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Setor nuclear brasileiro quer inclusão de urânio em política para minerais crítico | Café com ESG, 08/08

Urânio em discussão no Brasil; Segundo leilão do Eco Investe

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,5% e 1,1%, respectivamente.

• No Brasil, (i) segundo Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), o setor nuclear quer garantir que o urânio seja reconhecido como mineral crítico nas políticas públicas para o segmento – em contexto, a Abdan articula com o Congresso Nacional e com o Ministério de Minas e Energia (MME) a inclusão do mineral no Projeto de Lei 2780/2024, que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos; e (ii) o segundo leilão do programa Eco Invest Brasil, que tem como objetivo mobilizar capital privado para projetos sustentáveis, registrou uma demanda de R$ 17,3 bilhões, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira – segundo a pasta, esses recursos têm potencial para destravar R$ 31,4 bilhões em investimentos voltados à recuperação de áreas degradadas.

• No internacional, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) encerrará um programa de subsídios de US$ 7 bilhões da era Biden, que buscava expandir a energia solar para comunidades de baixa renda, segundo Lee Zeldin em uma postagem no X ontem – a Lei One Big Beautiful Bill, sancionada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no mês passado, eliminou a fonte de financiamento do “Solar for All”.

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Brasil

Empresas

Indústria nuclear quer inclusão de urânio em política para minerais críticos

“O setor nuclear quer garantir que o urânio seja reconhecido como mineral crítico nas políticas públicas para o segmento. Segundo Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), a entidade articula com o Congresso Nacional e com o Ministério de Minas e Energia (MME) a inclusão do mineral em nova legislação em debate. “Faz todo sentido o urânio está na legislação de minerais críticos”, defende Cunha em entrevista à agência eixos. O presidente da Abdan se refere ao Projeto de Lei 2780/2024, de autoria do deputado Zé Silva (Solidariedade/MG) e relatoria de Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE). O texto estabelece instrumentos de incentivo à pesquisa, lavra, industrialização e financiamento de minerais considerados essenciais para a transição energética, mas sem especificar quais os minerais. Paralelamente, o Poder Executivo trabalha há quase dois anos na formulação de uma política própria para o setor, chamada Política Nacional de Minerais Críticos, ou programa Mineração para Energia Limpa. A expectativa do setor mineral é que um decreto seja publicado ainda neste semestre, bem como a aprovação do PL ocorra antes da realização da COP30. A proposta do executivo é coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e tem como uma das referências a Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), que prioriza minerais como lítio, grafite, cobre, nióbio e bauxita — mas não inclui o urânio.”

Fonte: Eixos; 07/08/2025

Bioeconomia pode movimentar R$ 765 bilhões por ano até 2032, diz estudo

“Uma das grandes apostas da COP30, a bioeconomia se consolida como agenda prioritária do Brasil e traz uma oportunidade bilionária de movimentar entre US$ 100 a US$ 140 bilhões (R$ 765 bilhões) por ano até 2032. É o que revela um novo estudo lançado pela Câmara Internacional de Comércio (ICC) durante a Semana do Clima de São Paulo, em parceria com as consultorias Systemiq e Emerge e com apoio de empresas como Itaú, Natura e Nestlé, além do Ministério do Meio Ambiente. O objetivo é trazer um “roadmap” para que o país transforme sua rica biodiversidade em soluções verdes de alto valor agregado em cinco setores estratégicos: alimentos, materiais, agronegócio e saúde animal, farmacêutico e cosméticos. Embora este modelo sustentável geralmente seja associado à produção de alimentos, a secretária nacional de bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente, Carina Pimenta, disse à EXAME que o diferencial da nova análise é justamente “sair dos setores mais óbvios” e trazer para a discussão o “campo do conhecimento”, que é impulsionado pela ciência e tecnologia para agregar valor a partir de recursos naturais. “Os dados colocam uma lente que ninguém enxerga e propõe olhar para as cadeias não usuais. O que é uma enzima? Um processo produtivo? Uma molécula? É um mercado gigante e que tem como foco a inovação”, destacou a secretária.”

Fonte: Exame; 07/08/2025

BHP e Vale oferecem US$ 1,4 bi para encerrar processo por desastre em Mariana, diz FT

“As mineradoras globais BHP Groupe e Vale ofereceram cerca de US$ 1,4 bilhão para encerrar uma ação coletiva no Reino Unido relacionada a um dos piores desastres ambientais da história do Brasil, informou o “Financial Times” nesta quinta-feira (7). A ação judicial decorre do rompimento, em 2015, da barragem do Fundão, em Mariana (MG), operada pela Samarco, joint venture da BHP e da Vale. O desastre motivou ações judiciais de centenas de milhares de pessoas. A BHP enfrenta atualmente uma ação judicial em Londres avaliada pelos advogados autores em até 36 bilhões de libras (US$ 48,29 bilhões). O acordo proposto inclui cerca de US$ 800 milhões em indenização às vítimas e US$ 600 milhões para cobrir os custos legais associados aos procedimentos judiciais, informou a reportagem, citando pessoas familiarizadas com o assunto. A oferta teria sido feita durante uma reunião em junho, em Nova York, com o Pogust Goodhead, o escritório de advocacia britânico que representa os reclamantes, e seu principal financiador, o fundo de hedge americano Gramercy, segundo a reportagem.”

Fonte: Valor Econômico; 07/08/2025

Novo leilão do Eco Invest tem demanda de R$ 17,3 bi, diz Fazenda

“O segundo leilão do programa Eco Invest Brasil, que tem como objetivo mobilizar capital privado para projetos sustentáveis, registrou uma demanda de R$ 17,3 bilhões, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira. Segundo a pasta, esses recursos têm potencial para destravar R$ 31,4 bilhões em investimentos voltados à recuperação de áreas degradadas. Do montante demandado, R$ 16,5 bilhões foram aprovados por meio da linha pública de capital catalítico. Esses recursos serão liberados ao longo de 2025, 2026 e 2027, e devem resultar em investimentos totais de R$ 30,2 bilhões, conforme comunicado da Fazenda. O leilão integra o plano de transformação ecológica do governo e pode impulsionar o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, lançado em 2023, que visa recuperar terras com baixa produtividade, ampliando a produção de alimentos sem aumentar o desmatamento. Lançado no ano passado, o Eco Invest Brasil busca atrair capital privado por meio de linhas de financiamento e mecanismos de proteção contra volatilidade cambial para projetos ambientais. O primeiro leilão de “blended finance” ocorreu em outubro de 2024, mobilizando R$ 45 bilhões a partir de R$ 7 bilhões em capital público disponibilizado.”

Fonte: InfoMoney; 07/08/2025

Brasil ignora potencial nuclear no Plano Clima e repete erros com térmicas a gás, critica Abdan

“O presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, criticou o Plano Clima lançado no mês passado pelo governo federal, afirmando que o documento é marcado por “ativismo” e “questões tecnicamente equivocadas”. Na visão do executivo, os caminhos apontados para a transição brasileira desconsideram o papel estratégico da energia nuclear na descarbonização da matriz energética. “Participamos ativamente da discussão do Plano Clima. Mas esse plano me parece mais um ativismo do que algo efetivamente e tecnicamente pensado”, aponta Cunha, em entrevista à agência eixos. Para ele, as poucas referências à energia nuclear no documento, restritas à conclusão de Angra 3 e menções a barreiras econômicas e sociais, estão desatualizadas. Divulgado em 18 de julho, o plano elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Aneel é o roteiro para o Brasil cumprir sua Contribuição Nacionalmente Determinada ao Acordo de Paris (NDC, em inglês), mas chegou com um cenário sem expansão da energia nuclear até 2035. O único compromisso concreto é a realização de um estudo de viabilidade para Angra 3 até 2032. A obra está paralisada desde 2015, com custos que chegam a R$ 1 bilhão por ano. Em janeiro, a EPE afirmou que os estudos sobre os impactos ao sistema elétrico da conclusão da usina nuclear de Angra 3 concluíram que o projeto evitaria gastos de abandono e moderar custos sistêmicos, além de prover segurança energética e confiabilidade para o sistema. O Plano Clima cita “altos custos de implantação” e “resistência pública” como barreiras ao avanço da fonte na matriz brasileira.”

Fonte: Eixos; 07/08/2025

Lula deve vetar parcialmente permissão autodeclaratória, maior polêmica do projeto do licenciamento

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve vetar parcialmente o ponto mais polêmico do projeto de lei do novo licenciamento ambiental, aprovado em julho pelo Congresso Nacional, que é a criação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC), uma licença autodeclaratória. Esse instrumento não depende de análise e aprovação de órgão ambiental para que uma obra ou projeto seja executado. Como antecipou o Valor, Lula deve sancionar a nova lei do licenciamento, com vetos pontuais ao texto, em edição do “Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (8), data limite. Hoje pela manhã ele já tratou dos possíveis vetos no Palácio do Planalto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva que, por sua vez, conduz uma série de outras reuniões internas em sua pasta neste momento para definição de detalhes finais. A intenção da área ambiental do governo era vetar integralmente a LAC como está previsto no texto aprovado pelo Congresso Nacional em julho. E, em seu lugar, propor uma medida provisória (MP) prevendo o novo mecanismo apenas para empreendimentos de baixo impacto ambiental. No entanto, os congressistas redigiram a proposta de uma maneira que não é possível vetar tudo de forma a permitir essa nova licença (autodeclaratória) apenas para projetos de menor impacto ao meio ambiente. Segundo uma fonte do governo, as equipes técnicas de Casa Civil e Meio Ambiente estão trabalhando. O texto que passou no Legislativo abrange também alguns projetos de “médio impacto” ambiental. Mas o Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive, já considerou inconstitucionais leis estaduais que tentaram implantar o LAC para obras de “médio impacto”.”

Fonte: Valor Econômico; 07/08/2025

Internacional

Tarifaço vai atrasar a transição energética – entenda o quanto

“A transição energética do mundo já estava fora do ritmo: mais devagar do que a urgência climática pede. Os tarifaços de Donald Trump vão piorar esse cenário, ao encarecer as tecnologias de energia renováveis. Um estudo da McKinsey fez os cálculos do impacto do aumento das políticas protecionistas dos Estados Unidos e União Europeia (UE) para protegerem seus mercados, especialmente da concorrência da China, maior fornecedora global de equipamentos de painéis solares, baterias e turbinas eólicas. A consultoria avalia que a adoção de tecnologias limpas deve continuar, mas que ela levará mais tempo e custará mais enquanto durarem as tarifas e quanto mais altas elas forem. Em um cenário de tarifas elevadas, os Estados Unidos veriam uma estagnação da participação de energias limpas em sua matriz energética em 49% após 2035, ante avanço para 69% na projeção sem o tarifaço. Na UE, ela atrasaria em dois anos, para 2037, a meta de atingir 86% de energia renovável na matriz elétrica. As tecnologias analisadas pelo estudo foram: energia solar, eólica em terra (onshore) e mar (offshore), carros elétricos e sistemas de armazenamento de energia por bateria (BESS, na sigla em inglês). Nessa briga, quem deve ganhar espaço é o gás natural, tanto nos EUA quanto na Europa, em detrimento de uma maior adoção de energias renováveis. Ele seria impulsionado pelo baixo custo e pelo aumento da demanda por energia. Com a escalada das tarifas, a participação do gás natural poderia chegar a 31% nos EUA em 2035.”

Fonte: Capital Reset; 07/08/2025

Governo Trump encerrará programa de subsídios de US$ 7 bilhões para energia solar

“A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) encerrará um programa de subsídios de US$ 7 bilhões da era Biden, que buscava expandir a energia solar para comunidades de baixa renda, disse o administrador Lee Zeldin em uma postagem no X na quinta-feira. “A EPA não tem mais autoridade para administrar o programa ou os fundos apropriados para manter esse desperdício vivo”, afirmou Zeldin em um vídeo postado. A Lei One Big Beautiful Bill, sancionada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no mês passado, eliminou a fonte de financiamento do programa, acrescentou o administrador. O cancelamento do programa “Solar for All” era amplamente esperado. Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump reduziu o apoio federal à energia solar e eólica, considerando os recursos renováveis caros e pouco confiáveis. Os subsídios foram concedidos em 2024, durante o governo do ex-presidente Joe Biden, a 60 grupos sem fins lucrativos, tribos e estados. Na época, a EPA afirmou que o programa atenderia quase 1 milhão de famílias na maioria dos estados dos EUA, reduzindo os custos de eletricidade e as emissões. Michelle Moore, CEO da organização sem fins lucrativos Groundswell, disse que o subsídio de US$ 156 milhões concedido à sua organização ajudaria a reduzir os custos de eletricidade para mais de 17.000 famílias em oito estados do sul, por meio da criação de projetos solares que atendem comunidades rurais. Ela expressou esperança de que o programa pudesse ser salvo.”

Fonte: Eixos; 07/08/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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