Radar ESG | Eletrobras (ELET3): Mudanças que vêm para o bem; melhorias ESG também estão por vir

Uma análise ESG dessa gigante

Neste relatório, trazemos uma visão sobre a agenda ESG da Eletrobras. Em linhas gerais, embora vejamos com bons olhos os esforços da empresa, reconhecemos que abordar a agenda ESG em uma companhia tão grande e complexa é um desafio. Nesse sentido, esperamos que o processo de privatização também desbloqueie avanços na agenda ESG, principalmente no que tange governança. No pilar E, vemos a Eletrobras bem posicionada para se beneficiar da transição energética (~97% de sua capacidade instalada é de fontes renováveis), enquanto notamos que a empresa está exposta à potenciais riscos relacionados ao estresse hídrico e biodiversidade. Na frente S, a Eletrobras está comprometida com o desenvolvimento do capital humano, enquanto notamos que a companhia enfrenta pressões relacionadas ao relacionamento com a comunidade. Por fim, no G, vemos como positivo que a melhoria da estrutura de governança já esteja em andamento, com um novo Conselho e a nova gestão marcando os primeiros passos dessa evolução.

Conteúdo exclusivo para clientes XP

A conta XP é gratuita. Abra a sua agora!

Cadastrar

Já é cliente XP? Faça seu login

Sou cliente
Sou assessor

Invista melhor com as recomendações
e análises exclusivas dos nossos especialistas.

(E) Contribuindo para a capacidade de energia limpa do Brasil, e buscando minimizar os riscos de biodiversidade. Neste pilar, destacamos quatro tópicos principais: (i) emissões de carbono, ressaltando que ~97% da capacidade instalada da Eletrobras vem de fontes limpas, com baixas emissões; (ii) oportunidade em energia renovável, dado o bom posicionamento da companhia para se beneficiar dessa tendência verde adiante; (iii) estresse hídrico, uma vez que 99% de suas operações são intensivas em água; e (iv) biodiversidade & uso da terra, com este sendo um dos principais riscos potenciais sob a ótica ESG, dada às operações de suas grandes usinas hidrelétricas.

(S) Uma importante fornecedora de energia, com esforços crescentes na relação com as comunidades. Na frente Social, analisamos: (i) desenvolvimento do capital humano, dado que a Eletrobras possui uma grande força de trabalho (10,5 mil colaboradores) e a privatização também traz mudanças neste tópico; e (ii) relações com a comunidade local, uma vez que as operações envolvem um número considerável delas.

(G) Gestão de primeira linha sustentando a evolução adiante. Com o processo de privatização concluído, destacamos os primeiros passos para aprimorar a governança: (i) potencial migração da ELET para o Novo Mercado, prevista para acontecer até o 1S23; (ii) mudança na gestão e conselho de administração, com Ivan Monteiro como Presidente, e Wilson Ferreira como novo CEO, além de executivos renomados e com backgrounds fortes no setor compondo a liderança da empresa; e (iii) mulheres representando 33% e 11% da Diretoria e Conselho de Administração da Eletrobras, respectivamente, colocando-a à frente de seus pares no setor.