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Energia nuclear em destaque: Nova política energética no Japão; Constellation Energy assina acordo de US$ 1 bilhão nos EUA | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Energia nuclear em foco na nova política energética do Japão

Na mídia. Japão revê política energética e prevê mais do que dobrar geração nuclear – InfoMoney, 01 de janeiro (link)

Nossa visão. No final de 2024, o governo japonês publicou uma versão preliminar do plano estratégico “Visão da Transformação Verde 2040”, um estudo que busca contribuir para o cumprimento de suas metas de descarbonização o fim da próxima década. O plano destaca a energia nuclear como uma fonte fundamental para a descarbonização e estabelece algumas metas, incluindo: (i) aumentar a participação da energia nuclear no fornecimento de eletricidade do Japão para 20% até 2040 (em comparação com 8,5% em 2023); (ii) reduzir a participação da energia a carvão na matriz para 30%-40% (em comparação com cerca de 70% em 2023); (iii) fornecer suporte para tecnologias de energia renovável e expansão da capacidade; e (iv) incentivar indústrias a estabelecerem suas operações próximas a centros de energia de baixo carbono. De modo geral, a guinada do Japão para a energia nuclear ocorre em um cenário de aumento da demanda de energia, impulsionada principalmente pela expansão dos data centers e da produção de semicondutores, após anos de desaceleração do setor após o desastre de Fukushima em 2011. Além disso, essa mudança também se alinha com as tendências globais: desde a construção de novos reatores pela China até a iniciativa da França de reiniciar reatores existentes, projetos de energia nuclear seguem avançando globalmente, elevando a capacidade operacional nos próximos anos.

#2. Constellation Energy fecha contrato de US$ 1 bilhão com o governo dos EUA para fornecer energia nuclear

Na mídia. Constellation Energy assina contrato de energia de US$ 1 bilhão com o governo dos EUA – Bloomberg, 02 de janeiro (link)

Nossa visão. Na quinta-feira (2 de janeiro), a Constellation Energy, a maior operadora de usinas nucleares dos Estados Unidos, anunciou que fechou um contrato de US$ 1 bilhão para fornecer energia nuclear e demais serviços a cerca de 13 agências federais por um período de dez anos. Do ponto de vista da empresa, a liderança da Constellation destacou que o acordo deve ajudar a estender a vida útil operacional de muitas de suas usinas nucleares existentes. Por outro lado, autoridades governamentais enfatizaram a importância do acordo para a estabilidade orçamentária, garantindo que os custos de eletricidade permaneçam inalterados durante toda a vigência do contrato. Na nossa visão, a energia nuclear está novamente chamando a atenção global como uma fonte não intermitente, competitiva em termos de custo e de baixa emissão de carbono, especialmente em meio à crescente demanda de energia dos data centers e de outras infraestruturas relacionadas à inteligência artificial. Com esse acordo, o governo dos EUA se junta a grandes empresas de inteligência artificial e de tecnologia para impulsionar os investimentos e a expansão da capacidade da energia nuclear, sendo provável que essa fonte de energia apresente crescimento no curto e médio prazo.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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