Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou a semana passada em alta, com o IBOV subindo 2,39% e o ISE avançando 3,33%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE registraram leve alta de 0,37% e 0,67%, respectivamente.
• Na COP30, (i) na sexta-feira foi apresentado o Roteiro de Implementação para o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), documento que detalha as etapas de implementação do mercado de carbono no país – ele define o escopo e os limites de emissão, a integração dos Certificados de Redução ou Remoção Verificada de Emissões (CRVEs), os mecanismos de estabilização de preços e o desenvolvimento de um sistema de leilões; e (ii) o Tesouro Nacional lançou, também na sexta-feira, o quarto leilão do Eco Invest, programa do governo federal para atrair recursos privados estrangeiros para financiar a transição verde no país – esta rodada vai financiar projetos de bioeconomia, turismo sustentável e infraestrutura em todo o Brasil, com foco na Amazônia Legal.
• Na política, o Ministério de Minas e Energia publicou a portaria que busca viabilizar a emissão de debêntures com benefícios fiscais para projetos de transformação de minerais estratégicos voltados à produção de insumos para baterias e ímãs de motores elétricos – a medida regulamenta a Política de Debêntures a Projetos de Transformação de Minerais Estratégicos para a Transição Energética, que busca atrair investimentos privados, estimular a agregação de valor e fortalecer a indústria de transformação mineral.
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Brasil
Empresas
BNDES aprova financiamento de R$ 250 milhões a projeto de restauração florestal da re.green
“O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de um financiamento de R$ 250 milhões à empresa de restauração de florestas re.green, para projeto de plantio de mudas em áreas na Amazônia e na Mata Atlântica. O projeto envolve a plantação de mudas para silvicultura de espécies nativas em uma área de até 19 mil hectares. Os recursos são do Fundo Clima e corresponde a 35,4% do valor total a ser investido no projeto. As áreas que serão reflorestadas na Amazônia localizam-se nos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins. Na Mata Atlântica, o projeto será implementado na região do Vale do Paraíba, nos estados do Rio, Minas e São Paulo. Segundo a re.green, o novo financiamento se soma ao primeiro crédito concedido pelo BNDES em janeiro de 2024, de R$ 187 milhões para restauração de 15 mil hectares de florestas tropicais. “Cada hectare restaurado representa um ativo climático, ecológico e social de longo prazo”, disse Thiago Picolo, presidente da re.green. Também em comunicado, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que nos últimos dois anos e meio a instituição já destinou R$ 7 bilhões ao setor florestal, sendo R$ 5,7 bilhões em crédito e R$ 1,3 bilhão em recursos não reembolsáveis.”
Fonte: Valor Econômico; 16/11/2025
Política
Tesouro lança 4º leilão do Eco Invest para bioeconomia e turismo
“O Tesouro Nacional lançou nesta sexta-feira (14) na COP30 o quarto leilão do Eco Invest, programa do governo federal para atrair recursos privados estrangeiros para financiar a transição verde no país. Esta rodada vai financiar projetos de bioeconomia, turismo sustentável e infraestrutura em todo o Brasil, com foco na Amazônia Legal. “O programa já mobilizou mais de R$ 70 bilhões para projetos sustentáveis que contam com alguma inovação, como hedge cambial e recuperação de pastagens”, disse Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em vídeo gravado para o evento de lançamento. O primeiro leilão do Eco Invest somou R$ R$ 44,3 bilhões e o segundo outros R$ 30,2 bilhões. A expectativa do Tesouro é mobilizar entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões neste quarto leilão. O formato desta concorrência será o mesmo dos dois primeiros leilões: por meio de uma estrutura de blended finance o Tesouro repassará recursos a um custo mais baixo (1% ao ano) a bancos ou fundos de investimentos de crédito, que vão buscar mais dinheiro com investidores internacionais. Desta forma, o capital subsidiado entra para reduzir custos ou mitigar riscos, atraindo recursos privados em maior escala. Com essa composição de capital, a ideia é que os bancos ou fundos repassem os recursos, na forma de empréstimos, para os projetos a um custo mais baixo do que os praticados no mercado.”
Fonte: Capital Reset; 14/11/2025
Brasil coloca de pé coalizão para integrar mercados de carbono
“O Brasil já tem um feito para celebrar na COP30: conseguiu a adesão de países relevantes para a sua ambiciosa proposta de integrar os mercados regulados de carbono do mundo. A Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono conta com a adesão de 17 países até agora, entre elas da China e da União Europeia, e fez sua primeira reunião neste sábado (15), com a presença de ministros do clima. Eles comunicaram seus objetivos, o que esperam do grupo e parabenizaram o Brasil pela iniciativa. “Essa é uma das medidas de maior impacto potencial para o clima. Porque ela vai no âmago do desafio, que é colocar um limite nas emissões de gases de efeito estufa”, disse Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, ao Reset. Segundo ele, a coalizão precisaria ter “massa crítica” para ter peso na economia global. “A gente avaliava que precisava ter a União Europeia e a China, pelo menos. E para a nossa alegria, Reino Unido, Noruega, México, Chile, Canadá e outros se juntaram.” A iniciativa permanece aberta a novas adesões. “Mercados de carbono têm se provado instrumentos efetivos de descarbonização e para atingir metas climáticas de forma mais eficiente”, disse Andreas Bjelland Eriksen, ministro do Clima e do Meio Ambiente da Noruega, na reunião. O país aderiu à coalizão.”
Fonte: Capital Reset; 15/11/2025
Governo publica regras que viabilizam debêntures para projetos de minerais estratégicos
“O Ministério de Minas e Energia publicou portaria que busca viabilizar a emissão de debêntures com benefícios fiscais para projetos de transformação de minerais estratégicos voltados à produção de insumos para baterias e ímãs de motores elétricos. O documento foi publicado no “Diário Oficial da União” (DOU) desta sexta-feira, 14. A medida regulamenta a Política de Debêntures a Projetos de Transformação de Minerais Estratégicos para a Transição Energética, que busca atrair investimentos privados, estimular a agregação de valor e fortalecer a indústria de transformação mineral. Pelas regras, até 49% dos recursos captados poderão ser destinados às etapas de lavra e desenvolvimento de mina, desde que vinculadas a projetos de transformação mineral. O investimento total estimado é de R$ 5,2 bilhões por ano, sendo R$ 3,7 bilhões em transformação mineral e R$ 1,5 bilhão em lavra e beneficiamento. O governo definiu, pela portaria, o cobalto, o cobre, o lítio, o níquel e elementos de terras raras como minerais estratégicos para a transição energética e, portanto, elegíveis para a emissão de debêntures com benefícios fiscais, debêntures incentivadas ou de infraestrutura. O MME aponta que, entre os projetos potenciais que poderão se beneficiar, estão empreendimentos de sulfato de níquel e cobalto em São Paulo e Pará, além de plantas de carbonato de lítio em Minas Gerais, identificados pela Pasta como fundamentais para o desenvolvimento das cadeias de baterias e armazenamento de energia.”
Fonte: Valor Econômico; 14/11/2025
Brasil apresenta roteiro para implementação do mercado regulado de carbono
“Na manhã desta sexta-feira, foi apresentado, na COP 30, o Roteiro de Implementação para o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE). O documento — com pouco mais de 220 páginas — detalha as etapas de implementação do mercado de carbono no país, desde a criação da governança até a fase de operacionalização. Ele define o escopo e os limites de emissão, a integração dos Certificados de Redução ou Remoção Verificada de Emissões (CRVEs), os mecanismos de estabilização de preços e o desenvolvimento de um sistema de leilões. O anúncio foi feito por Cristina Reis, titular da recém-criada Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda. Ela explicou que a secretaria tem a missão de estruturar e fomentar mercados de carbono prósperos, contribuindo para a transformação ecológica e garantindo benefícios ambientais, climáticos, econômicos e sociais. A primeira meta, disse, é publicar todas as normas infralegais da Lei 15.042, que institui SBCE, o roteiro é o pontapé inicial. — A União Europeia tem 20 anos de mercado regulado de carbono e arrecadou 200 bilhões de euros, reciclados nos fundos de inovação, modernização e transição justa. Além de alocar cotas gratuitas para a indústria, quem pagou a conta da descarbonização na UE foi o setor de carbono. Na prática, o ETS europeu é uma grande política industrial de inovação tecnológica. E o Brasil chega neste momento para não ficar atrás. Faremos uma regulamentação estratégica e inteligente para a nossa realidade, que já tem uma matriz limpa.”
Fonte: Globo; 14/11/2025
Internacional
Empresas
“BHP (BHP. AX), é responsável pelo colapso de uma barragem no sudeste do Brasil em 2015, decidiu o Tribunal Superior de Londres na sexta-feira, em um processo que os advogados dos autores anteriormente avaliaram em até 36 bilhões de libras (48 bilhões de dólares). Centenas de milhares de brasileiros, dezenas de governos locais e cerca de 2.000 empresas processaram a BHP pelo colapso da barragem Fundao em Mariana, sudeste do Brasil, que era de propriedade e operada pela BHP e Vale’s (VALE3.SA). O pior desastre ambiental do Brasil desencadeou uma onda de lodo tóxico que matou 19 pessoas, deixou milhares de desabrigados, inundou florestas e polueu todo o comprimento do rio Doce. Uma ação separada contra Vale foi apresentada nos tribunais holandeses em 2024 em nome de quase 1.000 empresas e mais de 77.000 pessoas atingidas pelo rompimento da barragem. A juíza Finola O’Farrell afirmou em sua decisão que continuar a elevar a altura da barragem quando não era seguro fazê-lo era a “causa direta e imediata” do colapso da barragem, o que significava que a BHP era responsável pela lei brasileira. A BHP disse que recorreria da decisão e continuaria a lutar contra o processo. Brandon Craig, presidente da BHP para Minerais Américas, disse em comunicado que 240.000 reclamantes no processo de Londres “já receberam indenização no Brasil”.”
Fonte: Reuters; 15/11/2025
Política
Acordo para quadruplicar combustíveis sustentáveis tem 23 países
“O acordo proposto pelo Brasil para quadruplicar a produção e consumo de combustíveis sustentáveis até 2030 conseguiu angariar, até esta sexta (14/11) — dia da energia, indústria, transporte e finanças na COP30 — um total de 23 países signatários. A adesão é inferior à quantidade de países que assinaram um documento, em setembro deste ano, indicando ações necessárias para escalar a produção de biocombustíveis e derivados de hidrogênio. Documento que serviu de base para o compromisso proposto pelo Brasil COP. Andorra, Armênia, Bielorrússia, Cabo Verde, Canadá, Chile, Guatemala, Índia, Japão, México, Moçambique, Panamá, Coreia do Norte, Sudão e Zâmbia são alguns deles. A proposta foi tema de uma mesa-redonda nesta manhã em Belém (PA), onde ocorre a conferência climática das Nações Unidas. É a principal aposta do Brasil na substituição de combustíveis fósseis. Durante o encontro, foi lançado o Plano de Ação de Combustíveis do Futuro da Ministerial de Energia Limpa. A plataforma reúne governos, indústrias e financiadores para ampliar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis em setores estratégicos. “Esses 23 países irão fornecer apoio político para promover a participação das empresas internacionais nessa iniciativa”, explicou a CEO da COP30, Ana Toni, a jornalistas. O compromisso, no entanto, não deve entrar no documento final da cúpula. O trabalho é para que a iniciativa integre a agenda de ação, uma espécie de tratado paralelo — e não vinculativo.”
Fonte: Eixos; 14/11/2025
COP30 lança roteiro para alinhar 60 taxonomias sustentáveis
“O Clube de Finanças da COP30 lançou neste sábado (15/11) um roadmap para alinhar taxonomias nacionais ao redor do mundo, e permitir a interoperabilidade do carimbo usado para validar a sustentabilidade de investimentos. A iniciativa foi apresentada como um dos resultados da agenda de implementação da cúpula climática das Nações Unidas que ocorre em Belém (PA). Este sábado dedicou uma série de discussões sobre finanças como motor da transição climática. O mecanismo tem como desafio alinhar cerca de 60 taxonomias nacionais. O foco — e o desafio — é destravar recursos para acelerar investimentos de baixo carbono, incluindo economias emergentes e em desenvolvimento. Nesta manhã, além da sessão sobre interoperabilidade de taxonomias, negociadores participaram de um fórum sobre mudança climática e comércio, para tratar do alinhamento dos sistemas econômicos à ambição climática. “Claramente há uma mudança do mercado em direção à implementação”, comentou o campeão de alto nível para o clima, Dan Ioschpe. Ele afirma que a Agenda de Ação está articulando governos, setor privado, sociedade civil e grupos indígenas para impulsionar soluções para um “mundo de baixo carbono”. “
Fonte: Eixos; 15/11/2025
EUA e China negociam flexibilização das regras para vendas de terras raras
“Os Estados Unidos e a China seguem discutindo os detalhes de como Pequim deve flexibilizar as vendas de terras raras, segundo fonte da agência Bloomberg, semanas após uma trégua comercial entre os dois países. Segundo a fonte, ambos estabeleceram o fim de novembro como prazo para que suas equipes definam os termos das “licenças gerais” que a China se comprometeu a conceder para a exportação de terras raras e outros minerais críticos aos EUA. A Casa Branca incorporou esse compromisso em seu relatório sobre o acordo firmado há duas semanas entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping. Washington descreveu a medida como a remoção, na prática, de diversas restrições impostas desde 2023 e a classificou como uma importante vitória para a economia global e para as cadeias de suprimentos. No entanto, embora Washington já tenha reduzido tarifas e interrompido diversas medidas de segurança nacional previstas no acordo, a China ainda não se pronunciou sobre o compromisso relacionado às licenças. Pequim confirmou outros aspectos da trégua, entre eles, a suspensão, por um ano, de controles adicionais sobre terras raras anunciados poucas semanas antes das negociações na Coreia do Sul.”
Fonte: Valor Econômico; 14/11/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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