Pesquisa ESG XP: O que investidores institucionais estão pensando sobre o tema?

Interesse contínuo, com ESG ganhando força como agenda de gestão de risco

Durante o mês de agosto, o time de Research ESG da XP realizou uma pesquisa com investidores institucionais para mapear o interesse e sentimento geral no que tange investimentos ESG. As principais conclusões da nossa pesquisa foram: (i) os investidores continuam otimistas com o tema; (ii) ESG está sendo cada vez mais reconhecido como um fator de risco e desempenho financeiro das empresas; (iii) o cenário macro não é necessariamente um fator decisivo para o apetite ESG; (iv) o foco principal está nas oportunidades de longo prazo e mitigação de riscos, ao mesmo tempo em que a falta de dados é o principal desafio dos investidores (assim como o nosso); e (v) tópicos relacionados à agenda ambiental se destacam como de maior interesse, ao passo em que NTCO3, WEGE3 e LREN3 formam o consenso geral de empresas bem posicionadas na agenda.

Investidores continuam otimistas com investimentos ESG. Nossa pesquisa revelou que o otimismo em relação à agenda continua, com 56% dos investidores institucionais classificando seu sentimento atual em relação aos investimentos ESG acima de 7 (em termos históricos e considerando uma escala de 1 a 10). Da mesma forma, 56% dos clientes afirmaram que provavelmente manterão constante a exposição dos investimentos à empresas bem posicionadas na agenda ESG nos próximos seis meses, 44% pretendem aumentar, ao mesmo tempo em que nenhum dos entrevistados pretende reduzir a exposição.

ESG está sendo cada vez mais reconhecido como um fator de risco e performance. 75% dos participantes da pesquisa afirmaram que a principal motivação para avançar em investimentos ESG é a alta probabilidade de se tornar cada vez mais importante para a gestão de risco e desempenho. Quando se trata de estratégia de integração ESG, a maior parte dos respondentes indicou a integração ESG no valuation como a principal estratégia de investimento (38%), seguida pela estratégia de engajamento e screening positivo (19% cada).

Cenário macro não é necessariamente um fator decisivo. Ao contrário das nossas expectativas de que um ambiente macroeconômico desafiador poderia reduzir o apetite por investimentos ESG, apenas 37% dos clientes classificaram acima de 7 (em uma escala de 1 a 10) o grau em que o ambiente econômico influenciaria sua inclinação em relação a investimentos ESG. Embora um cenário econômico mais desafiador possa diminuir o interesse pela alocação de capital em ações, a pesquisa reforçou que isso não impacta necessariamente da mesma forma quando o tema é ESG.

Foco em oportunidades de longo prazo e mitigação de riscos, enquanto a lacuna de dados é o principal desafio. Além de alavancar a reputação das casas, nossos clientes concordaram que os principais benefícios da integração ESG são: (i) capacidade de identificar oportunidades para estratégia de negócios de longo prazo; e (ii) antecipar potenciais riscos relacionados às empresas investidas. Por outro lado, quando questionados sobre tópicos desafiadores que diminuem a capacidade da agenda de adquirir um maior protagonismo no mundo dos investimentos, 69% dos investidores afirmaram que as lacunas de dados e a baixa divulgação de informações ESG pesam contra a agenda atualmente, sendo assim, o principal fator de risco na visão dos investidores (assim como na nossa).

Temas e ações para destacar. Tópicos relacionados ao pilar ambiental foram os mais mencionados pelos investidores como de destaque, especificamente transição energética e mudanças climáticas. Em relação a nomes que se posicionam bem na agenda, as principais menções foram: NTCO3, WEGE3 e LREN3, seguidas por RENT3 e SUZB3.

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