Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,79% e 1,39%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) a Orizon anunciou a aquisição da Vital Engenharia Ambiental, um negócio que transforma a empresa na maior gestora de resíduos da América Latina – a operação amplia o potencial de produção de energias renováveis, com a Orizon estimando uma capacidade de geração de 2 milhões de metros cúbicos de biometano por dia a partir dos resíduos gerados; e (ii) a Microsoft comprou 28,5 mil toneladas de créditos de remoção de carbono da InPlanet, startup alemã que fornece a clientes no Brasil o pó de rocha, uma alternativa aos fertilizantes químicos e que fixa carbono no solo.
• Na política, o Ministério Público Federal (MPF) está questionando a autorização concedida pelo governo do Ceará para a instalação do mega data center que será ocupado pelo TikTok, na cidade de Caucaia, no Complexo do Pecém – de acordo com perícia realizada pelo MPF, o projeto apresentou falhas no processo de licenciamento, considerado insuficiente para avaliar a viabilidade do empreendimento, tendo em vista os elevados níveis de consumo de energia e água.
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Brasil
Empresas
Com maior M&A, Orizon entra em coleta e mira liderar em biometano
“A Orizon anunciou a aquisição da Vital Engenharia Ambiental, um negócio que transforma a empresa na maior gestora de resíduos da América Latina. A transação foi realizada por meio de troca de ações com o grupo Queiroz Galvão e vai resultar em uma companhia com receita líquida superior a R$ 3 bilhões. Com a compra, a Orizon vai passar dos atuais 18 aterros para 30, distribuídos em 15 Estados do país. O volume total manejado, 14 milhões de toneladas, corresponde ao descarte de cerca de 40 milhões de pessoas. A operação amplia o potencial de produção de energias renováveis, uma das fontes de receita mais promissoras do setor de resíduos urbanos. A Orizon estima uma capacidade de geração de 2 milhões de metros cúbicos de biometano por dia a partir dos resíduos gerados. Para fins de comparação, são consumidos cerca de 50 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente no país. O biometano é obtido após um processo de purificação do biogás produzido naturalmente pea decomposição da matéria orgânica. Esse biocombustível renovável é quimicamente idêntico ao de origem fóssil e pode substituí-lo sem a necessidade de adaptação de equipamentos, como caldeiras industriais ou motores de veículos.”
Fonte: Capital Reset; 17/12/2025
Política
São Paulo recebe 140 novos ônibus elétricos
“O município de São Paulo recebeu, nesta quarta-feira (17/12), 140 novos ônibus elétricos movidos a bateria, sendo 96 adquiridos com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A cidade fechou, no fim do ano passado, R$ 2,5 bilhões em financiamento pelo banco para comprar 1,3 mil ônibus elétricos de fabricação nacional. Desse total, 494 já foram adquiridos. A capital paulista tem a meta de zerar a emissão de gás carbônico (CO²) de origem fóssil até 2038, estabelecida na Lei Municipal 14.933/2009. Do total de ônibus entregues nesta quarta, 53 são da chinesa BYD, que responde por 260 ônibus elétricos em operação no município. Em novembro, São Paulo chegou a 1.009 coletivos movidos a energia limpa, sendo 820 a bateria e 189 trólebus. De acordo com o Programa de Metas de 2025 a 2028, a capital paulista deve substituir 2,2 mil ônibus movidos a diesel por alternativas mais limpas.”
Fonte: Eixos; 17/12/2025
MPF questiona autorização dada pelo governo do Ceará para mega data center do TikTok
“O Ministério Público Federal (MPF) está questionando a autorização concedida pelo governo do Ceará para a instalação do mega data center na cidade de Caucaia, no Complexo de Pecém. O futuro data center — maior do gênero no Brasil — será ocupado pelo TikTok e construído pela Omnia, empresa de data centers do grupo Patria Investimentos, em parceria com a Casa dos Ventos, empresa de energia renovável. As empresas responsáveis pela construção e a big tech afirmam que “o empreendimento apresenta baixíssimo impacto hídrico”, localiza-se em área industrial e tem licença de instalação. O negócio tem investimentos previstos na ordem de R$ 200 bilhões até 2035 e foi anunciado oficialmente pela direção do TikTok em um evento com participação do presidente Lula no início deste mês. De acordo com perícia realizada pelo MPF, o projeto teve falhas no processo de licenciamento. Segundo o laudo técnico da procuradoria, o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) apresentado para o licenciamento é insuficiente para avaliar a viabilidade do empreendimento, tendo em vista os níveis considerados elevados de consumo de energia e água.”
Fonte: Eixos; 17/12/2025
“A exigência de critérios mínimos de sustentabilidade na nova linha de crédito de R$ 6 bilhões para renovação da frota de caminhões cria um incentivo direto à redução do consumo de diesel no transporte rodoviário, ao estimular a troca de veículos antigos por “modelos mais eficientes e de menor impacto ambiental“, segundo a Medida Provisória nº 1.328, publicada nesta terça-feira (16/12). Como o transporte de cargas é majoritariamente movido a diesel no Brasil, a vinculação do crédito a requisitos ambientais tende a acelerar a saída de caminhões mais antigos — que consomem mais combustível por quilômetro rodado — e a priorizar a entrada de veículos com melhor desempenho energético, alterando gradualmente o perfil de demanda por diesel no setor. Segundo nota do Planalto, a MP, em vigor a partir da publicação, autoriza a destinação de até R$ 6 bilhões a linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de caminhões novos ou seminovos por caminhoneiros e empresas de transporte, com foco na renovação da frota nacional. A linha atende transportadores autônomos, cooperados, empresários individuais e pessoas jurídicas do transporte rodoviário de cargas.”
Fonte: Eixos; 17/12/2025
Internacional
Empresas
Microsoft compra créditos de carbono de pó de rocha
“A Microsoft, que tem meta de se tornar neutra em emissões de carbono em 2030, acertou a compra de 28,5 mil toneladas de créditos de remoção de carbono da InPlanet, startup alemã que fornece a clientes no Brasil o pó de rocha, uma alternativa aos fertilizantes químicos e que fixa carbono no solo. Os créditos referem-se ao período entre 2026 e 2028. O valor da transação não foi revelado, mas a estimativa é de que a compra tenha saído por mais de 9 milhões de euros, considerando-se o preço do crédito que a InPlanet divulgou em seu site, de 329 a tonelada. Questionada sobre o tema, a InPlanet disse que não pode revelar os termos financeiros porque os detalhes comerciais são confidenciais, mas que o valor é “competitivo” no mercado de remoção de carbono “durável”.”
Fonte: Globo Rural; 17/12/2025
Ford cancela contrato de baterias com LG em revisão de veículos elétricos
“A Ford cancelou um contrato de baterias para veículos elétricos com a LG no valor de 9,6 trilhões de wons coreanos (US$ 6,52 bilhões). O contrato estava previsto para valer de 2027 a 2032. O cancelamento está ligado à decisão da Ford de descontinuar a produção de certos modelos de veículos elétricos devido a mudanças em sua política e no ambiente de demanda por veículos elétricos. No início desta semana, a Ford afirmou que espera assumir US$ 19,5 bilhões em encargos como parte de seu afastamento dos veículos elétricos.”
Fonte: Valor Econômico; 18/12/2025
Política
Administração Trump dissolverá uma agência chave de pesquisa climática
“A administração Trump anunciou na noite de terça-feira que irá dissolver um importante centro federal de pesquisa em ciência do clima no Colorado, sua mais recente tentativa de cortar o financiamento desse tipo de pesquisa. Ross Vought, diretor do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, disse que a administração irá desmembrar o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) em Boulder, que realiza pesquisas científicas sobre sistemas terrestres, afirmando que a instalação “é uma das maiores fontes de alarmismo climático no país. “Uma revisão abrangente está em andamento e quaisquer atividades vitais, como pesquisa meteorológica, serão transferidas para outra entidade ou local”, escreveu Vought em uma postagem no X na noite de terça-feira. Essa medida é o mais recente esforço do governo Trump para desmantelar pesquisas dos EUA relacionadas às mudanças climáticas, bem como agências federais que já trabalharam em pesquisas relacionadas ao clima e regulamentação de gases de efeito estufa. A administração propôs um corte de 1,33 bilhão de dólares, ou 28%, no orçamento de operações, pesquisa e instalações da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NASA) este ano, e um corte de 75% no Escritório de Pesquisa Oceânica e Atmosférica (OAR), o que eliminaria o trabalho central da agência em ciência climática.”
Fonte: Reuters; 17/12/2025
Parlamento da UE adia mais uma vez lei antidesmatamento
“A União Europeia (UE) adiou por mais doze meses a implementação da Regulação sobre Produtos Livres de Desmatamento da União Europeia (EUDR, na sigla em inglês). É o segundo adiamento desde que a lei foi aprovada. A lei proíbe a entrada no bloco de commodities agrícolas associadas ao desmatamento e, por isso, atinge as exportações de países como o Brasil. A regra deveria começar a ser aplicada em dezembro deste ano, mas com o novo adiamento passa a valer em 30 de dezembro de 2026. O adiamento foi aprovado nesta quarta-feira (17) pelo Parlamento com 402 votos a favor, 250 contra e oito abstenções. Agora, ele precisa ser ratificado, para promulgação ainda este ano, pelo Conselho da União Europeia, que reúne os ministros dos governos dos países membros. Trata-se de uma etapa meramente formal que deve ocorrer nos próximos dias. O adiamento de 12 meses vale para grandes empresas, com volume de negócios anual acima de 10 milhões de euros. Para pequenos empresários, com menos de 50 funcionários e um volume de negócios anual inferior a 10 milhões de euros, o prazo é maior: a lei começa a valer em 30 de junho de 2027.”
Fonte: Capital Reset; 17/12/2025
Mudanças no imposto de carbono da UE para metais não são suficientes, diz a indústria
“Mudanças propostas no mecanismo de ajuste de fronteiras de carbono da União Europeia são um passo na direção certa para os setores de aço e alumínio da Europa, mas não uma solução completa, disseram representantes da indústria na quarta-feira. A Comissão Europeia anunciou mais cedo na quarta-feira propostas para expandir o escopo do CBAM – que imporá um imposto sobre carbono sobre as importações europeias de aço, alumínio e algumas outras commodities a partir de 1º de janeiro – para cobrir alguns produtos a jusante com alto teor desses metais, como máquinas e eletrodomésticos, além de alguns sucata. Ao fazer isso, levou em conta os alertas de players da indústria metalúrgica na Europa sobre “vazamento de carbono” – ou o risco de indústrias preocupadas com a perda de competitividade deslocarem suas operações para fora da região para evitar o custo de suas políticas climáticas. A associação europeia de aço Eurofer afirmou em um comunicado que as propostas identificaram brechas, mas não conseguiram entregar “uma resposta abrangente e duradoura ao vazamento de carbono e empregos”, afirmando que o número de produtos a jusante incluídos era “muito limitado”. “Estamos prontos para discutir mais detalhadamente com os legisladores como tornar o CBAM totalmente à prova de água”, disse Axel Eggert, diretor-geral da Eurofer.”
Fonte: Reuters; 17/12/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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