semana, participamos do BloombergNEF Briefing: Transição Energética Global, realizado em São Paulo. O evento reuniu importantes líderes e especialistas do mercado – incluindo André Corrêa do Lago, presidente da COP30 – para discutir o estágio atual e as perspectivas da transição energética global. De modo geral, as discussões destacaram as crescentes pressões sobre o ritmo da transição, a diferente velocidade no progresso entre os mercados emergentes, o papel estratégico cada vez maior do Brasil e as expectativas para a COP30.

Transição energética sob pressão. Ao discutirem o atual ritmo da transição energética global, os palestrantes concordaram que, embora haja forças impulsionando o movimento, a suspensão de iniciativas importantes nos EUA, os atrasos nas metas e na adoção de veículos elétricos na União Europeia, bem como o aumento das tarifas, levantaram preocupações quanto ao ritmo do progresso. De acordo com a BNEF, seriam necessários US$ 137 bilhões adicionais – equivalentes a 16% do investimento total necessário – para atingir a meta da ONU de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 sob o cenário tarifário “extremo”.

Uma história de sucesso para os mercados emergentes (…) Apesar desses obstáculos, a transição energética continua a apresentar oportunidades para os mercados emergentes (MEs), que avançam em velocidades variadas entre as regiões. O crescimento da geração descentralizada, as políticas de incentivo e as quedas acentuadas nos custos das tecnologias limpas dobraram a capacidade de baixo carbono dentre os emergentes — de 0,6 TW em 2015 para 1,2 TW em 2024. O investimento em energia limpa também aumentou de US$ 49 bilhões para US$ 140 bilhões na última década, com quase todos os países agora tendo metas climáticas em vigor.

(…) no entanto, obstáculos permanecem. Contudo, a participação dos emergentes no investimento global em energia limpa ainda permanece modesta, em ~18%, e altamente concentrada, com a maior parte do financiamento direcionada à Índia e ao Brasil, enquanto os países de baixa renda capturam menos de 1% do investimento global em energias renováveis. Enquanto isso, a China segue uma trajetória distinta, representando cerca de 45% do investimento global em energias renováveis em 2024, superando em muito a participação de 32% dos mercados desenvolvidos.

O papel crescente do Brasil. Em relação ao Brasil, a discussão se concentrou em temas centrais que estão ganhando força à medida que o país aprofunda seu compromisso com a transição energética: (i) eletrificação: apesar de estar em estágio inicial, o Brasil tem apresentado uma rápida adoção de veículos elétricos (5,3% de todas as vendas de carros novos no primeiro semestre de 2024), com o aumento esperado levando a uma potencial redução na demanda por biocombustíveis para o transporte rodoviário; (ii) biocombustíveis: o excedente previsto de biocombustíveis dada a eletrificação representa uma oportunidade de realocação para a produção de combustível de aviação sustentável (SAF), cuja demanda está crescendo acentuadamente – mais de 45% da demanda global por querosene de aviação já está vinculada a metas de biocombustíveis, posicionando o Brasil como um fornecedor estratégico; (iii) terras raras: o Brasil detém 18% das reservas globais, com a demanda prevista para triplicar até 2050, destacando seu potencial como fornecedor; e (iv)grafite: como o país com a segunda maior reserva de grafite do mundo, o Brasil tem a ganhar com a demanda projetada para crescer 2,2 vezes até 2050.

Uma semana para a COP30: O que esperar. Com a COP30 prestes a começar na próxima semana, o Presidente André Corrêa do Lago endereçou as principais preocupações relativas ao evento: (i) logística: os organizadores reduziram os custos de acomodação e garantiram hospedagem suficientes para as delegações, cumprindo os requisitos mínimos para que a conferência valide as suas decisões; (ii) Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs): embora apenas ~65 NDCs tenham sido submetidas até ao momento (abaixo das expectativas), o evento irá  focar no avanço das discussões sobre as NDCs; e (iii) contexto político: não se espera que os EUA obstruam as negociações, uma vez que parecem estar aguardando a conclusão das formalidades internas antes de se retirarem formalmente, em vez de participarem ativamente das discussões.

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