Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,59% e 0,66%, respectivamente.
• Do lado das empresas, o Google assinou o primeiro acordo corporativo para comprar eletricidade de uma usina de energia nos Estados Unidos que utiliza tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS), com o objetivo de abastecer seus data centers na região centro-oeste do país, informou a empresa de tecnologia nesta quinta-feira.
• Na política, (i) os governos dos Estados Unidos e de Abu Dhabi anunciaram ontem que investirão US$ 1,8 bilhão em projetos de mineração e refino ao redor do mundo, em parceria com o fundo de private equity Orion Resource Partners, para fortalecer o acesso ocidental a lítio, terras raras e outros minerais críticos – o plano de investimento ocorre em meio a restrições impostas pela China ao fornecimento desses minerais, pressionando fabricantes e outros setores a buscar novas fontes; e (ii) a Indonésia anunciou que irá contribuir financeiramente para o Tropical Forests Forever Facility (TFFF), fundo global liderado pelo Brasil, destinado a remunerar países pela preservação de suas florestas.
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Brasil
Empresas
MG terá carros elétricos com preços de R$ 200 mil a R$ 500 mil no Brasil
“Após estrear nas redes sociais, abrir site e desembarcar os primeiros veículos, a sino-britânica MG Motor caminha para logo mais oficializar o início das operações no Brasil. Autoesporte teve acesso ao cronograma de lançamento da marca e adianta que a estreia acontecerá em novembro, com pré-venda prevista para semanas antes, talvez ainda em outubro. O portfólio por aqui vazou recentemente por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBEV) e foi confirmado por Autoesporte. Será composto pelo hatch médio MG4, seguido do SUV médio S5 e do esportivo conversível Cyberster. Todos são elétricos e desembarcam importados da China, com preços estimados entre R$ 200 mil e R$ 500 mil. A MG é a quinta montadora de origem chinesa a estrear no país em menos de um ano. A operação será tocada de forma independente e sem relação com a estratégia adotada anos atrás, quando a empresa vendeu por aqui, de 2011 a 2013, carros em parceria com a importadora Forest Trade, sem muito êxito. Porta de entrada da MG no Brasil, o MG4 é um hatch médio com 4,28 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,50 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos. Está à venda no mercado internacional desde 2022 e, aqui, terá três versões, incluindo opções com tração traseira ou integral. São elas: Comfort, Luxury e XPower. O preço inicial ficará na casa dos R$ 200 mil.”
Fonte: Valor Econômico; 24/10/2025
Thopen compra 45 usinas solares da Matrix Energia por R$ 556 milhões
“A Thopen, empresa controlada pela Pontal Energy, anunciou a aquisição de 45 usinas solares fotovoltaicas operacionais da Matrix Energia por R$ 556 milhões. Com a aquisição, a Thopen adiciona 120 megawatt-pico (MWp) à sua capacidade instalada. As usinas se enquadram na modalidade de geração distribuída, sistemas solares instalados em pequenos terrenos, gerando energia próxima do local de consumo. As plantas estão espalhadas pelos Estados do Paraná, São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso, Goiás, Alagoas e Mato Grosso do Sul. Ao Valor, o CEO da Thopen e da Pontal Energy, Gustavo Ribeiro, diz que com os novos ativos, a empresa chega à marca de 700 MWp de capacidade instalada. Segundo Ribeiro, o plano é chegar a 1 GWp até 2026. Para isso, a empresa deve continuar crescendo por meio de aquisições em diversas frentes, seja com usinas de grande porte (centralizadas) ou geração distribuída, até eventualmente entrada em geração termelétrica via gás natural, além de construção de empreendimentos próprios. “O objetivo é oferecer uma série de soluções de energia aos clientes”, explica. Os recursos são 100% de capital próprio sem necessidade de aumento da alavancagem, já que a empresa recebeu recentemente uma injeção de capital dos acionistas.”
Fonte: Valor Econômico; 23/10/2025
“Oito entidades ambientalistas e de movimentos indígena, quilombola e de pescadores informaram que entraram na quarta-feira (22) com uma ação na Justiça Federal do Pará contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Petrobras e a União em que pedem a anulação da licença ambiental concedida à Petrobras nesta semana para perfuração de poço de petróleo na Foz do Amazonas. De acordo com nota do Observatório do Clima (OC), um dos que ingressaram com a ação, o Ibama concedeu o licenciamento à estatal “contrariando pareceres técnicos do próprio instituto e recomendações do Ministério Público Federal”. Na ação, protocolada na 9ª Vara de Belém (PA), as entidades ainda pediram uma liminar suspendendo imediatamente as atividades de perfuração, “sob risco de danos irreversíveis ao meio ambiente”. De acordo com o OC, a ação judicial se baseia em três vícios principais contidos na autorização para que a Petrobras possa pesquisar se há petróleo num primeiro momento na Margem Equatorial: o licenciamento não consultou povos indígenas e tradicionais; o processo tem falhas graves de modelagem que põem em risco a biodiversidade da região; e o licenciamento ignorou os impactos climáticos do projeto.”
Fonte: Valor Econômico; 23/10/2025
Política
Brasil lança rede de agricultura tropical regenerativa como solução global
“Na corrida por sistemas agrícolas mais resilientes e regenerativos, o Brasil sai na liderança e se posiciona como protagonista da transição climática ao mesmo tempo que gera benefícios econômicos. Um estudo pioneiro lançado já revelou o tamanho do potencial no Cerrado: o bioma responsável por 60% da produção agropecuária poderia gerar US$ 100 bilhões ao PIB brasileiro por meio deste modelo sustentável. “Somos detentores de um modelo único de agricultura tropical regenerativa que não foi replicado em todos os outros países tropicais”, destacou em entrevista à EXAME, Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global, Instituto Equilíbrio e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O coordenador do Insper explicou que a ideia surgiu quando os grupos perceberam que já faziam iniciativas separadamente. “Por que não unir este conhecimento”? refletiu. O primeiro produto será um site reunindo cerca de 40 estudos das seis instituições desde 2020. O objetivo é pautar o debate público sobre a transição para uma agricultura tropical regenerativa, um modelo que combina restauração do solo, práticas de baixo carbono e proteção da biodiversidade.”
Fonte: Exame; 23/10/2025
Presidência da COP30 prioriza adaptação climática como nova lógica econômica
“A adaptação à mudança do clima será um dos temas prioritários da COP30, em Belém, em novembro. Não só: na visão do presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, a adaptação climática deve ser vista como “o próximo passo da evolução humana” e um novo flanco de negócios – uma “economia da adaptação”. A oitava carta da presidência da COP30, divulgada nesta quinta-feira (23), subverte a percepção que se construiu ao longo das últimas três décadas de que adaptação é algo de cunho local e não global. “A aceleração dos eventos climáticos colocou a adaptação dentro de uma nova lógica econômica que é a mesma lógica econômica da mitigação”, diz ele. Corrêa do Lago assinala que a atração de investimentos depende, atualmente, também de estratégias de adaptação. “Grandes empresas querem investir em locais onde haja adaptação. A adaptação é um elemento importante agora para atrair investimentos.” “Mitigação e adaptação, não são uma coisa ou outra. São complementares”, disse Ana Toni, diretora-executiva da COP30, a jornalistas. “A COP30 dará mais prioridade ao tema”, seguiu. Países menos desenvolvidos têm a demanda de triplicar o financiamento para adaptação ou implementar o que já foi prometido: duplicar recursos anuais de US$ 20 bilhões para US$ 40 bilhões, um fluxo dos países ricos aos em desenvolvimento.”
Fonte: Valor Econômico; 23/10/2025
Internacional
Empresas
Google apoia usina de gás com captura de carbono para abastecer data centers no Meio-Oeste dos EUA
“O Google (GOOGL.O) assinou o primeiro acordo corporativo para comprar eletricidade de uma usina de energia nos Estados Unidos que utiliza tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS), com o objetivo de abastecer seus data centers na região centro-oeste do país, informou a empresa de tecnologia nesta quinta-feira. Os planos das gigantes da tecnologia de expandir tecnologias como a inteligência artificial generativa, que exigem enormes quantidades de energia, têm enfrentado os limites de uma rede elétrica americana com oferta insuficiente. Isso levou a uma série de anúncios recentes de empresas como o Google para financiar o desenvolvimento de novas usinas de energia em todo o país. Os acordos recentes do Google incluem a compra de eletricidade de reatores nucleares avançados, energia geotérmica e hidrelétrica. O novo contrato de fornecimento de energia envolve uma usina de 400 megawatts em Decatur, Illinois, que será desenvolvida pela empresa privada Low Carbon Infrastructure. A usina deverá começar a produzir energia com captura de carbono, processo que retém cerca de 90% das emissões de CO₂ e as injeta no subsolo, no início da década de 2030. O Google não divulgou os termos financeiros do acordo, enquanto a Low Carbon Infrastructure afirmou que a decisão final de investimento no projeto está prevista para o primeiro semestre de 2026.”
Fonte: Reuters; 23/10/2025
Política
Indonésia promete investimento no fundo de florestas tropicais
“A Indonésia anunciou que irá contribuir financeiramente para o Tropical Forests Forever Facility (TFFF), fundo global liderado pelo Brasil, destinado a remunerar países pela preservação de suas florestas. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (23) pelo presidente indonésio Prabowo Subianto, durante encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em Jacarta. O país asiático é o segundo a assumir publicamente um compromisso com aporte no mecanismo. O Brasil foi o primeiro: Lula anunciou um aporte de US$ 1 bilhão, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. A Indonésia não informou o montante do investimento, mas sugeriu que vai colocar o mesmo montante que o Brasil. “O Brasil foi pioneiro nesse movimento e nós o apoiamos. A Indonésia vai participar desse esforço”, disse Prabowo durante entrevista coletiva na manhã de hoje. O TFFF é a principal iniciativa que o governo brasileiro vai apresentar durante a COP30, que será realizada em novembro, em Belém. O fundo propõe a criação de um mecanismo de renda para nações tropicais em troca da conservação de suas florestas. A meta é mobilizar US$ 25 bilhões em aportes soberanos e US$ 100 bilhões em capital privado, totalizando US$ 125 bilhões.”
Fonte: Capital Reset; 23/10/2025
Líderes da UE estabelecem condições para nova meta climática
“Os líderes da União Europeia concordaram nesta quinta-feira em avançar com o estabelecimento de uma meta de emissões para 2040, algo que o bloco está tentando definir antes da cúpula climática global da ONU no próximo mês, apesar da crescente resistência de alguns Estados-membros às medidas ambientais. A UE está tentando aprovar uma nova meta de redução de 90% nas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040, para manter o bloco no caminho rumo às emissões líquidas zero até 2050 — algo considerado essencial por cientistas para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. A meta de 2040 visa manter a UE no rumo entre seu compromisso legalmente vinculativo de cortar 55% das emissões até 2030 e a meta de 2050. Os líderes dos governos da UE concordaram em seguir com a meta de 2040, mas deixaram os detalhes para serem aprovados pelos ministros em uma reunião no dia 4 de novembro. Essa será uma tarefa desafiadora, já que os líderes não resolveram pontos críticos, como a proporção da meta de 90% que os países podem atingir comprando créditos de carbono estrangeiros. “Nenhum de nós está questionando o objetivo da proteção climática. Todos nós concordamos que devemos combinar isso com a competitividade da indústria europeia”, disse o chanceler alemão Friedrich Merz.”
Fonte: Reuters; 23/10/2025
EUA e Abu Dhabi investirão US$ 1,8 bilhão com a Orion em minerais críticos
“Os governos dos Estados Unidos e de Abu Dhabi investirão US$ 1,8 bilhão em projetos de mineração e refino ao redor do mundo, em parceria com o fundo de private equity Orion Resource Partners, para fortalecer o acesso ocidental a lítio, terras raras e outros minerais críticos. O plano de investimento, anunciado nesta quinta-feira, ocorre em meio a restrições impostas pela China ao fornecimento desses minerais, enquanto a demanda global cresce, pressionando fabricantes e outros setores a buscar novas fontes. A Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC), controlada por Washington, a Orion e o fundo soberano de Abu Dhabi ADQ contribuirão com US$ 600 milhões cada, formando o novo Consórcio de Minerais Críticos Orion. O consórcio pretende crescer para US$ 5 bilhões com recursos de outros investidores globais, focando em projetos que já estejam em produção ou que possam ser ativados rapidamente, evitando projetos em fase de exploração. “Estamos absolutamente comprometidos em financiar a cadeia de suprimentos até o ponto necessário para garantir produtos finais aos clientes e consumidores”, disse Oskar Lewnowski, fundador e CEO da Orion.”
Fonte: Reuters; 23/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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