Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território levemente positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,4% e 1,0%, respectivamente.
• No Brasil, a Petrobras informou ontem que recebeu indicações da União Federal e de acionistas minoritários para a eleição de membros do conselho de administração que acontecerá na assembleia do dia 16 de abril - em destaque, a União, indicou a recondução de Pietro Adamo Sampaio Mendes como presidente do conselho de administração, além de propor Magda Chambriard, diretora-presidente da estatal, ao colegiado.
• Ainda no país, (i) o BNDES aprovou ontem um financiamento no valor de R$ 241,8 milhões para o grupo Stellantis investir na produção de veículos híbridos e elétricos no Brasil - o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, disse que o projeto traz para o país novas tecnologias de hibridização e eletrificação de veículos; e (ii) segundo a produtora de biodiesel Binatural, a demanda de distribuidoras de combustíveis para suspender a mistura de biodiesel no diesel, por até 90 dias, resultaria na retirada do mercado de 2,4 bilhões de litros do biocombustível - além disso, o pedido ainda resultaria no aumento das emissões de CO2 em 4,5 milhões de toneladas e maior consumo de diesel fóssil.
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Brasil
Empresas
Associações vão contribuir para grupo de trabalho do governo sobre cortes de geração
"Associações que representam geradores serão convidadas para debater soluções para os cortes de geração, definiu a primeira reunião do grupo de trabalho para combater o curtailment, realizada nesta quinta-feira (13/3). São esperadas as participações da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), que tentam conseguir ressarcimentos para os cortes de geração por meio de ações judiciais. A Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), representante das hidrelétricas, já manifestou interesse em debater o tema, pois alega sofrer com interrupções de carga. O grupo vai formular um plano de trabalho. Haverá ainda um nivelamento sobre as regras e procedimentos utilizados atualmente para lidar com o curtailment. As reuniões serão semanais, preferencialmente via internet. O grupo de trabalho é vinculado ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e tem representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Por parte do MME participam a Secretaria Nacional de Energia Elétrica, que coordena os trabalhos, e a Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento. Na última reunião do CMSE, realizada na quarta-feira (12), os órgãos debateram a instalação de três compensadores síncronos, equipamentos que estabilizam as cargas em subestações."
Fonte: Eixos; 13/03/2025
Pausa no mandato de biodiesel aumentaria emissões em 4,5 milhões de tCO2, estimam produtores
"A demanda de distribuidoras de combustíveis para suspender a mistura de biodiesel no diesel, por até 90 dias, resultaria na retirada do mercado de 2,4 bilhões de litros do biocombustível, aumentando as emissões de CO2 em 4,5 milhões de toneladas pelo maior consumo de diesel fóssil, calcula a produtora de biodiesel Binatural. Na quarta (12/3), o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) pediu à ANP a suspensão temporária da obrigatoriedade de adição de biodiesel ao diesel B. O pedido requer, ainda, a possibilidade de que o combustível seja vendido com composição 100% fóssil. A justificativa da entidade é ampliar a fiscalização da mistura para o consumidor e evitar a participação de empresas que não cumprem todas as regras do setor. Em nota enviada à agência eixos, representantes do grupo que soma capacidade instalada de 600 milhões de litros em usinas em Goiás e na Bahia argumentam que a suspensão do mandato não é a solução para os desafios de fiscalização do setor. “A adulteração de combustíveis é um problema sério e precisa ser combatida com medidas eficazes, como o fortalecimento da fiscalização e a punição rigorosa dos infratores, sem comprometer uma política pública essencial para a sustentabilidade e a segurança energética do Brasil”, diz a Binatural. A empresa aponta que além de reduzir emissões, a produção de biodiesel gera empregos e fortalece a economia nacional. E que o impacto da paralisação na mistura pode ter um impacto sobre 16 milhões de empregos diretos e indiretos desde indústria até agricultura familiar."
Fonte: Eixos; 13/03/2025
BNDES aprova R$ 241,8 milhões para que Stellantis invista em veículos híbridos e elétricos
"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nesta quinta-feira (13), financiamento de R$ 241,8 milhões para o grupo Stellantis investir na produção de veículos híbridos e elétricos no Brasil. A empresa pretende desenvolver três arquiteturas híbridas, combinando motor a combustão flex (que pode ser abastecido com gasolina ou etanol) e elétrico. O presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, disse que o projeto traz para o Brasil tecnologias de hibridização e eletrificação de veículos. “O desenvolvimento dessa tecnologia no país, unindo o motor elétrico ao etanol, atende às necessidades locais, gera empregos e abre mercados para a exportação”, frisou. O diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luis Gordon, acrescentou que o banco busca fomentar projetos de descarbonização e que faz parte das missões da nova política industrial do governo federal. “O investimento em inovação é uma das missões da nova política industrial do governo federal, que também busca apoiar projetos de descarbonização para tornar as empresas brasileiras mais competitivas e mais sustentáveis”, afirmou. O grupo Stellantis é responsável pelo conglomerado automotivo que reúne 14 marcas (Fiat, Jeep, RAM, Citroën, Peugeot, Abarth, Opel, DS Automobiles, Vauxhall, Alfa Romeo, Lancia, Maserati, Chrysler e Dodge). Em nota, o BNDES informou que a implementação do projeto deve gerar 400 empregos diretos e 2 mil indiretos."
Fonte: Valor Econômico; 13/03/2025
Petrobras recebe indicações da União e dos minoritários para seu conselho de administração
"A Petrobras informou nesta quinta-feira (13) que recebeu indicações da União Federal e de acionistas minoritários para a eleição de membros do conselho de administração que acontecerá na assembleia do dia 16 de abril. A União, que é o acionista controlador da Petrobras, indicou a recondução de Pietro Adamo Sampaio Mendes como presidente do conselho de administração. Também propôs a recondução de Magda Chambriard, diretora-presidente da estatal, ao colegiado. José Fernando Coura, Benjamin Alves Rabello Filho e Ivanyra Maura de Medeiros Correia foram os novos nomes indicados pela União ao colegiado. Além deles, propôs o retorno de Renato Campos Galuppo, Rafael Ramalho Dubeux e Bruno Moretti. Já os acionistas minoritários propuseram a recondução de José João Abdalla Filho e as indicações de Aloisio Macário Ferreira de Souza e Thales Kroth de Souza para o conselho caso o voto múltiplo seja adotado. Francisco Petros Oliveira Lima Papathanasiadis e Jerônimo Antunes seguirão como conselheiros eleitos pelos acionistas minoritários, detentores de ações ordinárias e preferenciais, por votação em separado ocorrida na assembleia do ano passado. Rosangela Buzanelli Torres continuará como representante dos empregados da Petrobras no conselho de administração, com mandato até 2026, informa a companhia em comunicado. A Petrobras recebeu também nesta quinta-feira as indicações da União Federal e de acionistas minoritários para a eleição de membros do conselho fiscal, também prevista para a assembleia de 16 de abril."
Fonte: Valor Econômico; 13/03/2025
Política
COP30 antecipa reunião de líderes por falta de estrutura em Belém
"A reunião de líderes 30ª sessão da Conferência das Partes, a COP30, será antecipada para os dias 6 e 7 de novembro de 2025, uma antecipação em comparação à data oficial de início da conferência. O anúncio foi feito nesta quinta (13) por Valter Correia, secretário extraordinário para a conferência. O Brasil sediará a COP30 em novembro de 2025, em Belém-PA, entre 10 e 21 de novembro. Contudo, a organização do evento vinha recebendo críticas devido à falta de estrutura hoteleira da capital paraense – sobretudo de acomodações de luxo – para receber um evento que espera 50 mil visitantes. A resposta da organização para o problema, a fim de distribuir melhor o fluxo de pessoas, foi antecipar a reunião dos líderes – que tradicionalmente acontece na véspera do início das conferências. Segundo estimativas compartilhadas nos últimos dias, a expectativa é reduzir o fluxo de pessoas durante a COP30 para 30 mil. Em comunicado, Valter Correia disse que esta é uma decisão do Brasil e permitirá mais tempo para organizar melhor a abertura do evento, “sem a pressão da rede hoteleira”. Recentemente, o embaixador e presidente designado da COP30, André Corrêa do Lago, defendeu a escolha da cidade sede. “Ninguém escolheu Belém porque era uma cidade brasileira que tinha muitos hotéis. O presidente da República escolheu Belém porque está na Amazônia e é de um simbolismo imenso”, afirmou. Reservas de hotéis e imóveis em Belém para o período da COP30 estão com preços exorbitantes. Em uma busca rápida feita pela reportagem do InfoMoney, é possível ver a diferença de preços nos aluguéis na plataforma Airbnb."
Fonte: InfoMoney; 13/03/2025
Internacional
Empresas
Citando ‘adoção lenta’, outra empresa de energia limpa vai à lona na Europa
"A Green Hydrogen Systems (GHS), uma fabricante dinamarquesa de equipamentos para a produção de hidrogênio verde, vai entrar com um pedido de recuperação judicial, em mais um sinal do colapso do setor de energia limpa nos países nórdicos. No final do ano passado, a sueca Northvolt AB e a dinamarquesa Better Energy também já foram à bancarrota. A GHS tentou levantar 300 milhões de coroas dinamarquesas para salvar sua operação da recuperação judicial, mas não atraiu investimentos. Num comunicado ao mercado, a direção da companhia disse estar enfrentando uma “adoção de tecnologia significativamente mais lenta do que o esperado.” A GHS fabrica eletrolisadores, essenciais para a produção do hidrogênio verde. Lançada na Bolsa de Copenhague em 2021 como uma promessa no setor, as ações da GHS já haviam caído 90% desde o pico – e sofreram nova queda de 90% após o anúncio da reestruturação. Antes hypada, a energia limpa vem trazendo prejuízos aos investidores nos países nórdicos. O colapso da Better Energy, que desenvolve parques solares, afetou o Sydbank A/S, o terceiro maior banco listado da Dinamarca, que reduziu seu guidance para 2024 e pode enfrentar perdas de 450 milhões de coroas. Dono de 15% da Better Energy, o ATP, o maior fundo de pensão dinamarquês, também terá prejuízos significativos O fundo investiu 696 milhões de coroas na empresa em 2022. O ATP já havia comunicado perdas de 2,3 bilhões de coroas em função do pedido de Chapter 11 da Northvolt, que produz baterias para veículos elétricos."
Fonte: Brazil Journal; 13/03/2025
Termina julgamento em Londres contra BHP por barragem rompida em Mariana
"Terminou nesta quinta-feira (13) o julgamento de mérito em Londres da ação contra a mineradora BHP, pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015, que culminou na morte de 19 pessoas e uma tragédia ambiental sem precedentes no país. A sentença deve ser anunciada nos próximos meses. O escritório Pogust Goodhead, que representa as vítimas, espera que uma decisão saia em junho ou julho deste ano. Caso seja favorável às vítimas, a expectativa é que o processo entre em uma segunda fase, entre outubro de 2026 e março de 2027, sobre o valor das indenizações. Em seguida, haveria uma terceira etapa, ainda sem data, na qual cada reclamante precisará provar seus danos individuais antes que qualquer pagamento seja feito, o que pode ocorrer após 2028. O escritório informou que, se ganhar a causa, vai pedir a antecipação de parte do pagamento da indenização para as vítimas, para que elas recebam a partir de 2026. Nesta semana, as duas partes apresentaram suas considerações finais. A BHP é sócia da Vale na Samarco, que operava a barragem em Mariana. Na ação, 630 mil pessoas afetadas pelo rompimento da barragem pedem indenizações, avaliadas em 36 bilhões de libras (mais de R$ 268 bilhões). Se uma das partes decidir apelar da sentença, pode ser aberto um novo processo. Durante o julgamento, a BHP alegou que prestou assistência financeira a 432 mil pessoas, além de empresas e comunidades indígenas, junto com Vale e Samarco. As ações de indenização e reparação ficaram a cargo da Fundação Renova."
Fonte: Valor Econômico; 13/03/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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