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Períodos de queda e pessimismo nos mercados colocam o investimento ESG em xeque?

Acesse aqui para saber como os investidores institucionais do Rio de Janeiro estão vendo a agenda ESG

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Principais mensagens da nossa rodada de reuniões com investidores institucionais no Rio de Janeiro

Na última semana, visitamos mais de 20 investidores institucionais no Rio de Janeiro para discutir os principais temas movimentando a agenda ESG a partir do nosso relatório de onde investir em 2024 (link). Apesar do bear market – expressão usada para definir períodos em que a bolsa de valores enfrenta desvalorizações acompanhadas de pessimismo por parte dos investidores -, e de uma perspectiva macroeconômica desafiadora, os investimentos ESG estão demonstrando resiliência, com o mercado cada vez mais buscando nomes de alta qualidade com sólida governança. Embora o foco por tais temas não seja uma novidade, saímos dessa rodada de reuniões com a impressão de que eles são ainda mais importantes em tempos de maior incerteza.


Mercados de carbono e eletrificação no centro dos debates. Em meio às tendências identificadas, dois temas principais estão chamando a atenção dos investidores: (i) mercado voluntário de carbono – embora os investidores tenham expressado preocupação com a credibilidade dos créditos de carbono após os escândalos recentes, eles reconheceram que esforços estão sendo feitos visando melhorar a integridade do mercado, incluindo revisões de metodologias e mudanças de seus participantes, com os agentes mais “aventureiros” se afastando em meio a temores de greenwashing; e (ii) eletrificação – a entrada em massa de empresas chinesas e de veículos elétricos (VEs) no Brasil vem despertando um crescente interesse, especialmente em relação ao seu impacto sobre os preços dos carros, com a principal discussão focada no ritmo da eletrificação (alguns investidores tendem a ser mais céticos do que outros sobre seus impactos de curto prazo).

Foco cada vez maior na governança corporativa (…) Sob escrutínio dos investidores, o tema da governança emergiu como o mais consensual durante nossas reuniões. Embora mudanças substanciais nas práticas relacionadas ao pilar (G) possam levar tempo, os investidores, no geral, concordam que o mercado local está caminhando na direção certa. Entre as barreiras para a adoção de boas práticas, os principais pontos de discussão incluíram: (i) o papel dos membros independentes do Conselho de Administração e como as empresas podem apoiar e criar as condições para que esse independente exerça seu papel fiduciário; e (ii) os efeitos negativos das intervenções políticas nas empresas estatais. Por fim, vale a pena ressaltar que os investidores estão monitorando de perto as mudanças propostas pela B3 para o segmento de listagem do Novo Mercado, reforçando o interesse em melhorias contínuas nos padrões de governança.

(…) enquanto o engajamento dos acionistas também evolui. À medida que os investidores procuram assumir um papel mais ativo (e construtivo) nas empresas investidas, a participação dos acionistas está evoluindo para incluir: (i) reuniões dedicadas com a gestão da empresa; (ii) exercício do direito de voto, em grande parte possibilitado pela adoção do voto remoto e por outras simplificações no processo; e/ou (iii) maior coordenação entre os acionistas minoritários, que podem garantir que seus interesses sejam representados trabalhando em conjunto.

O ritmo (lento) da transição energética afeta as decisões de investimento. De modo geral, os investidores concordaram que a transição energética apresenta ótimas oportunidades de investimento, que podem levar a retornos financeiros de longo prazo. Entretanto, como a transição é um processo longo e contínuo, que depende de tecnologias ainda em fase de testes, a incerteza sobre os ganhos financeiros torna a alocação de recursos em soluções de baixo carbono ainda pequena. No que diz respeito às mudanças climáticas, a incerteza sobre a melhor forma de avaliar a resiliência e os planos de adaptação das empresas dificulta a integração de informações climáticas no processo de investimento, apesar do reconhecimento de sua importância.

Setores e nomes em destaque. Em meio ao sentimento mais pessimista prevaleça no mercado local, somado aos desafios macroeconômicos, os investidores estão migrando para setores defensivos de olho em ações de alta qualidade com sólida política ESG. Os setores que valem a menção incluem elétricas, bancos, papel e celulose e telecomunicações, enquanto entre os nomes mais consensuais, destacamos: Itaú (ITUB4), Suzano (SUZB3), Vibra (VBBR3) e Sabesp (SBSP3).

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