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Natura (NTCO3) propõe nova estrutura corporativa e troca de CEO | Café com ESG, 21/03

Mudanças na estrutura e liderança da Natura; Amazon avança em créditos de carbono

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,4% e 0,6%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Natura &Co anunciou ontem ao mercado que submeterá aos acionistas uma proposta de incorporação da companhia à Natura Cosméticos SA, que voltaria a ser a holding operacional da companhia - o atual diretor-presidente da Natura &Co, Fábio Barbosa, deixará o comando da empresa e será indicado para assumir a presidência do conselho de administração, enquanto João Paulo Ferreira, o atual líder da divisão de negócios da Natura &Co na América Latina, assumirá a presidência do conglomerado; e (ii) o grupo siderúrgico chinês HBIS assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Vale para promover a descarbonização na cadeia de valor do aço - segundo comunicado, as companhias se comprometem a identificar conjuntamente soluções de carga ideais para a transição de baixo carbono e explorar a viabilidade de usar o forno Tecnored para tratar resíduos sólidos e extrair metais valiosos.

• No internacional, a Amazon anunciou que começou a vender créditos de carbono para seus fornecedores, clientes comerciais e outras empresas - o lançamento ocorre em meio a um grande debate entre empresas, desenvolvedores de projetos e cientistas sobre até que ponto os créditos de carbono devem ser usados para ajudar as empresas a reduzir suas emissões, além de discussões sobre como garantir créditos com qualidade.

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Brasil

Empresas

Biodiesel tem menor preço em quase 5 meses com pressão do mercado de óleo de soja

"Os preços do biodiesel no mercado brasileiro cederam quase 7% no acumulado do ano até o início de março, segundo dados da agência reguladora ANP, e têm possibilidade de cair mais, considerando a entrada da safra recorde de soja e a queda das cotações internacionais do óleo de soja, principal matéria-prima do biocombustível. Especialistas no mercado também citam a própria manutenção da mistura de 14% no biodiesel no diesel no Brasil, que deveria ter subido para 15% a partir do início de março –algo que não aconteceu por preocupações inflacionárias, conforme decisão do governo brasileiro. Com o recuo nos preços do biodiesel para 5,797 reais por litro na média do país, de acordo com levantamento da ANP divulgado nesta semana, o biocombustível passou ao menor nível desde o final de outubro de 2024, após ter oscilado no ano passado nos maiores patamares em quase três anos. “Temos visto essas correções nos preços do óleo de soja, já demonstrado uma queda pela postergação da mistura (de biodiesel). Obviamente, menor demanda de biodiesel significa menor demanda por óleo”, disse o analista de inteligência de mercado da StoneX Leonardo Rossetti. Nos cálculos da consultoria, o óleo de soja responde por entre 82% e 85% da matéria-prima do biodiesel, considerando também uma parcela incluída em “outros materiais graxos” em dados compilados da ANP. Na avaliação de Rossetti, apesar da mistura menor, deve haver algum crescimento da demanda por biodiesel no país pelo aumento do mercado de diesel, “mas muito menor” do que as expectativas iniciais."

Fonte: InfoMoney; 20/03/2025

Tarifas dos EUA: o menor dos problemas para os produtores de biocombustível do Brasil

"As tarifas do presidente Donald Trump correm o risco de privar o Brasil de um mercado-chave para etanol no exterior. Mas, para a maior economia da América Latina, elas são o menor de dois males. Evitar impostos recíprocos provavelmente exigiria que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reduzisse o imposto de 18% do Brasil sobre o etanol americano, abrindo as portas para o produto dos EUA fluir para suas costas. Isso prejudicaria a indústria local mais do que perder seu mercado cativo na Califórnia. O Brasil embarcou cerca de 300 milhões de litros de etanol para os EUA no ano passado, com o fluxo comercial dependendo fortemente de incentivos pagos por combustíveis de baixo carbono na Califórnia. Mas as exportações são apenas uma pequena fração do tamanho do mercado doméstico, onde os chamados carros flex-fuel podem rodar com 100% de etanol ou uma mistura de biocombustível e gasolina. “Trazer etanol americano para cá seria um desastre”, disse Edmundo Barbosa, presidente do grupo de produtores Sindalcool-PB , sediado no estado da Paraíba, no nordeste do país. Em jogo está uma indústria que vem se expandindo. O Brasil, que historicamente produz etanol a partir da cana-de-açúcar, vem aumentando sua capacidade de produzir o biocombustível a partir do milho para atender à demanda da populosa região Nordeste. É exatamente para lá que o produto dos EUA fluiria se as tarifas fossem reduzidas ou suspensas."

Fonte: InfoMoney; 20/03/2025

HBIS, da China, colabora com a Vale para avançar na descarbonização do aço

"O grupo siderúrgico chinês HBIS assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a gigante da mineração de minério de ferro Vale para promover a descarbonização na cadeia de valor do aço, disseram as duas empresas na quinta-feira. Ambas as partes identificarão conjuntamente soluções de carga ideais para a transição de baixo carbono e explorarão a viabilidade de usar o forno Tecnored para tratar resíduos sólidos e extrair metais valiosos. “A assinatura do Memorando de Entendimento sobre a cooperação para a descarbonização da cadeia de valor da indústria siderúrgica representa uma ação conjunta de duas grandes empresas internacionais a montante e a jusante da cadeia industrial para enfrentar as mudanças climáticas”, disse o presidente da HBIS, Liu Jian, em um comunicado na conta WeChat da empresa. Tanto a HBIS quanto a Vale têm como objetivo alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Liu também espera que os dois lados explorem tecnologias inovadoras de descarbonização, como economia circular, metalurgia do hidrogênio e captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS). As siderúrgicas de todo o mundo têm buscado a cooperação com gigantes da mineração a montante para a transição verde no setor siderúrgico, que é difícil de abater e tem contribuído para 7% das emissões globais de dióxido de carbono."

Fonte: Reuters; 20/03/2025

Natura &Co propõe incorporação da holding por Natura Cosméticos, sob presidência de João Paulo Ferreira

"A Natura &Co anunciou ao mercado há pouco que submeterá aos acionistas uma proposta de incorporação da companhia à Natura Cosméticos SA, que voltaria a ser a holding operacional da companhia de beleza. O atual diretor-presidente da Natura &Co, Fábio Barbosa, deixará o comando da empresa e será indicado para assumir a presidência do conselho de administração. Já o atual líder da divisão de negócios da Natura &Co na América Latina, João Paulo Ferreira, “seguirá como CEO da Natura Cosméticos”. Com a aprovação da incorporação, ele assumirá, portanto, a presidência do conglomerado de beleza. A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) está prevista para 25 de abril. “Esse movimento reforça o foco estratégico nas operações na América Latina e na liderança da marca Natura, fortalecendo as bases e a essência do negócio”, afirmou a companhia em comunicado enviado à imprensa. A reorganização inclui também a saída do atual diretor financeiro e de relações com investidores da holding, Guilherme Castellan. De acordo com a companhia, o executivo promove uma “transição planejada há meses” e deve deixar o posto em 12 de maio. Castellan será sucedido por Silvia Vilas Boas, atual diretora financeira da Natura Cosméticos. Ela também assumirá o posto de diretora de relações com investidores da companhia que será controladora da holding. Ainda de acordo com o comunicado, a Natura &Co “continua explorando alternativas estratégicas para a Avon Internacional”, sob o comando do executivo Kristof Neirynck. Também não haverá interferência na integração das marcas Avon e Natura na América Latina, que passa pela Onda 2 de unificação."

Fonte: Valor Econômico; 20/03/2025

Silveira defende licença para exploração de petróleo na Foz do Amazonas antes da COP30

"O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), defendeu, nesta quinta (20/3), a obtenção da licença pela Petrobras para perfuração da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém. “Quem tem fome tem pressa. E o Brasil é um país com muitas desigualdades, com muitas necessidades, em especial de investimentos em áreas prioritárias, que são inclusive dever funcional do Estado”, afirmou a jornalistas após a abertura da 2ª Reunião de Energia do Brics, em Brasília. Para Silveira, a exploração de petróleo na região é uma questão de desenvolvimento econômico do país. O ministro tem pressionado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pela autorização da perfuração exploratória na região. “Estou esperando, como eu disse, de forma serena, mas ansiosa. Porque, repito, o governo do presidente Lula tem um foco que é combater a fome, a miséria, fazer inclusão social, construir uma sociedade mais justa”. Organizações ambientais e climáticas, no entanto, criticam que a defesa pela exploração de novas reservas de petróleo e gás coloca em dúvidas o compromisso do Brasil com a transição energética e a sustentabilidade, uma vez que o país ocupa a presidência da COP30, em que deve cobrar a implementação de ações práticas para cumprimento das metas do Acordo de Paris."

Fonte: Eixos; 20/03/2025

Internacional

Empresas

Amazon venderá créditos de carbono a fornecedores e clientes

"A Amazon começou a vender créditos de carbono para seus fornecedores, clientes comerciais e outras empresas, informou a gigante do varejo dos EUA, que podem ser usados para compensar suas emissões de carbono prejudiciais ao clima. O lançamento ocorre em meio a um grande debate entre empresas, desenvolvedores de projetos e cientistas sobre até que ponto os créditos de carbono devem ser usados para ajudar as empresas a reduzir suas emissões, bem como sobre como garantir a qualidade dos créditos. O varejista disse que usou padrões líderes do setor sempre que possível para seus créditos e apoiou o desenvolvimento de padrões rigorosos onde as verificações existentes eram inadequadas. A medida marca a primeira incursão da Amazon na venda de créditos, embora ela tenha se envolvido em esforços do setor para estabelecer padrões de qualidade e investido diretamente em projetos, incluindo aqueles para proteger florestas, restaurar terras degradadas e promover a remoção de carbono. Sua diretora de sustentabilidade, Kara Hurst, disse que a empresa usará seu “tamanho e altos padrões de verificação para ajudar a promover investimentos adicionais na natureza”. Várias empresas, incluindo o Flickr, o grupo de consultoria imobiliária Seneca e a empresa de eletrônicos de consumo Corsair, já estão participando do esquema, disse a empresa em um comunicado no final da quarta-feira."

Fonte: Reuters; 20/03/2025

Saudi Aramco lança a primeira unidade de teste de captura direta de ar

"A gigante petrolífera saudita Aramco lançou uma unidade piloto de captura direta de ar capaz de remover 12 toneladas de dióxido de carbono por ano da atmosfera, informou na quinta-feira. A instalação, desenvolvida com a Siemens Energy, é a primeira unidade de captura direta de ar (DAC) de dióxido de carbono da Arábia Saudita e será usada para testar materiais de captura de CO2, disse a Aramco. Os críticos da captura de emissões de CO2 disseram que a tecnologia é cara e não foi comprovada em escala. “A instalação de teste lançada pela Aramco é um passo fundamental em nossos esforços para ampliar os sistemas DAC viáveis, para implantação no Reino da Arábia Saudita e além”, disse Ali A. Al-Meshari, vice-presidente sênior de supervisão e coordenação de tecnologia da Aramco, no comunicado da empresa. “Além de ajudar a reduzir as emissões, o CO2 extraído por meio desse processo pode, por sua vez, ser usado para produzir produtos químicos e combustíveis mais sustentáveis.” A Aramco, a maior exportadora de petróleo do mundo, tem como objetivo reduzir suas chamadas emissões de Escopo 1 e 2 para zero líquido até 2050. A Aramco anunciou a unidade piloto de DAC com a Siemens Energy em outubro de 2023 e disse, na época, que ela seria concluída em 2024 e tinha como objetivo preparar o caminho para uma planta piloto maior que teria a capacidade de capturar 1.250 toneladas de CO2 por ano. Em dezembro, a gigante estatal do petróleo assinou um acordo com as empresas de serviços petrolíferos SLB e Linde para construir um projeto de captura e armazenamento de carbono em Jubail, na Arábia Saudita."

Fonte: Reuters; 20/03/2025

Grã-Bretanha considera a possibilidade de se vincular ao mercado de carbono da UE

"A Grã-Bretanha está considerando ativamente a possibilidade de vincular seu Sistema de Comércio de Emissões (ETS) ao mercado de carbono da União Europeia antes da Cúpula Reino Unido-UE em maio, informou o governo na quinta-feira. A Grã-Bretanha está buscando uma cooperação aprimorada em segurança, aplicação da lei e remoção de barreiras comerciais com a UE, quando os líderes de ambos os lados deverão se reunir na Cúpula. “O governo se comprometeu a melhorar o relacionamento comercial e de investimento do Reino Unido com a UE e a eliminar barreiras desnecessárias ao comércio”, disse um comunicado da Autoridade de ETS do Reino Unido. “Antes da Cúpula Reino Unido-UE no dia 19 de maio, o governo britânico está considerando ativamente a possibilidade de vincular os ETSs”, disse o comunicado. A Grã-Bretanha deixou o ETS da Europa no final de 2020 como parte de sua saída da UE e lançou seu próprio mercado de carbono em 2021. Tanto o ETS da UE quanto o do Reino Unido cobram das usinas de energia e de outras entidades industriais por cada tonelada de dióxido de carbono que emitem, como parte de esforços mais amplos para reduzir as emissões e atingir as metas climáticas. Atualmente, os preços no esquema do Reino Unido são negociados em torno de 45 libras (US$ 58,30) por tonelada métrica a menos do que na UE, onde o contrato de referência equivalente é negociado em torno de 73 euros (US$ 79,18) por tonelada. Os analistas afirmaram que, ao vincular os dois sistemas, os preços do Reino Unido provavelmente subiriam para alcançar os da UE."

Fonte: Reuters; 20/03/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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