XP Expert

Foco do Ministério da Fazenda na COP30 é integração global dos mercados de carbono | Café com ESG, 11/09

Aliança global de mercado de carbono; foco estratégico em minerais críticos

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Banner Onde Investir em 2026 intratexto

Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o SE avançando 0,52% e 0,42%, respectivamente.

• De olho na COP30, a principal proposta do Ministério da Fazenda para a conferência, em novembro, é a formação de uma coalizão entre países dispostos a integrar seus mercados de carbono – a aliança trabalharia com um teto de emissões de carbono compartilhado entre os participantes, que cairia ao longo do tempo e estimularia a descarbonização das economias.

• Na política, (i) o governo federal aprovou a taxonomia sustentável brasileira, que define critérios para que uma atividade econômica possa ser considerada sustentável, com o objetivo de mobilizar capital para projetos com impactos ambientais e sociais positivos – a adoção dessa classificação oficial será voluntária, mas o plano é que empresas e instituições em algum momento tenham de divulgar relatórios de acordo com os critérios da taxonomia; e (ii) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, nos próximos dias, será instalado na prática o Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) – também disse que o governo quer avançar com decretos sobre o tema, que podem ser feitos de forma infralegal, e tornar consensual com o Congresso uma política nacional sobre minerais críticos.

Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mailClique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!

Brasil

Empresas

Cemig do Brasil planeja alavancar expertise em hidrelétrica para novos projetos de energia

“A Cemig, estatal brasileira de energia elétrica, planeja usar sua experiência em energia hidrelétrica para investir em tecnologias de energia limpa que podem impulsionar a rede elétrica do país, disse o CEO Reynaldo Passanezi Filho à Reuters. A empresa está executando um plano de investimentos de quase R$ 40 bilhões (US$ 7,4 bilhões) para o período de 2025 a 2029, priorizando a distribuição de energia e migrando gradualmente da expansão da rede para a digitalização, em um esforço para melhorar a experiência do consumidor. Com o planejamento do negócio de distribuição bem encaminhado, a empresa agora se concentra em inovações no setor, particularmente em tecnologias de armazenamento de energia, consideradas cruciais para evitar apagões em meio à geração intermitente de energia eólica e solar. A Cemig usará seu “enorme conhecimento acumulado em energia hidrelétrica” para impulsionar projetos como usinas reversíveis e, eventualmente, participar de leilões de capacidade de energia, afirmou Passanezi. A empresa já está testando baterias conectadas às suas usinas de geração solar distribuída. A Cemig continua buscando a venda de ativos não estratégicos, incluindo participações na Taesa (TAEE11.SA), na usina hidrelétrica de Belo Monte e na distribuidora de gás Gasmig, afirmou Passanezi.”

Fonte: Reuters; 10/09/2025

Inpasa quer descentralizar oferta de etanol no Brasil

“A produtora de etanol Inpasa vai se concentrar em impulsionar a demanda em regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil, à medida que busca descentralizar a oferta do biocombustível, disse o vice-presidente de trading da empresa, Gustavo Mariano Oliveira. Embora o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar tenha dominado por muito tempo a produção e o uso de biocombustíveis na região Sudeste mais desenvolvida do Brasil, inclusive no principal Estado consumidor de combustível, São Paulo, a Inpasa produz principalmente etanol a partir do milho na região central do Brasil. O milho está impulsionando o aumento da produção de etanol, mesmo com a estagnação do crescimento do combustível à base de cana-de-açúcar. De acordo com o governo brasileiro, espera-se que o etanol à base de milho cresça mais de 60% entre 2025 e 2035, atingindo 16,3 bilhões de litros. “É justamente a gente conseguir descentralizar os polos de oferta de etanol no Brasil e conseguir trazer o máximo de biocombustível para dentro do ciclo Otto, que é o ciclo de consumo para motores leves no Brasil”, disse Oliveira em uma entrevista na terça-feira (9). No final do mês passado, a Inpasa disse que se uniria ao grupo agrícola Amaggi, um dos principais processadores e exportadores de grãos do Brasil, para construir pelo menos três usinas de etanol de milho no Estado do Mato Grosso. No entanto, a Inpasa não está contando apenas com o milho para expandir o etanol no Norte e Nordeste do Brasil, disse Oliveira, acrescentando que o sorgo já está sendo usado pela empresa.”

Fonte: CNN; 10/09/2025

Lula e Silveira pedem maior integração energética na América do Sul e Caribe

“O presidente Lula (PT) defendeu uma maior integração energética entre os países da América do Sul e a ampliação do comércio com o Caribe na quarta (10/9), durante participação no evento de energização da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que vai conectar o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Lula destacou que o SIN é um modelo para o mundo e afirmou que a região “pode ser o centro da transição energética que o mundo precisa”. “Poucos países têm um sistema como nós temos. O dia que os presidentes da América do Sul tiverem consciência, a gente pode interligar todo o potencial hídrico da América do Sul. A gente será uma potência muito maior, fazendo com que nenhum país tenha problema de falta de energia”, disse. “Acho que vai levar um tempo ainda mas acho que os governantes do mundo terão que compreender que quanto mais a gente estiver compartilhando as coisas bem-sucedidas melhor será para a região”, acrescentou. O presidente lembrou que a conexão de Roraima ao SIN vai ajudar a substituir a geração a óleo diesel pelo suprimento de energia limpa, no momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém (PA), em novembro. Roraima era o último estado brasileiro que ainda não estava conectado ao SIN e, por isso, dependia da geração termelétrica até então. “Chega de ser um país em desenvolvimento, essa transição energética nos permite dar um salto de qualidade”, disse.”

Fonte: Eixos; 10/09/2025

Ministro Alexandre Silveira promete ‘visão estratégica’ para minerais críticos

“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, nos próximos dias, será instalado na prática o Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM). Ele também disse que o governo quer avançar com decretos sobre o tema, que podem ser feitos de forma infralegal, e tornar consensual com o Congresso uma política nacional sobre minerais críticos. O objetivo é que a política tenha “visão estratégica”. “Nós vamos instalar, agora nos próximos dias, o Conselho Nacional de Política Mineral, criado em 2022 e aperfeiçoado por nós [governo Lula] em 2023. Vai ser a primeira reunião”, disse ontem o ministro em entrevista coletiva. Silveira participou, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de cerimônia que marcou o início da conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Fazem parte do CNPM 17 ministérios e representantes de Estados, municípios e sociedade Civil. Minerais críticos, como nióbio, lítio, cobre, urânio, cobalto e as terras raras, são usados na produção de baterias, chips, veículos elétricos, defesa e outros. Os Estados Unidos têm intensificado a busca por esses materiais. O objetivo do governo americano é reduzir a dependência das importações da China.”

Fonte: Valor Econômico; 11/09/2025

Ministério da Fazenda propõe coalizão entre países para mercado de carbono

“A principal proposta do Ministério da Fazenda para a COP30, em Belém, em novembro, é a formação de uma coalizão entre países dispostos a integrar seus mercados de carbono. A aliança trabalharia com um teto de emissões de carbono compartilhado entre os participantes, que cairia ao longo do tempo e estimularia a descarbonização das economias. Teria critérios de justiça para nações mais pobres, assim como um mecanismo permanente de fluxo de recursos para auxiliar na adaptação aos impactos climáticos. A ideia vem sendo discutida com a União Europeia, a China e outros países e tem potencial para ser um dos grandes resultados da COP30. “Acreditamos que a proposta seja efetiva porque estabelece um teto de emissões; justa, porque prevê critérios de renda per capita, e politicamente viável, porque não depende de 200 países concordarem para acontecer. Basta que a coalizão seja forte o suficiente”, diz Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda. “Se conseguir envolver o Brasil, a União Europeia e a China, pode estimular outros a aderirem.” A Fazenda vem amadurecendo a proposta internamente e com outros ministérios. Dubeux foi convidado a discutir a ideia com um grupo de economistas liderado pelo brasileiro José Scheinkman -que, por seu turno, foi convidado a formar o grupo para aconselhar o presidente da COP30, André Corrêa do Lago.”

Fonte: Valor Econômico; 11/09/2025

Brasil aprova taxonomia sustentável – com adoção voluntária e sem desmatamento legal

“O governo federal aprovou a taxonomia sustentável brasileira, que define critérios para que uma atividade econômica possa ser considerada sustentável, com o objetivo de mobilizar capital para projetos com impactos ambientais e sociais positivos. A adoção dessa classificação oficial será voluntária, mas o plano é que empresas e instituições em algum momento tenham de divulgar relatórios de acordo com os critérios da taxonomia. Ainda não há prazo para isso. A proposta original do governo era criar essa exigência já a partir de janeiro de 2026.  “A taxonomia é um instrumento vivo e dinâmico. Olhando o que aconteceu na União Europeia, a taxonomia veio muito rígida e agora está sendo revista. Achamos que agora não convinha estabelecer a obrigatoriedade”, disse Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável do Ministério da Fazenda. À frente da construção da taxonomia, Reis falou com o Reset nesta terça-feira (9) logo após uma reunião com o ministro da pasta, Fernando Haddad, sobre o tema. A reportagem teve acesso aos 14 documentos que detalham a taxonomia, que soma 902 páginas. Segundo a Fazenda, eles estão em revisão e serão publicados ainda neste mês, nos idiomas português e inglês.”

Fonte: Capital Reset; 10/09/2025

Internacional

Empresas

Bancos multilaterais destinaram US$ 85 bi em financiamento climático para países de renda média e baixa

“Bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs, em inglês) forneceram um recorde de US$ 137 bilhões em financiamento climático em 2024, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, com a maior parte direcionada a países de renda média e baixa. Foram US$ 85,1 bilhões destinados a países emergentes e em desenvolvimento, liderados pelo Banco Mundial (US$ 41,1 bilhões), Asian Development Bank (US$ 12,2 bilhões), Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (US$ 8 bilhões), BID (US$ 5,6 bilhões), African Development Bank (US$ 5,5 bilhões) e Asian Infrastructure Investment Bank (US$ 5,2 bilhões). Os dados são de um relatório conjunto dos MDBs publicado na terça (9/9). A intenção do levantamento é subsidiar discussões sobre o apoio a ações de mitigação e adaptação na COP30, marcada para novembro em Belém (PA). De acordo com o documento, o financiamento climático nesses países mais que dobrou nos últimos cinco anos e aumentou 14% em relação ao ano anterior. Desse total, 69% – ou US$ 58,8 bilhões – foram destinados à mitigação das mudanças climáticas e US$ 26,3 bilhões, ou 31%, à adaptação às mudanças climáticas. O montante de financiamento privado mobilizado para investimentos climáticos nesses países foi de US$ 33 bilhões. Já o financiamento climático dos MDBs para países de alta renda totalizou US$ 51,5 bilhões, dos quais US$ 43 bilhões fornecidos pelo Banco Europeu de Investimento (EIB, em inglês).”

Fonte: Eixos; 10/09/2025

Plano de biocombustíveis dos EUA realocaria metade ou menos das cotas de mistura dispensadas, dizem fontes

“A Casa Branca está considerando um plano que exigiria que grandes refinarias de petróleo cobrissem cerca de metade ou menos dos requisitos de mistura de biocombustíveis recentemente dispensados para instalações menores, de acordo com três fontes familiarizadas com o assunto. A proposta, apresentada pela Agência de Proteção Ambiental e atualmente em análise pela Casa Branca, exigiria que grandes refinarias cobrissem cerca de 50% ou menos dos 1,1 bilhão de galões de combustível renovável isentos no mês passado para pequenas usinas, segundo as fontes. Isso poderia significar uma perda de demanda de aproximadamente 550 milhões de galões, potencialmente aumentando a oferta de créditos de combustíveis renováveis e pressionando para baixo seus preços. O plano, se adotado, provavelmente frustraria produtores de biocombustíveis e legisladores de estados rurais que desejam a restauração total da demanda perdida causada por isenções para pequenas refinarias sob o Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS), a lei de biocombustíveis do país. O RFS exige que as refinarias misturem bilhões de galões de biocombustíveis ao pool de combustíveis do país a cada ano ou comprem créditos chamados RINs daqueles que o fazem. No entanto, também permite que refinarias menores solicitem isenções se puderem comprovar que os requisitos lhes causariam dificuldades financeiras.”

Fonte: Reuters; 10/09/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
.


Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.