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Mesmo com desafios, presidente da COP30 afirma que evento acontecerá em Belem e não existe outra alternativa | Café com ESG, 04/08

Petrobras busca adição energética e não transição; Impasse sobre sede da COP30

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE caindo 0,8% e 0,7%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território misto, com o IBOV recuando 0,5%, enquanto o ISE avançou 0,1%.

• No Brasil, (i) a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o momento atual é de adicionar novas formas de energia, e não substituir, afirmando que “em vez de transição energética, preferimos adição energética” – segundo ela, a companhia tem investido em projetos de captura e armazenamento de carbono, desenvolvimento de hidrogênio verde, SAF, além de retornar ao etanol; e (ii) André Corrêa do Lago, presidente da COP30, e Ana Toni, secretária-executiva da conferência, disseram que a cúpula climática acontecerá em Belém em novembro e que não existe outra alternativa – as declarações foram dadas durante reunião realizada pelo comando da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), no contexto da crise diplomática causada pelas opções de hospedagem a preços exorbitantes.

• No internacional, o Barclays abandonou a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), uma aliança climática global formada pelos principais bancos do mundo – o banco já havia discutido sua possível saída do grupo e estava avaliando as reações dos investidores à decisão do HSBC de deixar a aliança no mês passado, informou anteriormente o Financial Times.

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Brasil

Empresas

Petrobras participará de programa de incentivo a florestas produtivas

“A Petrobras vai aderir ao Programa Nacional de Florestas Produtivas, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O programa é agenda prioritária do governo federal na COP30 e visa à restauração agroflorestal, com integração entre lavoura, pecuária e floresta, e o incentivo a florestas produtivas, que permitem a recuperação de áreas degradadas com cultivos economicamente rentáveis como cacau, açaí, cupuaçu, maracujá. “Estamos muito felizes com essa parceria que vai ajudar a alavancar o Programa Florestas Produtivas. Esse programa tem como objetivo manter a floresta em pé, com a recuperação de áreas degradas e, ao mesmo tempo, garantir renda a quem vive nela com o incentivo de cultivo de alimentos rentáveis”, disse o ministro Paulo Teixeira, segundo nota da Petrobras. “Nós queremos recuperar a cobertura vegetal com espécies produtivas para desenvolver o meio rural. A Petrobras então entra agora nesse programa com toda força para a gente dar uma resposta brasileira ao tema climático. Hoje é um dia histórico”, avaliou Teixeira. O documento prevê a abertura de chamadas públicas para a contratação de projetos de recuperação de áreas degradadas ou alteradas na agricultura familiar e o uso de sistemas agroflorestais como tecnologia de base. A meta é recuperar no mínimo 4,5 mil hectares nos estados da Margem Equatorial, uma das fronteiras mais promissoras do país reconhecida pelo seu potencial petrolífero e de gás.”

Fonte: Eixos; 01/08/2025

Setor de construção civil avança na medição da pegada de carbono

“Diferentemente de temas como reuso de água, gestão de resíduos, eficiência energética e uso de madeira de reflorestamento, o carbono ainda é pouco abordado pela indústria da construção civil. Responsável por 32% do consumo de energia global e por 34% das emissões mundiais de dióxido de carbono (CO₂), o setor ainda enfrenta obstáculos para avançar na descarbonização. Um dos principais entraves é justamente a medição da pegada de carbono. Ao lado da indústria automotiva, a construção civil é uma das atividades que mais depende de uma cadeia ampla e diversificada de fornecedores. Sem informações precisas, identificar os gargalos é um desafio. “Com acesso a dados, fica mais fácil pensar em soluções”, comenta Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente de Meio Ambiente do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). No Brasil, segundo dados de 2023 do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, as edificações respondem por cerca de 7% das emissões totais do país. Para trazer o setor para a mesma página e incentivar a adoção da métrica, o SindusCon-SP, por meio de seu Comitê de Meio Ambiente (Comasp), lançou em dezembro de 2020 a calculadora de carbono CECarbon. Desenvolvida com apoio da Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, a ferramenta mede dois dos principais indicadores de impacto ambiental de uma obra: as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de energia (energia embutida).”

Fonte: Valor Econômico; 01/08/2025

Em vez de transição energética, preferimos adição energética, diz presidente da Petrobras

“A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta sexta-feira (1) que o momento atual é de adicionar novas formas de energia, e não substituir. “Em vez de transição energética, preferimos adição energética”, disse a executiva ao participar de evento na Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo Chambriard, o Brasil está em uma situação favorável em termos de matriz energética limpa em relação a outros grandes países, como a Índia. “Não somos negacionistas, carbono na atmosfera é ruim”, disse a executiva, afirmando que a companhia tem investido em projetos de captura e armazenamento de carbono e de desenvolvimento de hidrogênio verde. “Vamos fazer ainda combustível sustentável de aviação, o SAF, e estamos voltando ao etanol”, disse.”

Fonte: Valor Econômico; 01/08/2025

AGU destrava R$ 350 milhões do Fundo Amazônia para o Incra

“A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que desbloqueou R$ 350 milhões do Fundo Amazônia para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Esse valor havia sido retido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor do fundo, já que o Incra constava em lista de devedores da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), disse a AGU em nota. De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à recuperação ambiental em assentamentos da reforma agrária. Após atuação emergencial conjunta entre a Procuradoria Federal Especial junto ao Incra (PFE/Incra) e a Equipe de Cobrança Judicial da 1ª Região (EDCJUD1), ligada à Procuradoria-Geral Federal (PGF), a PGFN reconheceu a prescrição intercorrente da dívida, que ocorre quando a demandante perde o prazo para movimentar o processo. O Fundo foi criado em 2009 para atrair doações para projetos de combate ao desmatamento e uso sustentável na Amazônia Legal.”

Fonte: Valor Econômico; 01/08/2025

COP30 será em Belém e não há plano B, afirma presidência

““A COP será em Belém. O encontro de chefes de Estado será em Belém. E não há nenhum plano B”, afirmou o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, em conversa com jornalistas na tarde desta sexta-feira (1). Ana Toni, secretária-executiva da COP30, afirmou que não se pensam em alternativas “porque o governo acredita no plano A”, que é receber o maior evento climático global na capital paraense. As declarações foram dadas na esteira da crise diplomática causada pelas opções de hospedagem a preços exorbitantes. Em uma reunião realizada pelo comando da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC) esta semana, representantes de 25 países formalizaram a queixa em relação à dificuldade de encontrar hospedagem a preços que eles possam pagar. Também havia especulações de que o chamado segmento de alto nível pudesse ser realizado em outra cidade. Trata-se de dois dias em que chefes de Estado e governo vão à COP fazer discursos e manter conversas bilaterais. Essa parte do evento já havia sido movida para a semana anterior à COP por motivos logísticos – normalmente ela acontece nos primeiros dias da conferência. As reclamações apresentadas na reunião da ONU, que incluíram pedidos de transferência da COP30 para outra cidade, transformaram a logística da conferência em uma questão política, afirmou Corrêa do Lago.”

Fonte: Capital Reset; 01/08/2025

Internacional

Empresas

Barclays abandona aliança bancária global pelo clima

“O Barclays abandonou uma aliança climática global formada pelos principais bancos, tornando-se o segundo grande credor europeu a fazê-lo, após um êxodo de seus pares de Wall Street. A Net-Zero Banking Alliance (NZBA), lançada há mais de quatro anos, tem enfrentado dificuldades para manter seus membros desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que descreveu as mudanças climáticas como uma “farsa”. O Barclays havia discutido sua possível saída do grupo e estava avaliando as reações dos investidores à decisão do HSBC de deixar a aliança no mês passado, informou anteriormente o Financial Times. “Com a saída da maioria dos bancos globais, a organização não tem mais membros para apoiar nossa transição”, afirmou o Barclays em comunicado na sexta-feira. O banco ressaltou que continua comprometido com seu plano de atingir emissões líquidas zero até 2050. Estimou que a receita proveniente de “atividades sustentáveis e relacionadas à transição” foi de cerca de £ 500 milhões no ano passado e destacou que considera a transição energética “uma importante oportunidade comercial”. No entanto, o Barclays foi o maior financiador de combustíveis fósseis na Europa no ano passado, aumentando suas atividades em 55%, para US$ 35,4 bilhões, segundo um relatório anual de ativistas climáticos.”

Fonte: Financial Times; 01/08/2025

Desenvolvedores de projetos de carbono pedem revisão do procedimento de reclamações

“Dezenas de desenvolvedores de projetos de carbono estão solicitando aos registros que estabelecem padrões para o mercado voluntário de carbono que reformulem seus procedimentos de reclamação, após vários casos de grande repercussão que abalaram a confiança no setor. O mercado voluntário de carbono, que permite às empresas comprar créditos para compensar suas emissões, tem sido alvo de crescente escrutínio, com muitos grupos ambientalistas afirmando que ele gera créditos “sem valor” que possibilitam às empresas praticar “greenwashing”. No entanto, os defensores do setor argumentam que as reclamações sobre os projetos — que em alguns casos levaram registros como o Verra, sediado nos Estados Unidos, a impedir a geração de créditos — estão causando danos injustos ao setor como um todo e atrasando fontes vitais de financiamento para iniciativas ambientais e climáticas. O Fórum de Desenvolvedores de Projetos, que representa mais de 60 projetos de carbono do Quênia a Cingapura, afirmou que os procedimentos atuais de reclamação não oferecem uma maneira eficaz para os desenvolvedores se defenderem de supostos delitos antes que eles sejam tornados públicos. “Você vê muitos projetos sendo suspensos, e isso se torna público muito rapidamente”, disse o presidente do fórum, Nick Marshall, à Reuters. “A integridade não é negociável, mas a forma como lidamos com as alegações e respondemos a elas é igualmente importante.””

Fonte: Reuters; 04/08/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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