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O Brasil está preparado para a transição energética? Reunião com Absolar e Abeeólica explora as oportunidades para o país

Ao longo deste relatório, destacamos 5 mensagens chaves da reunião entre investidores institucionais e lideranças da Absolar e Abeeólica!

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Mundo busca acelerar a transição energética, e como o Brasil está posicionado para aproveitar as oportunidades? Veja abaixo os principais destaques da reunião

O time ESG do Research da XP, em conjunto com os analistas setoriais, realizou ontem uma reunião para investidores institucionais com a Elbia Gannoum, Presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), e com a Camila Ramos, VP da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), com o intuito de debater a transição energética e as oportunidades para o Brasil. De modo geral, os esforços em curso têm atraído a atenção de investidores, tanto locais quanto estrangeiros, enquanto as palestrantes reforçaram que, para que o país efetivamente aproveite as oportunidades de investimento em energia ao redor do mundo, as companhias brasileiras terão que acelerar projetos, ao mesmo tempo em que os formuladores de política precisam avançar com um quadro regulatório nacional. Neste relatório, destacamos as cinco principais mensagens que ficaram da reunião.


#1. Conjuntura promissora a longo prazo, embora dificuldades no curto prazo estejam no radar. Ambas as palestrantes observaram que o Brasil está batendo recorde atrás de recorde em termos de produção, eficiência e capacidade de geração de energia solar e eólica, com instituições financeiras elevando o financiamento especialmente para energia solar (recorde histórico de R$35B em 2022, +80% A/A). Contudo, os gargalos de curto prazo existem, e incluem principalmente: (i) o crescente CAPEX em projetos renováveis no mercado livre, que gera uma pressão de custo de novos projetos; e (ii) os preços de energia pressionados (PLD no piso), devido a uma hidrologia mais favorável e uma preocupação de sobreoferta de energia, o que tem dificultado a viabilidade econômica de alguns projetos.

#2. Geração distribuída de energia cresce, mas incertezas geram riscos. Embora a nova Geração Distribuída (GD) do Brasil preveja um período de transição para a coleta de componentes tarifários para uso por micro e mini geradores, a soma de benefícios ainda não foram definidos, o que provavelmente impactará na competitividade de novos projetos.

#3. Iniciativas impulsionadas por novas tecnologia em pauta. As palestrantes abordaram perguntas de clientes institucionais sobre projetos de usina solar flutuante no Brasil, observando fatores chave que restringem a competitividade dessa nova tecnologia: (i) alto custo de capital e despesas operacionais; (ii) cadeia de suprimentos pouco desenvolvida e ainda poucos fornecedores; e (iii) baixa capacidade vs. instalações solares tradicionais.

#4. Demanda global por hidrogênio verde é crescente; Brasil bem posicionado para ser um player chave na oferta. A principal mensagem relacionada ao hidrogênio verde é que esta já é uma solução atual (e não do futuro), com projetos prontamente disponíveis, e localizados nas proximidades dos portos brasileiros, visando justamente o envio à compradores externos, reforçando a oportunidade adiante em termos de oferta e exportação. Para acelerar a adoção no país, especialmente nos setores de agronegócio e siderurgia, ainda é necessário enfrentar alguns obstáculos importantes, com destaque para: (i) a presença de um marco regulatório; e (ii) transporte.

#5. Crise na cadeia de suprimentos para a energia eólica onshore preocupam, embora a perspectiva positiva de longo prazo tenha sido reforçada, enquanto as dúvidas permanecem sobre o potencial offshore. Embora as interrupções na cadeia de suprimentos sejam uma preocupação real, o Brasil tem sido o principal mercado para investimentos e soluções em energia eólica onshore, já sendo o sexto maior país do mundo em termos de capacidade instalada, registrando um aumento recorde pelo segundo ano consecutivo (2022 e 2021). Já em se tratando de eólica offshore, ao mesmo tempo em que os altos custos são esperados de serem resolvidos, diminuindo eventualmente, os principais ventos contrários que tornam os projetos eólicos offshore incertos incluem: (i) o longo processo para obter licenças ambientais (~ 3 anos); (ii) a tecnologia ainda subdesenvolvida; e (iii) uma cadeia de suprimento fragmentada e pequena.

Veja abaixo o conteúdo completo em inglês.

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