Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE caindo 2,4% e 3,6%, respectivamente.
• No Brasil, (i) após a Petrobras anunciar, na semana passada, o plano de criar uma joint venture para voltar a atuar no mercado de etanol, o diretor de transição energética, Mauricio Tolmasquim, disse ontem que a companhia deverá ter até 50% da nova empresa a ser criada – Tolmasquim disse ainda que não tem data para anunciar a parceria, mas que deve acontecer no ano que vem; e (ii) a Susep publicou ontem uma nova resolução que estabelece os critérios para as seguradoras e entidades abertas de previdência complementar classificarem seus produtos como sustentáveis – segundo o texto, as seguradoras somente poderão classificar um seguro como ESG se as coberturas oferecidas forem capazes de provar que geram benefícios climáticos ou sociais aos beneficiários.
• No internacional, diplomatas de quase 200 países irão se reunir em Roma, entre os dias 25 e 27 de fevereiro, para tentar finalizar a COP da Biodiversidade, suspensa no início de novembro em Cali, na Colômbia – a COP16 deveria ter sido encerrada na noite de 1º de novembro, mas a sessão foi suspensa à medida que a sala de reuniões foi se esvaziando frente ao impasse nas negociações.
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Brasil
Empresas
Inteligência artificial pode diminuir custos da transição energética, afirma Chicão Bulhões
“A inteligência artificial será uma aliada importante na transição energética, sendo importante para ajudar a reduzir custos no setor, na visão do head de relações institucionais da Prio, Chicão Bulhões. Em participação no evento IA e o Futuro da Energia, realizado pela agência eixos na quarta-feira (26/11), Bulhões apontou que existem contradições, já que a inteligência artificial generativa deve aumentar o consumo de energia, em um momento em que o mundo discute a descarbonização. Mesmo assim, o executivo entende que as pautas são codependentes e podem passar pelas soluções do futuro. “Pela quantidade de dinheiro que o mundo está investindo para a inteligência artificial, acho que isso vai viabilizar soluções energéticas que ainda não estamos vendo. Isso vai nos ajudar imensamente no combate às mudanças climáticas, imensamente na transição energética, que irá ocorrer muito com o norte de sustentabilidade, para viabilizar principalmente a inteligência artificial”, disse. O head de relações institucionais da Prio vê a preocupação mais presente com as aplicações da inteligência artificial, mas aponta que as discussões sobre os eventos climáticos devem estar no centro do debate. “O motorzinho econômico que as pessoas estão vendo é a inteligência artificial. Com todo respeito, acho que as pessoas estão originalmente menos preocupadas com o clima e mais preocupadas em viabilizar a inteligência artificial. Porém, fazer isso ao longo do caminho de uma maneira sustentável e de uma maneira que não prejudique o meio ambiente, que, ainda bem, acho que isso é um bom momento da humanidade”, afirmou.”
Fonte: Eixos; 28/11/2024
Empresa alemã inaugura nova fábrica de geradores de hidrogênio em Minas Gerais
“O grupo alemão Neuman & Esser (NEA) inaugurou, nesta quarta (27/11), uma nova unidade de fabricação de geradores de hidrogênio de baixo carbono, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Com investimento de R$ 70 milhões, a nova unidade espera aumentar a produção de eletrolisadores do tipo PEM em até sete vezes, com capacidade de produzir até 70 MW/ano. Os equipamentos são utilizados para a produção do hidrogênio verde, com a eletrólise da água a partir de eletricidade de fontes renováveis. Além disso, a fábrica também vai expandir a capacidade de produção de compressores de gases industriais, como hidrogênio e carbono, e de reformadores – equipamentos para produção de hidrogênio a partir da reforma de biogás e de etanol, por exemplo. O diretor presidente do Grupo NEA no Brasil, Marcelo Veneroso, explica que os planos da companhia são de mais expansão nos próximos anos, para atender ao mercado internacional. “Estamos preparados para expandir conforme o mercado de hidrogênio de baixo carbono evolui no Brasil e na América Latina. Nossa estratégia de fortalecimento abrange quatro frentes de atuação: fabricação de unidades compressoras para gases, sistemas de moagem e classificação de materiais sólidos, geradores de hidrogênio e serviços especializados”, explica Veneroso. A empresa detém a Hytron, e é a única que produz eletrolisadores no Brasil. Em meio a debates sobre os incentivos federais para projetos de hidrogênio no país, a Hytron defende uma política que priorize a indústria brasileira, com a exigência de um percentual mínimo de equipamentos e serviços de origem nacional para acesso aos subsídios do governo.”
Fonte: Eixos; 28/11/2024
Participação em nova empresa de etanol deve ser de até 50%, diz Petrobras
“O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse, nesta quinta-feira (28), que estatal deverá ter até 50% da nova empresa a ser criada pela estatal junto a um parceiro para produzir etanol. A Petrobras anunciou, na semana passada, o plano de criar uma joint venture para voltar a atuar no mercado de etanol. A companhia diz que ainda está em conversa com potenciais parceiros, mas não divulga quem são. Segundo Tolmasquim, que participou de evento da Missão Belga no Brasil, na Casa Firjan, a ideia é que a Petrobras tenha participação de até 50% na nova empresa para um comando compartilhado: “Queremos que seja uma empresa privada, mas também queremos ter participação na gestão. Vamos manter no setor privado para ter facilidades e agilidade.” Questionado, o diretor da Petrobras disse que a parceria não deve ser construída por meio da PBio, a Petrobras Biocombustíveis, subsidiária da estatal do segmento de biocombustíveis. A empresa foi retirada do plano de vendas da Petrobras, conforme anunciado em 6 de novembro. Tolmasquim diz que ainda não tem data para anunciar a parceria no etanol, mas que deve acontecer no ano que vem. Na sexta-feira (22), a Petrobras apresentou o plano estratégico 2025-2029, em que prevê investir R$ 2,2 bilhões em projeto de etanol. Na ocasião, Tolmasquim informou que a estimativa preliminar é que a companhia produza 2 bilhões de litros de etanol por ano.”
Fonte: Valor Econômico; 28/11/2024
Projetos jurisdicionais e as oportunidades do mercado de carbono brasileiro
“Depois de muita espera e impasses, a regulamentação do mercado de carbono brasileiro foi aprovada no dia 19 de novembro. O texto, que agora só precisa da sanção presidencial, é um substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 182/24 e será implementado de forma gradual ao longo de seis anos. O Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) permitirá a negociação de Cotas Brasileiras de Emissão (CBE) e de certificados de redução ou remoção verificada de emissões (CRVE). O avanço da pauta nos remete às discussões das quais participamos durante a 2ª Conferência Brasileira Clima e Carbono, ocorrida em outubro, em São Paulo, que teve entre os principais temas a integração entre projetos privados de carbono e programas jurisdicionais, com ênfase nas iniciativas de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal). A abordagem jurisdicional busca harmonizar esforços de redução de emissões em níveis nacional, regional e local, assegurando que políticas, projetos e ações de conservação e redução da degradação florestal sejam coordenados entre diferentes setores e níveis de governança. Os projetos REDD+ são iniciativas de alta complexidade socioambiental e seu sucesso depende de diretrizes claras para transações de emissões e de um ambiente forte para valorização da biodiversidade, das comunidades e da floresta, tendo como consequência o fortalecimento deste mecanismo de precificação de carbono, de importância estratégica para o Brasil. Normas consistentes para contabilizar, de forma íntegra, reduções de emissões criam oportunidades ao endereçar críticas quanto à integridade do mecanismo e mitigar riscos de dupla contagem.”
Fonte: Valor Econômico; 28/11/2024
Carros elétricos chineses conquistam espaço no Brasil e trazem investimentos
“A indústria automobilística brasileira passa por uma transição com a chegada dos investimentos chineses no setor, especialmente no segmento de elétricos. A produção local ainda está em fase inicial. As fábricas das duas marcas que aportaram no país, BYD e GWM, lançarão seus primeiros modelos em 2025, mas os números relativos à importação de veículos eletrificados dão o tom do que está por vir. Em 2021, 3% dos carros elétricos importados eram chineses; em 2022, a participação chegou a 22%; em 2023, saltou para 59%; e nos primeiros nove meses de 2024, já representa 87%. Em termos de investimentos, só no ano passado, o setor respondeu por US$ 568 milhões, ou 33% do total aportado pela China no Brasil, de US$ 1,73 bilhão, um ganho de participação de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior, conforme levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). A maior parte desses valores se refere aos investimentos da GWM (Great Wall Motors) em sua fábrica em Iracemápolis (SP), na antiga instalação da Mercedes-Benz, e da BYD, que passou a ocupar o complexo industrial da Ford em Camaçari (BA) para produzir veículos elétricos e híbridos e processar lítio e ferro fosfato. Em pouco tempo, saíram do país duas grandes e tradicionais marcas globais, uma europeia e outra americana, e entraram dois gigantes chineses. Além deles, a GAC (Guangzhou Automobile Group) anunciou há poucos meses sua chegada ao Brasil para produzir veículos eletrificados, com investimento inicial de US$ 1 bilhão. Outras marcas do país asiático, como Geely e Changan, que estão na fronteira de inovação e do transporte mais sustentável, declararam que avaliam o Brasil.”
Fonte: Valor Econômico; 29/11/2024
Minerais críticos à descarbonização são ponte entre China e Brasil em busca da transição energética
“A China é o maior comprador do minério de ferro brasileiro. Em 2023, o Brasil exportou 259,38 milhões de toneladas para o país asiático, um aumento de 9,7% em relação a 2022, no valor de US$ 19,58 bilhões. A principal fornecedora é a Vale. O retrato mostra um negócio vigoroso – mas grandes oportunidades aguardam atenção em outros segmentos. O Brasil tem potencial para fornecer minerais críticos à descarbonização e transição energética, uma prioridade estratégica da China. Isso pode impulsionar futuros investimentos diretos chineses, afirmam especialistas. Afonso Sartório, da EY, aponta que a exportação de minério de ferro continuará sendo o carro-chefe, mas que a exploração de lítio e de outros minerais críticos deverá crescer. “Não será equivalente em valor à exportação de minério de ferro, mas poderá se aproximar. O Brasil tem reservas significativas de bauxita, grafita, nióbio, cobre e níquel”, afirma. Empresas brasileiras podem aproveitar esse interesse também em negócios em outros países. Na Indonésia, a China liderou os investimentos em 2023, num total de US$ 6,8 bilhões, e a mineração representou metade disso. Um projeto de destaque, voltado à produção de materiais para baterias elétricas, tem a Vale e a chinesa Zhejiang Huayou como parceiras. Para o consultor Luís Fernando Madella, os minerais de terras raras são outro foco de interesse da potência asiática. Esses 17 elementos, de extração complexa, são fundamentais para as indústrias de baterias e energia. Minas Gerais, Goiás e Amazonas possuem jazidas relevantes.”
Fonte: Valor Econômico; 29/11/2024
China precisa do biocombustível brasileiro para diversificar suas fontes de energia
“A China, maior emissora mundial de gases de efeito estufa, enfrenta o desafio de reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e diversificar suas fontes de energia. A potência asiática é a quarta maior produtora de biocombustíveis do mundo – atrás de Estados Unidos, Brasil e União Europeia – e investiu bilhões de dólares nos últimos anos para ampliar a produção. O biodiesel é predominantemente usado no país para a geração de energia elétrica, em embarcações de pesca e no maquinário agrícola, com o transporte rodoviário respondendo por cerca de um terço da demanda total, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Informações sobre a produção de outros tipos de biocombustível, como biobutanol e diesel renovável, são limitadas, o que para a IEA reflete uma “lacuna no desenvolvimento desse setor”. Embora exporte biodiesel (feito principalmente de óleo de cozinha reciclado), o mercado interno chinês é pequeno em relação à economia. Nos últimos anos, o país deu mais importância à eletrificação. Mas o governo lançou em março deste ano um plano para incentivar o uso interno de combustíveis renováveis – haverá um plano-piloto, com participação de 22 cidades (incluindo metrópoles como Pequim e Cantão). A mudança deverá ocorrer principalmente em veículos comerciais, frotas de ônibus e pequenas embarcações. A China também vem importando etanol. Tudo isso é visto por muitos empresários brasileiros como uma oportunidade. “Existe um enorme potencial. A China está empenhada em reduzir suas emissões de carbono e é um mercado promissor para o biocombustível brasileiro”, afirma Henrique Berbert de Amorim Neto, presidente da Fermentec e do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla).”
Fonte: Valor Econômico; 29/11/2024
Política
Nova resolução estipula critérios para seguros e planos de previdência sustentáveis
“Uma nova resolução que estabelece os critérios para as seguradoras e entidades abertas de previdência complementar classificarem seus produtos como sustentáveis foi publicada nesta quinta-feira (28) pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que regula e fiscaliza o mercado seguros. Segundo o texto, as seguradoras somente poderão classificar um seguro como sustentável e usar referências a fatores climáticos, ambientais e sociais (como ESG, ASG, ambiental, verde, social ou sustentável) se as coberturas oferecidas ou bens, direitos e garantias segurados forem capazes de gerar benefícios climáticos, físicos ou de transição, ambientais ou sociais aos segurados, aos beneficiários ou à sociedade civil. Já os planos com cobertura por sobrevivência de seguros de pessoas e de previdência complementar aberta poderão ser classificados como sustentáveis se todos os correspondentes Fundos de Investimento Especialmente Constituídos (FIEs) em que estejam aplicados os recursos da Provisão Matemática de Benefícios a Conceder (PMBAC) seguirem a regulação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para classificação de fundos com essa mesma temática. Veja os critérios que serão utilizados para classificar os tipos de benefícios gerados: (i) benefícios climáticos físicos: resultados positivos ou vantagens que resultam da implementação de ações, políticas, tecnologias ou práticas que contribuem para evitar ou mitigar perdas ocasionadas por eventos associados a intempéries frequentes ou severas, ou a alterações ambientais de longo prazo, que possam ser relacionadas a mudanças em padrões climáticos.”
Fonte: InfoMoney; 28/11/2024
Regulamentação do Combustível do Futuro deve olhar para financiamento do SAF, defendem especialistas
“A regulamentação do programa Combustível do Futuro, que busca descarbonizar o setor de transportes no Brasil, incluindo aéreo, deve viabilizar fontes de financiamento para a produção em larga escala de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e outros biocombustíveis, defenderam agentes do setor nesta quarta (27/11). O programa estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em voos domésticos por meio do uso de SAF, começando por 1% em 2027 até chegar a 10% em 2037. O início do mandato no Brasil coincide com a entrada em vigor do Corsia, um acordo da indústria internacional para obrigar a compensação de emissões de carbono para voos internacionais, com ênfase no uso de SAF. Durante workshop promovido pelo Ministério de Minas e Energia sobre a regulamentação para SAF e diesel verde, especialistas alertaram que, sem medidas de incentivo, o custo desses combustíveis pode impactar o preço das passagens aéreas e limitar o acesso ao transporte aéreo no país. Mariana Pescatori, secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, pontuou que é preciso resolver questões tributárias e fiscais de forma a criar um arcabouço financeiro que viabilize a produção de SAF no país. “Temos uma preocupação muito grande de, na regulamentação, trazermos formas de financiamento para o setor. Temos que trazer à mesa o Ministério da Fazenda […] Discutimos essa semana a questão de incentivos tributários para que possamos fazer a escala da produção. O que nos vai ser exigido é trazer para o setor mecanismos de financiamento para que possamos efetivamente escalar a produção e tornar isso viável”.”
Fonte: Eixos; 28/11/2024
Ministro propõe parceria com Galp para impulsionar biocombustíveis brasileiros em Portugal
“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, propôs ao presidente global da empresa de energia portuguesa Galp, em visita ao país europeu, uma parceria estratégica para impulsionar o mercado de biocombustíveis brasileiros em Portugal, informou a pasta em nota. O foco do encontro entre Silveira e Filipe Silva, nesta quinta-feira, foi a promoção de biocombustíveis brasileiros, como etanol, biodiesel e combustível sustentável de aviação (SAF), e o alinhamento das metas de transição energética de ambos os países. “Essa visita é um passo fundamental para aproximarmos o Brasil de investidores internacionais comprometidos com a sustentabilidade e com a inovação. A Galp tem um portfólio robusto e sabemos que suas tecnologias podem ser um diferencial para avançarmos em nossas metas ambientais”, afirmou Silveira na nota. A Galp já é importante parceira da Petrobras, tendo fatia em Tupi, o maior campo produtor de petróleo do Brasil, na Bacia de Santos. A proposta do ministro inclui a colaboração da Galp na introdução dos biocombustíveis na matriz energética portuguesa, atendendo às exigências europeias de descarbonização. Silveira também pediu apoio da empresa portuguesa para consolidação do acordo comercial Mercosul-União Europeia, previsto para este ano. Segundo o ministro, o acordo vai garantir aumentos nos investimentos de energia limpa e renovável, bem como integração econômica e fortalecimento da indústria e inovação, contribuindo diretamente para acelerar a transição energética. “Não existem barreiras para o CO2, o acordo Mercosul-UE é essencial para garantirmos os investimentos na nova economia, a economia verde, salvaguardando o planeta”, afirmou.”
Fonte: Reuters; 28/11/2024
Internacional
Empresas
Boom de veículos elétricos na China ameaça derrubar a demanda global por gasolina
“De carregadores Tesla nas antigas vielas que cercam a Cidade Proibida em Pequim a solitários pontos de descanso em rodovias com postos de recarga nos desertos do Oeste do país, os sinais da eletrificação da frota de transportes da China – e do fim da gasolina – estão por toda parte. Agora, de acordo com as estatísticas oficiais, as vendas de veículos elétricos e híbridos na China de fato atingiram um ponto de inflexão. Eles foram responsáveis por mais da metade das vendas de veículos de passageiros no varejo nos quatro meses a partir de julho, de acordo com a China Passenger Car Association, uma tendência que pode fazer com que o apetite por combustíveis de transporte entre em declínio, o que terá um grande impacto no mercado de petróleo. O aumento mais rápido do que o esperado dos veículos elétricos mudou a opinião dos analistas de petróleo das principais empresas de energia, bancos e acadêmicos nos últimos meses. Diferentemente dos EUA e da Europa – onde os picos de consumo foram seguidos por longos platôs – espera-se que a queda na demanda do maior importador de petróleo do mundo seja mais acentuada. A corretora CITIC Futures prevê que o consumo chinês de gasolina cairá de4% a 5% ao ano até 2030. “O futuro está chegando mais rápido na China”, disse Ciaran Healy, analista de petróleo da Agência Internacional de Energia em Paris. “O que estamos vendo agora são as expectativas de médio prazo chegando antes do previsto, e isso tem implicações para o formato do crescimento da demanda chinesa e global durante o resto da década.””
Fonte: Bloomberg Línea; 28/11/2024
Política
COP da Biodiversidade será retomada em fevereiro
“Diplomatas de quase 200 países irão se reunir em Roma, entre os dias 25 e 27 de fevereiro, para tentar finalizar a COP da Biodiversidade, suspensa no início de novembro em Cali, na Colômbia. A reunião acontecerá na sede da FAO, organização da ONU para Alimentação e Agricultura. A COP16 deveria ter sido encerrada na noite de 1º de novembro, mas os delegados viraram a madrugada debatendo aspectos de financiamento para a natureza. À medida que a sala de reuniões foi se esvaziando, a sessão foi suspensa na manhã do dia 2 por falta de quórum. Ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia e presidente da COP16, Susana Muhamad disse que irá trabalhar nas próximas semanas junto às partes para garantir que os objetivos e metas do Marco Global da Biodiversidade (o ‘Acordo de Paris da natureza’) seja traduzido em ações tangíveis. “Garantir financiamento adequado e previsível será fundamental para nossos esforços, permitindo mudanças transformadoras para a biodiversidade e, ao mesmo tempo, garantindo benefícios para comunidades e ecossistemas”, afirmou a ministra, em nota. A secretária-executiva da Convenção de Diversidade Biológica (CDB) da ONU, Astrid Schomaker, disse que o rápido acordo para retomar as discussões ainda no início de 2025 “reflete a determinação de manter o ímpeto e garantir a implementação bem-sucedida do Marco Global”. A presidência da COP16 foi alvo de críticas pela falta de habilidade em conduzir as negociações de pontos sensíveis, de acordo com fonte próxima ao tema.”
Fonte: Capital Reset; 28/11/2024
Indonésia se compromete a introduzir o biodiesel B40 no dia 1º de janeiro, diz ministro
“A Indonésia continua comprometida em iniciar a implementação de uma mistura obrigatória de 40% de biodiesel com combustível à base de óleo de palma, ou B40, em 1º de janeiro do próximo ano, disse o ministro da economia na sexta-feira. A Indonésia, o maior produtor mundial de óleo de palma, atualmente usa o B35, uma mistura de 35% de biodiesel à base de óleo de palma. O ministro Airlangga Hartarto disse que a implementação do B40 foi a “contribuição concreta da Indonésia para o mundo”, pois poderia reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 40 milhões de toneladas métricas. Ele também disse que a agência de fundos de óleo de palma da Indonésia seria capaz de financiar a diferença entre o custo do combustível à base de óleo de palma e o combustível fóssil. O B40 aumentará o uso de óleo de palma da Indonésia para biodiesel para 13,9 milhões de toneladas métricas, em comparação com os 11 milhões de toneladas estimados para este ano com o B35, segundo estimativa anterior da associação de produtores de biocombustíveis da Indonésia, a APROBI.”
Fonte: Reuters; 29/11/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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