SLC (SLCE3): O que ouvimos durante nossa reunião com o Diretor de Sustentabilidade?

Destaques de mais um XP ESG Corporate Talks; Boas práticas no pilar (E)

Ontem, realizamos mais uma edição do XP ESG Corporate Talks, com a participação do Sr. Alvaro Dilli, Diretor de RH e Sustentabilidade da SLC Agrícola, para discutirmos as estratégias ESG da empresa. De modo geral, saímos da reunião com uma visão positiva sobre a abordagem da SLC em relação à agenda ESG, especialmente no que diz respeito aos esforços para reduzir emissões de carbono e mitigar o impacto ambiental. Neste relatório, destacamos os principais pontos da reunião.

Estratégia abrangente gerida por um comitê ESG. Ressaltando a criação de um Comitê ESG em 2020, o Sr. Dilli destacou os principais objetivos estratégicos da empresa na agenda, incluindo:

(i) neutralidade de carbono nas operações até 2030 (escopos 1 e 2): a SLC pretende alcançar a neutralidade de carbono por meio de várias iniciativas, incluindo: fortalecimento das práticas de agricultura regenerativa, redução do consumo de insumos, aprimoramento da medição de emissões e expansão dos esforços de redução e remoção de carbono (a SLC está atualmente implementando projetos REDD+ e ALM - Gestão de Áreas Agrícolas - em suas propriedades, aguardando apenas a obtenção da certificação da Verra).

(ii) intensificando o plantio direto: a empresa ampliou as práticas de plantio direto, com 93% de suas terras cultivadas usando esse método. Sobre manejo da terra, o Sr. Dilli também observou que a SLC protege 111.700 hectares, representando 36% de sua área total.

(iii) certificação de fazendas e produtos: enfatizando a importância da agricultura certificada para o setor no longo prazo, o Sr. Dilli observou que a SLC é a maior produtora mundial de soja e milho certificados pelo Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável¹. Segundo ele, essas certificações permitem que a empresa obtenha prêmios de preço em determinadas transações.

(iv) pesticidas biológicos: a SLC aumentou significativamente o seu uso de pesticidas biológicos (cerca de 17% do uso total de pesticidas). Embora a empresa não tenha o objetivo de se tornar uma produtora orgânica, o Sr. Dilli destacou os pesticidas biológicos como uma forma de melhorar a saúde do solo, promover a sustentabilidade de longo prazo e reduzir o impacto ambiental. Além disso, apesar de nem sempre serem mais baratos do que as alternativas químicas, os biológicos contribuem para o sequestro de carbono e podem levar à uma economia de custos por meio da aplicação localizada e direcionada. De forma geral, a SLC tem 15 bioplantas para produção na fazenda, mas o uso de produtos biológicos deve ser impulsionado principalmente pelo aumento de aquisições de produtores terceirizados devido à maior vida útil e aos custos mais baixos.

(v) iniciativas de economia circular: em 2023, a SLC se comprometeu a zerar o descarte de resíduos em aterros sanitários até 2028. Além disso, atualmente, cerca de 55% das fazendas da empresa integram práticas de economia circular, com esses esforços já gerando resultados, como o aumento da taxa de reciclabilidade de 29% em 2021 para 99,8% em 2024.

Uma política rigorosa contra o desmatamento. Quando questionado sobre a lei antidesmatamento da União Europeia - prevista para entrar em vigor em dezembro de 2025 -, o Sr. Dilli enfatizou que ela não traria grandes impactos para a SLC. Segundo ele, a política rigorosa de desmatamento zero da empresa e sua prática de vender apenas o que produz permitem que a companhia mantenha um controle maior de rastreabilidade de seus produtos, tornando o cumprimento dos requisitos da lei mais fácil.

¹ o Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável é um padrão de certificação holístico que inclui cinco princípios e 108 indicadores de conformidade obrigatórios e progressivos.

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