Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,28% e 0,21%, respectivamente.
• Na política, (i) o governo federal publicou ontem o decreto que cria a Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono dentro do Ministério da Fazenda, para gerir o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) – a nova secretaria deve ser comandada por Cristina Reis, atual subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Política Econômica (SPE) e a estrutura inclui duas subsecretarias: Regulação e Metodologias e Implementação; (ii) o Ibama afirmou, ontem, que a reunião realizada com a Petrobras para esclarecimentos sobre o processo de licenciamento da Foz do Amazonas foi considerada produtiva por ambas as partes – em ata do encontro virtual, o órgão afirma que seguirá com a tramitação do processo, e prevê um cenário de atuação depois de provável emissão de licença, com a necessidade de novo exercício simulado “pós-licença”.
• Do lado das empresas, a General Motors Co. e uma parceira interromperam a segunda fase de uma fábrica de cátodos em Quebec, resultando no cancelamento de um projeto de sulfato de níquel pela Vale, firmado em 2022 – esse projeto fazia parte de uma estratégia para fortalecer sua cadeia de suprimentos de baterias para veículos elétricos, mas a demanda mais fraca do que o esperado e as mudanças na política dos EUA levaram as empresas a reconsiderar projetos de investimento.
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Brasil
Empresas
Neoenergia e Nexus Ligas firmam acordo de autoprodução de energia eólica por 10 anos
“A Neoenergia disse na quinta-feira (16) que firmou um acordo com a Nexus Ligas para autoprodução de energia eólica por dez anos, conforme comunicado da companhia. A subsidiária da espanhola Iberdrola afirmou que, com o acordo, a Nexus Ligas passará a ser sócia na unidade geradora eólica Canoas 3, do complexo eólico Neoenergia Chafariz, localizado na Paraíba. O Neoenergia Chafariz integra o complexo renovável Neoenergia que tem capacidade instalada de 471,2 megawatts (MW), suficiente para produzir energia para abastecer 1,3 milhão de residências por ano, disse a companhia. A operação teve aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho deste ano.”
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025
GM e Vale suspendem projetos de baterias no Canadá
“A General Motors Co. e uma parceira interromperam a segunda fase de uma fábrica de cátodos em Quebec, resultando no cancelamento de um projeto de sulfato de níquel pela Vale SA. Em 2022, a GM concordou em comprar suprimentos de níquel da mineradora brasileira como parte de uma estratégia para fortalecer sua cadeia de suprimentos de baterias para veículos elétricos. Mas a demanda mais fraca do que o esperado e as mudanças na política dos EUA que tornam os veículos elétricos menos atraentes levaram as empresas a reconsiderar projetos de investimento. A montadora informou esta semana que está incorrendo em US$ 1,6 bilhão em encargos vinculados à sua retirada de veículos elétricos. O realinhamento da capacidade de elétricos resultará em prejuízos não monetários e outros encargos de US$ 1,2 bilhão, afirmou a montadora, em documento regulatório, enquanto o restante dos custos está relacionado ao cancelamento de contratos e à liquidação de acordos comerciais vinculados a investimentos nesses modelos. “A estratégia de longo prazo da GM é construir um negócio lucrativo de veículos elétricos na América do Norte e, à luz da evolução da dinâmica do mercado, a GM e nossos parceiros suspenderão a segunda fase do projeto”, que envolveu o aumento da capacidade de produção de material catódico ativo, afirmou um porta-voz da GM, em comunicado por e-mail.”
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025
“O Ibama afirmou, nesta quinta-feira (16), que a reunião, na quarta (15), com a Petrobras para esclarecimentos sobre o processo de licenciamento da Foz do Amazonas foi considerada produtiva por ambas as partes. Em ata do encontro virtual, órgão prevê um cenário de atuação depois de provável emissão de licença, com a necessidade de novo exercício simulado “pós-licença”. O Ibama afirma, ainda, que seguirá com a tramitação do processo. No documento, o instituto do meio ambiente diz que seis temas foram abordados: encaminhamento dos planos de atendimento à fauna e de emergência consolidados; previsão de exercício simulado depois de emissão da licença; cenário de atendimento a emergências mesmo em condições adversas; plano logístico de embarcações; preocupação com capacidade operacional de equipe embarcada; e melhorias com mapeamento de navegação noturna. Ao concluir a ata, o Ibama diz que seguirá com a tramitação do processo, “considerando que os ajustes não são impeditivos”. “A reunião foi considerada produtiva por ambas as partes, com avanços significativos no entendimento técnico e nos encaminhamentos necessários para a conclusão do processo de licenciamento”, conclui o Ibama.”
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025
WEG compra controle da Tupinambá Energia e amplia atuação em mobilidade elétrica
“A fabricante catarinense WEG anunciou a assinatura de acordos vinculantes para comprar aproximadamente 54% do capital social da Tupinambá Energia, conhecida popularmente como Tupi Mob. O investimento total é de R$ 38 milhões, sujeito a ajustes usuais em operações desse tipo. A conclusão da transação depende do cumprimento de condições precedentes, incluindo aprovações regulatórias. Fundada em 2019, em São Paulo, a Tupi Mob atua no desenvolvimento de softwares e serviços para gestão de redes de recarga de veículos elétricos. A empresa é proprietária do aplicativo Tupi, plataforma que conecta motoristas a pontos de recarga. Atualmente, possui mais de 370 mil usuários cadastrados, com mais de 1,3 milhão de recargas realizadas, que totalizam 26 GWh de energia fornecida. A Tupi Mob também opera como provedora de serviços de mobilidade elétrica (eMSP), oferecendo o aplicativo Tupi para consumidores e a plataforma Tupi Conecta para gestão de redes de recarga por montadoras e operadores. A companhia conta com 36 colaboradores e movimentou cerca de R$ 40 milhões em recargas nos últimos 12 meses, com receita líquida de R$ 8,6 milhões em 2024.”
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025
Política
Ministério da Fazenda ganha secretaria para gerir mercado de carbono
“O governo federal publicou nesta quinta-feira o decreto que cria a Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono dentro do Ministério da Fazenda, para gerir o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). A nova secretaria deve ser comandada por Cristina Reis, atual subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Política Econômica (SPE). Economista formada pela Universidade de São Paulo (USP), Cristina tem trajetória voltada ao desenvolvimento produtivo, cadeias globais de valor e comércio internacional. Ela também é conselheira titular da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). De caráter temporário e extraordinário, a secretaria exercerá a função de órgão gestor do SBCE até que seja criado um ente definitivo. Entre suas atribuições estão a elaboração de estudos sobre descarbonização e impactos econômicos, a coordenação de políticas climáticas e a realização de consultas públicas sobre atos regulatórios. A estrutura inclui duas subsecretarias: Regulação e Metodologias e Implementação. A secretaria também representará o Ministério da Fazenda em comitês ambientais, regulamentará processos de credenciamento de organismos de inspeção e divulgará informações sobre o mercado de carbono. O SBCE permite que empresas que reduzem suas emissões comercializem créditos de carbono com companhias que ainda precisam compensar suas emissões.”
Fonte: O Globo; 16/10/2025
Ibama nega licença para térmica a gás em Brasília
“O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou, na quarta (15/10), o pedido de licença prévia para a instalação da Usina Termelétrica Brasília (UTE Brasília), da Termo Norte, geradora que tem como sócio o empresário Carlos Suarez. O projeto prevê a construção e conexão de uma térmica a gás natural de 1.470 MW, ao gasoduto Brasil Central, da TGBC. É um projeto que vem sendo desenvolvido há mais de 20 anos, sem sair do papel. O traçado prevê a conexão de São Carlos (SP) à capital do país, onde não há suprimento do combustível. O despacho assinado pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, cita a “dependência de gasoduto com licenciamento vencido há mais de seis anos”, entre as justificativas para indeferir o pedido de licença. De acordo com o documento, parecer técnico da Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilic) identificou lacunas de informação e “aspectos de inviabilidade ambiental e locacional”. Cita, por exemplo, que a construção da usina teria impacto “direto e irreversível sobre a Escola Classe Guariroba, instituição pública que atende cerca de 560 estudantes em situação de vulnerabilidade”, por entender que a remoção prejudicaria a comunidade. É uma questão, no entanto, que a Termo Norte já havia indicado que estaria disposta a mitigar, com a construção de uma nova escola ou manutenção da estrutura, caso a comunidade desejasse.”
Fonte: Eixos; 16/10/2025
Silveira promete consulta pública e criação de conselho para minerais estratégicos em até 2 meses
“Após a primeira reunião do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, prometeu a publicação da consulta pública do Plano Nacional de Mineração 2050 e a criação de um conselho especial para tratar dos minerais críticos e estratégicos. Pelo cronograma informado pelo ministro, ambas medidas devem acontecer nos próximos dois meses. A primeira reunião do colegiado, que será o órgão de assessoramento da Presidência para definir o futuro da mineração no Brasil, ocorreu na tarde desta quinta-feira (16,) na sede do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília. O encontro contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outros ministros do governo. Entre eles o da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Pelo cronograma apresentado pelo ministro, a consulta pública sobre o Plano Nacional de Mineração 2050 deve ser publicada em um prazo de até 60 dias. Já o conselho especial que irá tratar especificamente sobre minerais críticos e estratégicos deve ser criado em um prazo de 30 a 40 dias.De acordo com Silveira, foram deliberadas seis pautas durante a reunião, incluindo resoluções para definição do regimento interno do conselho, que determina como o grupo irá funcionar.”
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025
Internacional
Política
China permite que mais empresas de biocombustíveis exportem combustível de aviação sustentável (SAF)
“A China autorizou mais três refinarias de biocombustíveis a exportar combustível de aviação sustentável (SAF), emitindo cotas para essas empresas, segundo fontes comerciais e uma consultoria chinesa. Essa decisão pode aumentar as exportações para a Europa, que é o segundo maior mercado de combustível de aviação do mundo, embora ainda não tenha uma exigência obrigatória para o uso de combustíveis mais ecológicos. As empresas chinesas estão investindo na construção de novas plantas de SAF e têm a Europa como principal destino de exportação. As empresas que receberam cotas de exportação são Shandong Haike Chemical, com 370 mil toneladas; Shandong Sanju Bioenergy, com 158 mil toneladas; e EcoCeres, apoiada pela Bain Capital, com uma cota entre 260 mil e 300 mil toneladas. Com essas novas autorizações, o total de cotas de SAF emitidas pela China em 2025 chega a aproximadamente 1,2 milhão de toneladas, incluindo as primeiras permissões concedidas à Zhejiang Jiaao Enprotech, que realizou sua primeira exportação em maio. O Ministério do Comércio da China, responsável pela emissão das cotas, não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters. Ainda não está claro se as empresas precisarão solicitar novas cotas no próximo ano.”
Fonte: Reuters; 17/10/2025
Empresas
BYD faz maior recall da sua história: mais de 115 mil carros por problemas de design e bateria
“A montadora chinesa BYD realizará o maior recall de sua história, envolvendo mais de 115 mil veículos das séries Tang e Yuan Pro, fabricados entre 2015 e 2022. A medida foi tomada devido a defeitos de design e riscos relacionados às baterias, segundo informou o órgão regulador de mercado da China nesta sexta-feira. A empresa apresentou um plano à Administração Estatal de Regulação do Mercado para o recall de 44.535 veículos da série Tang, produzidos entre março de 2015 e julho de 2017, que apresentam falhas de design em certos componentes, podendo causar funcionamento anormal. Além disso, será feito o recall de 71.248 veículos elétricos Yuan Pro fabricados entre fevereiro de 2021 e agosto de 2022, devido a problemas de fabricação que afetam a instalação das baterias. Em janeiro, a BYD já havia feito o recall de 6.843 SUVs híbridos plug-in Fangchengbao Bao 5, citando riscos de incêndio. Antes disso, em setembro de 2024, a montadora havia chamado quase 97 mil unidades dos modelos Dolphin e Yuan Plus EVs por falhas de fabricação em uma unidade de controle de direção, também com risco de incêndio.”
Fonte: Reuters; 17/10/2025
Novo CEO da Nestlé manda recado duro aos colaboradores e anuncia 16 mil demissões
“O novo CEO da Nestlé SA, Philipp Navratil, pode estar seguindo uma estratégia definida por seu antecessor deposto, mas está rapidamente dando seu próprio toque de iniciativa. Apenas algumas semanas depois de assumir o cargo, ele anunciou planos de cortar 16.000 empregos e relatou vendas trimestrais melhores do que o esperado, levando as ações do grupo alimentício suíço ao maior ganho em 17 anos. “Não podemos aceitar perder participação de mercado nunca”, disse o veterano da Nestlé, de 49 anos, em um vídeo divulgado após os resultados nesta quinta-feira (16). “Precisamos lutar.” Para Navratil, lutar significa aumentar os volumes e o fluxo de caixa livre, reconquistar participação de mercado, reduzir a dívida e preservar os dividendos. O CEO, nomeado após a demissão de Laurent Freixe por não revelar um relacionamento amoroso com uma subordinada, afirma que a Nestlé também precisa ser mais transparente sobre as tarefas difíceis que tem pela frente. Entre elas, está a demissão de 12.000 funcionários administrativos e 4.000 funcionários da indústria e da cadeia de suprimentos, para ajudar a gerar 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,7 bilhões) em economia até o final de 2027.”
Fonte: Valor Econômico; 16/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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