Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou a semana passada em território positivo, com o Ibovespa subindo 0,3% e o ISE 0,29%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,01%), enquanto o ISE avançou 0,16%.
• No Brasil, a Petrobras está avaliando um ingresso estratégico na Raízen como parte de sua retomada no mercado de etanol, segundo informações do jornal O Globo – a estatal pondera formatos diversos, como a participação apenas como sócia ou adquirir ativos específicos, com decisão prevista ainda para 2025.
• No internacional, (i) o Departamento do Tesouro dos EUA divulgou na sexta-feira regras mais rígidas sobre como projetos de energia solar e eólica podem se qualificar para subsídios fiscais federais – as revisões alteram definições antigas sobre o que significa um projeto estar em construção, exigindo que os desenvolvedores de grandes painéis solares e parques eólicos concluam o trabalho físico, em vez de apenas comprovar o investimento de capital; e (ii) a Data Center Coalition, iniciativa que engloba big techs como Google, Amazon e Microsoft, pediu ao secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para que mantenha as regras existentes para subsídios à energia eólica e solar – segundo as empresas essas regras permitiram ao setor crescer rapidamente e se manter à frente da concorrência da China.
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Brasil
Empresas
Petrobras estuda entrada na Raízen para retomar etanol com foco na limpeza e escala
“A Petrobras está avaliando um ingresso estratégico na Raízen, joint venture formada pela Cosan e Shell, como parte de sua retomada no mercado de etanol, segundo informações do jornal O Globo. A estatal pondera formatos diversos, como a participação apenas como sócia ou adquirir ativos específicos, com decisão prevista ainda para 2025. A Raízen é uma referência global no setor sucroalcooleiro, sendo a maior produtora de etanol de cana e a única com etanol de segunda geração em escala comercial, por meio de 29 usinas. Além disso, detém uma rede robusta de mais de 8 mil postos Shell no Brasil, Argentina e Paraguai. No entanto, o desempenho recente é desafiador: no primeiro trimestre da safra 2025/26, registrou prejuízo de R$ 1,8 bilhão, em contraste com o lucro de R$ 1,1 bilhão no mesmo período do ciclo anterior. Por sua vez, a Cosan enfrenta endividamento de R$ 17,5 bilhões e prejuízo de R$ 946 milhões no 2º trimestre. Internamente, a Petrobras debate como avançar sem violar a cláusula de não competição com a Vibra (antiga BR Distribuidora), válida até 2029. Entre as estratégias consideradas estão a segregação de ativos ou acordos de governança específicos.”
Fonte: InfoMoney; 16/08/2025
Energia solar no Brasil chega a 60 GW em meio a cortes de geração
“BELO HORIZONTE — A fonte solar no Brasil chegou a 60 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Entretanto, o setor enfrenta desafios como os cortes de geração (curtailment) e obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar. O curtailment ocorre tanto na geração de usinas eólicas e solares, por falta de demanda ou de capacidade de transmissão. O cenário é agravado pela expansão acelerada das fontes renováveis em regiões com menor infraestrutura de redes. Segundo a consultoria Wood Mackenzie, esse corte pode crescer 300% no Brasil na próxima década. Na visão da Absolar, as Medidas Provisórias 1300/2025 e 1304/2025 podem trazer soluções para os desafios enfrentados pelo segmento. A MP 1300 amplia a gratuidade da tarifa social de energia elétrica para famílias com consumo de até 80 kilowatt/hora (kWh) e estabelece o cronograma da abertura do mercado livre a todos o consumidores. A comissão mista para análise da medida deve ser instalada na próxima quarta-feira (20/8). O texto tem vigência até 19 de setembro. Já a MP 1304 busca conter os impactos sobre as tarifas de energia da derrubada de vetos presidenciais no marco legal das eólicas offshore pelo Congresso Nacional. Também aguarda instalação.”
Fonte: Eixos; 15/08/2025
Petrobras, BNDES e Finep recebem 32 propostas para gestão de fundo para startups de baixo carbono
“A Petrobras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) receberam 32 propostas de fundos de investimento interessados em participar da chamada pública para gerir o Fundo de Investimento em Participações em Empresas Emergentes (FIP) voltado à transição energética, informou a estatal nesta sexta-feira (15/8). Segundo a Petrobras, o fundo contará com recursos de até R$ 500 milhões, sendo R$ 250 milhões da companhia, R$ 150 milhões do BNDES e R$ 100 milhões da Finep. A previsão é que os investimentos comecem em 2026, após a seleção da gestora responsável pelo FIP. A chamada pública busca selecionar uma administradora de fundos registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para gerir o capital e identificar empresas aptas a receber aportes. O fundo será dedicado investimentos em participações minoritárias em startups e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de base tecnológica que possuam soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono no Brasil. Geração de energia renovável, armazenamento e eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura, utilização e estocagem de carbono (CCUS) e descarbonização de operações estão entre as áreas de interesse.”
Fonte: Eixos; 15/08/2025
Metas ambientais em países como o Japão são oportunidade para o etanol, diz CEO da FS
“O mercado externo de etanol está no radar da FS, maior produtora de etanol de milho do Brasil. No programa Raiz do Negócio, sua estrada entre o campo e a Faria Lima, uma parceria entre Infomoney e The AgriBiz, o CEO Rafael Abud explicou que alguns países, como o Japão, já possuem metas ambientais que vão exigir importação de etanol de baixo carbono. “O Japão vai ter que importar de Brasil e EUA. Não tem como produzir por lá – e estamos falando de um mercado próximo de 5 bilhões de litros a partir de 2030, com o E10”, disse. O executivo ressaltou que o etanol brasileiro tem vantagem competitiva pela certificação internacional, que, justamente, já reconhece sua menor pegada de carbono. Esse selo valoriza o modelo nacional e pode garantir prêmios de preço no exterior. Além do Japão, outros países asiáticos estudam ampliar a mistura de etanol na gasolina, o que cria oportunidades, como Indonésia, Vietnã e Índia – que também é grande produtora de cana-de-açúcar. A logística, porém, segue como gargalo para o setor. O transporte, na maioria dos casos, de usinas até os portos acaba sendo bastante custoso para a operação. “Mas as coisas estão melhorando. A gente tem visto investimentos importantes no Mato Grosso, por exemplo, com a duplicação da BR 163. Então, isso tem avançado”, disse o executivo.”
Fonte: InfoMoney; 16/08/2025
Internacional
Política
Administração Trump anuncia regras mais rígidas para subsídios a projetos eólicos e solares
“O Departamento do Tesouro dos EUA divulgou na sexta-feira regras mais rígidas sobre como projetos de energia solar e eólica podem se qualificar para subsídios fiscais federais, que a nova lei tributária e de gastos do presidente Donald Trump está eliminando gradualmente nos próximos dois anos. As revisões alteram definições antigas sobre o que significa um projeto estar em construção, exigindo que os desenvolvedores de grandes painéis solares e parques eólicos concluam o trabalho físico, em vez de apenas comprovar o investimento de capital. As mudanças são uma resposta a uma ordem executiva emitida por Trump no mês passado, que instrui o Departamento do Tesouro a restringir a elegibilidade para o crédito fiscal, a menos que uma parte substancial da instalação seja construída. Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump tem buscado repetidamente impedir o desenvolvimento da energia eólica e solar, classificando-as como pouco confiáveis, caras e excessivamente dependentes das cadeias de abastecimento chinesas. A Lei One Big Beautiful Bill, sancionada por Trump no mês passado, exige que os projetos comecem a ser construídos até julho do próximo ano ou entrem em operação até o final de 2027 para se qualificarem para um crédito fiscal de 30%, além de bônus que podem aumentar ainda mais o subsídio.”
Fonte: Reuters; 15/08/2025
Tratado global de plásticos fracassa após apoio dos EUA a produtores de petróleo
“As negociações para definir um tratado global de combate à poluição por plásticos terminaram nesta sexta-feira (15), em Genebra, sem acordo em torno de uma proposta final. Seis rodadas de negociações na sede da Organização das Nações Unidas não foram suficientes para superar uma divisão entre dois grupos. Segundo a Bloomberg, a maioria dos países defendia um tratado que limitasse a produção de plásticos e estabelecesse restrições a determinados produtos químicos tóxicos. Um grupo menor, liderado por países produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Rússia, Irã, Malásia e Kuwait, defendia manter o foco do acordo na coleta de resíduos plásticos e na melhoria da reciclagem. Na última rodada de negociações, os Estados Unidos mudaram de lado e se alinharam ao grupo liderado por países produtores de petróleo, declarando-se contrários a restrições a negócios e ao comércio, reportou a Bloomberg. O tema ganha urgência à medida que a produção do plástico aumenta globalmente. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a produção de plásticos dobrou entre 2000 e 2019, passando de 234 para 460 milhões de toneladas. Sem políticas mais ambiciosas, a estimativa da OCDE é de que esse volume alcance 736 milhões de toneladas até 2040.”
Fonte: Reset; 15/08/2025
Empresas
Proprietários de centros de dados pedem ao Tesouro dos EUA que mantenha as regras de subsídios para energias renováveis
“A Data Center Coalition, que representa proprietários de centros de dados, incluindo Google, Amazon e Microsoft, apelou ao secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para que mantenha as regras existentes para subsídios à energia eólica e solar, afirmando que essas regras permitiram ao setor crescer rapidamente e se manter à frente da concorrência da China. Regras mais rígidas sobre como os projetos podem se qualificar para créditos fiscais federais de energia limpa podem retardar o desenvolvimento de nova geração de eletricidade em um momento de aumento da demanda de energia, impulsionado pela inteligência artificial e pela economia digital. “Qualquer atrito regulatório que retarde a implantação da nova geração hoje afeta diretamente nossa capacidade de atender às demandas de eletricidade da era da IA amanhã”, escreveu a coalizão em sua carta a Bessent. A carta é datada de 4 de agosto, mas foi vista pela Reuters na sexta-feira. O presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva em julho, instruindo o Tesouro a tornar mais rígidas as regras de crédito fiscal para energia limpa, incluindo a redefinição do que significa para um projeto ter iniciado a construção. O setor tem contado com as regras existentes na última década, e a empresa de consultoria Clean Energy Associates projetou esta semana que os Estados Unidos poderiam perder cerca de 60 gigawatts de capacidade solar planejada até 2030 se regras mais rígidas de “início da construção” fossem implementadas.”
Fonte: Reuters; 15/08/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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