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O que escutamos do Diretor da Toyota em reunião sobre eletrificação com investidores? Veja os destaques

Uma conversa sobre eletrificação com a Toyota, maior montadora do mundo!

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https://youtu.be/-4eKEyGNAfc?t=744

Maior montadora do mundo reforça aposta em carros híbridos no lugar de elétricos puros

O time de Research ESG da XP, junto com as células de Bens de Capital, Transportes e Agro, realizou uma reunião com o Sr. Roger Armellini, Diretor Regional de Mobilidade, DCX e Cadeia de Valor no Brasil e América Latina da Toyota. Dentre os destaques, vale mencionar: (i) os carros híbridos como um intermediário no caminho até os elétricos puros; (ii) um mergulho no mercado dos EUA; (iii) capacidade de redução das emissões de carbono é maior nos híbridos; (iv) o impacto da competição chinesa no mercado automotivo local; e (v) após efeitos negativos do Covid-19 na indústria, a perspectiva adiante é de estabilização.


Aposta em híbridos

O papel dos carros híbridos como um intermediário no caminho até os elétricos puros. Refletindo sobre a tendência de desaceleração na adoção de veículos elétricos (VEs), o Sr. Armellini compartilhou que a Toyota está cada vez mais apostando em híbridos¹, híbridos plug-in e motores de célula de combustível de hidrogênio para facilitar a transição dos consumidores aos elétricos.

Exceto em países com pequena extensão territorial e com amplo incentivo governamental (como Noruega e Suécia), a mudança para o transporte 100% a bateria deverá levar algum tempo, principalmente devido a: (i) falta de infraestrutura de recarga; (ii) alto tempo para giro de estoque dos VEs; e (iii) tempo de carregamento e baixa autonomia das baterias atuais.

Olhando para frente, ele enfatizou que o próximo grande salto na tecnologia dos elétricos provavelmente virá das baterias em estado sólido (previstas para 2026), que prometem ampliar a autonomia dos automóveis para 1.200 km (em comparação a 300-400 km hoje) e reduzir o tempo de carregamento para 15 minutos (vs. 2-12 horas atualmente).

Um mergulho no mercado dos EUA

Em relação aos Estados Unidos, o Sr. Armellini compartilhou que as vendas de veículos híbridos em 2023 registraram um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, superando o aumento visto nos veículos elétricos (17% no mesmo período), frente a: (i) giro de estoque (72 dias para VEs vs. 25 para híbridos e 40 para carros a combustão); (ii) baixa infraestrutura de carregamento (para atingir a meta de ter 50% da frota elétrica até 2030, os EUA precisariam implementar 800 novos postos de recarga por dia); e (iii) ticket médio mais alto (US$ 50 mil para elétricos vs. US$ 48 mil para híbridos plug-in e US$ 35 mil para combustão).

Emissões de carbono

Capacidade de redução das emissões de carbono é maior nos híbridos. Aplicando uma metodologia chamada de 'do poço à roda'² para analisar as emissões de carbono, o Sr. Armellini compartilhou que os híbridos estão demostrando um maior potencial para reduzir o impacto ambiental dos transportes quando comparados com os veículos elétricos - como referência, a mesma quantidade de matéria-prima usada em uma bateria de VE, capaz de evitar 90gCO2e/km, é utilizada para 56 híbridos, que evitam 1.500gCO2e/km.

Desafios

O impacto da competição chinesa no mercado automotivo local. Frente à manutenção dos altos níveis de produção na China, somado à demanda arrefecendo, as montadoras chinesas têm enfrentado o desafio de escoar parte do volume produzido para outros países. Em resposta, os EUA e a União Europeia anunciaram medidas protecionistas, com os chinesas mirando mercados com menos restrições de importação, o que inclui o Brasil e demais países da América Latina.

Por meio de campanhas promocionais agressivas e preço competitivo, as importações de veículos do país asiático cresceram de forma exponencial nos últimos anos, com as marcas chinesas já atingindo uma participação de mercado de 6,5% no Brasil. Por outro lado, vale a pena se atentar aos desafios - na visão do Sr. Armellini, os gargalos para atendimento pós-venda merece ser monitorado, o que pode jogar contra a escolha dos consumidores por esses produtos.

Setor automotivo: perspectivas

Após efeitos negativos do Covid-19 na indústria, a perspectiva adiante é de consolidação. Considerando que o setor automotivo brasileiro foi duramente impactado pela pandemia da Covid-19, o Sr. Armellini ressaltou que os preços dos carros usados estão agora mostrando sinais de estabilização. Em relação aos fatores para impulsionar a retomada das vendas adiante, ele destacou: (i) a redução nos preços dos carros novos; (ii) a possível queda das taxas de juros; e (iii) o crescente apetite por financiamento para compra de automóveis em meio à melhoria das taxas.

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