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Em projeto conjunto da Petrobras, WEG e Statkraft, maior turbina eólica do Brasil entra em operação | Café com ESG, 19/09

Britânica amplia energia solar no Brasil; COP leva proposta de plano climático à OMC

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território levemente negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,06% e 0,14%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Lightsource bp, braço de energia renovável da petroleira britânica bp, pretende instalar 1,4 GW de energia solar em cinco anos, aumentando em quase sete vezes a atual capacidade instalada da companhia no Brasil – o movimento da Lightsource bp, cujos investimentos devem somar R$ 4,5 bilhões no período, vai na contramão de petroleiras que frearam iniciativas voltadas para a transição energética, redirecionando o foco para a exploração e produção de hidrocarbonetos; e (ii) a maior turbina eólica instalada no Brasil, com 7 megawatts de potência, foi colocada em operação, em projeto conjunto da Petrobras, WEG e Statkraft, anunciaram ontem as empresas – instalado em um complexo eólico da geradora renovável Statkraft na Bahia, o aerogerador é resultado de um investimento de R$ 130 milhões da Petrobras, com recursos da agência reguladora ANP, BNDES e governo federal através do Ministério do Meio Ambiente.

• Na política, pela primeira vez um presidente da COP foi à Organização Mundial do Comércio (OMC) – na ocasião, o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago anunciou uma proposta de um fórum para integração entre comércio e mudança climática, uma interação que normalmente passa por questões que vão de acesso ao mercado a segurança nacional e competitividade.

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Brasil

Empresas

Lightsource bp vai investir R$ 4,5 bi em 1,4 GW de projetos solares

“A Lightsource bp, braço de energia renovável da petroleira britânica bp, pretende instalar 1,4 gigawatts (GW) de energia solar em cinco anos, aumentando em quase sete vezes a atual capacidade instalada da companhia no Brasil. A potência total prevista equivale à capacidade da usina de Angra 2, no Rio. O movimento da Lightsource bp, cujos investimentos devem somar R$ 4,5 bilhões no período, vai na contramão de petroleiras que frearam iniciativas voltadas para a transição energética, redirecionando o foco para a exploração e produção de hidrocarbonetos. O anúncio também se dá quando o setor elétrico brasileiro vive um cenário de incertezas causadas pelos cortes de geração renovável, tidos como um dos principais problemas deste mercado. Os cortes têm sido realizados porque há excesso de geração em relação ao consumo, o que pode desestabilizar a rede. Outro motivo é que a maior parte da energia renovável, solar e eólica, está localizada no Nordeste e os maiores polos de consumo estão no Sudeste. A capacidade das linhas de transmissão não é suficiente para transportar toda essa eletricidade. Criada em 2010, a Lightsource bp era uma joint venture entre a francesa Lightsource e a britânica bp para desenvolvimento de projetos de energia solar e sistemas de armazenamento. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a geração eólica. Em novembro de 2023, a bp anunciou a compra da participação dos franceses na empresa de energia renovável, de 50,03%, operação concluída em outubro de 2024. A Lightsource bp atua em 19 países, com 11,5 GW de projetos solares desenvolvidos no mundo.”

Fonte: Valor Econômico; 19/09/2025

Petrobras, WEG e Statkraft iniciam operação de maior turbina eólica do Brasil

“A maior turbina eólica instalada no Brasil, com 7 megawatts (MW) de potência, foi colocada em operação, em projeto conjunto da Petrobras (PETR4), WEG (WEGE3) e Statkraft, anunciaram as empresas nesta quinta-feira. Instalado em um complexo eólico da geradora renovável Statkraft na Bahia, o aerogerador é resultado de um investimento de R$ 130 milhões da Petrobras, com recursos da agência reguladora ANP, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e governo federal através do Ministério do Meio Ambiente. A petroleira anunciou em 2023 uma parceria com a WEG, que ficou responsável por desenvolver o equipamento, que tem 220 metros de altura do solo até a ponta da pá e pesa 1830 toneladas. “A Petrobras, ao direcionar parte de seus investimentos para co-criar uma nova geração de equipamentos de energia eólica adquire conhecimentos que poderão subsidiar a empresa em futuros projetos, além de contribuir para a diversificação da matriz energética brasileira”, disse a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da estatal, Renata Baruzzi, em nota. Já a WEG disse prever que o equipamento poderá ser produzido em série “a partir da demanda do mercado por novos projetos eólicos”.”

Fonte: InfoMoney; 18/09/2025

Grandes emissores desafiam bancos na transição climática

“Mesmo diante da pressão por uma economia de baixo carbono, os bancos brasileiros continuam financiando setores historicamente intensivos em emissões de gases de efeito estufa, como petróleo, gás, mineração, siderurgia, cimento e agropecuária. Por regulação do Banco Central, os bancos precisam monitorar minimamente o risco ambiental e climático de seu portfólio e divulgar o que estão fazendo, como, por exemplo, a Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC). Boa parte das instituições, especialmente as maiores, já têm metas e planos para diminuir a intensidade de emissões da carteira, seja via monitoramento de indicadores e critérios mais rigorosos, como no caso do agronegócio, via restrições de crédito, como no caso do setor de carvão, ou ainda através de políticas de engajamento com os clientes de segmentos mais poluidores, como cimento, atividades industriais e óleo e gás. Em paralelo, novos setores, como data centers e empresas de tecnologia também passaram a ocupar um lugar de destaque nas discussões sobre emissões, devido ao aumento exponencial da demanda por energia e água para suportar operações de inteligência artificial. Segundo pesquisa Global Data Centers: Sizing & Solving for CO2, publicada pelo Morgan Stanley, estima-se que, até 2030, a indústria de servidores emitirá cerca de 2,5 bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono — três vezes mais do que seria esperado sem o advento das IAs generativas —, sendo 60% desse total decorrente do aumento do consumo energético das estruturas.”

Fonte: Valor Econômico; 18/09/2025

Presidente da COP30 anuncia na OMC plano de ”fórum comércio-clima”

“Pela primeira vez, um presidente da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP) foi à Organização Mundial do Comércio (OMC). E foi a ocasião para o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, que vai dirigir a COP30 em Belém, em novembro, anunciar proposta de um fórum para integração entre comércio e mudança climática. É uma interação sensível que normalmente passa por questões que vão de acesso ao mercado a segurança nacional e competitividade. A ideia brasileira é criar uma espécie de mutirão contra mudança climática na COP30 para começar a funcionar em 2026 com um novo paradigma de cooperação, e institucionalização distinta tanto da OMC como da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima). O mandato do fórum não será produzir resultados vinculativos ou textos legais, explicou Corrêa do Lago. A ambição é de passar de diagnóstico dos problemas para desenhar soluções às dificuldades que os países enfrentam sobre comércio e clima, sem formalidades de negociações. Juntará todo mundo –negociadores do clima e do comércio lado a lado, com mandato misto e escopo temático híbrido, apoiados por especialistas em partes iguais de países em desenvolvimento e desenvolvidos e sem formalidades de negociações.”

Fonte: Valor Econômico; 18/09/2025

Apenas 38 países apresentaram metas climáticas até agora

“No evento de alto nível de ação climática convocado pelo secretário-geral das Nações Unidas António Guterres para a próxima quarta-feira, em Nova York, a expectativa é que entre 40 e 45 países anunciem seus novos compromissos climáticos, as NDCs. É um número decepcionante por dois motivos. O primeiro é que 194 países e a União Europeia (UE) assinaram o Acordo de Paris – são 193 sem os Estados Unidos – e até agora só 38 apresentaram seus compromissos. Na melhor das hipóteses, depois da cúpula da ONU faltarão 110 países. A segunda razão é que, dos quatro maiores emissores do mundo, só se espera que a China apresente em Nova York sua meta de redução de emissões. O sinal mais recente de que o cenário é ruim veio com a notícia que a UE, o quarto maior emissor depois da China, EUA e Índia, não conseguiu chegar a um consenso. A proposta da Comissão Europeia é reduzir em 90% as emissões líquidas de gases-estufa em 2040. A UE planejava concordar com novas metas climáticas para 2040 e 2035 este mês. Mas Alemanha, França e Polônia exigiram que os líderes discutam a meta de 2040 só em outubro, o que complicou as negociações sobre ambos os objetivos. Para piorar, a República Tcheca e a Itália se opõem ao corte de 90% nas emissões líquidas do bloco e Espanha e Dinamarca, por outro lado, apoiam uma ação climática mais forte, citando as severas ondas de calor e incêndios florestais cada vez mais intensos na Europa a cada verão, além da necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados, informa a Reuters.”

Fonte: Valor Econômico; 19/09/2025

Internacional

Empresas

Exxon busca apoio político dos EUA para derrubar lei climática da União Europeia

“A Exxon Mobil está intensificando os ataques contra uma lei de sustentabilidade corporativa da União Europeia e levou suas preocupações diretamente ao presidente dos EUA, Donald Trump, alertando que a regulamentação pode levar mais empresas a deixarem a Europa. A diretiva de diligência de sustentabilidade corporativa da UE (CSDDD), adotada no ano passado, exige que as empresas corrijam problemas de direitos humanos e ambientais em suas cadeias de suprimentos, sob pena de multa mínima de 5% do faturamento global. Em resposta às críticas de empresas e líderes da França e da Alemanha, que alegam que a lei prejudicaria a competitividade do bloco, a Comissão Europeia propôs mudanças para flexibilizar os requisitos. Mas isso não é suficiente, segundo o CEO da Exxon, Darren Woods, que pediu a revogação total da lei. Woods afirmou que discutiu a regulamentação com Trump e outros membros do governo envolvidos em comércio e políticas da UE, e que a administração levantou preocupações sobre a CSDDD nas negociações comerciais com o bloco. “Estamos saindo da Europa aos poucos”, disse Woods, explicando que a Exxon vendeu, fechou ou saiu de quase 19 operações devido à burocracia que dificulta os negócios. “Essa é mais uma legislação que acelera esse incentivo ou justifica a redução das atividades empresariais na Europa.” A Comissão Europeia não respondeu imediatamente ao pedido de comentário. Segundo Woods, a legislação obrigaria a Exxon a aplicar leis ambientais às suas operações em todo o mundo, e uma multa de 5% sobre as vendas globais seria “devastadora”. A Exxon teve US$ 339 bilhões em vendas no ano passado. Nos EUA, parlamentares também estão se mobilizando. Um projeto de lei apresentado pelo senador Bill Hagerty, do Tennessee, em março, busca proteger empresas americanas de serem obrigadas a cumprir a CSDDD.”

Fonte: Reuters; 18/09/2025

Mercosul-EFTA: acordo é uma declaração rumo à transição energética, avalia ministra da Noruega

“O Acordo de Livre Comércio (ALC) entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), assinado nesta terça (16/9), no Rio de Janeiro, é mais do que uma abertura de mercados, na avaliação da ministra do Comércio e Indústria da Noruega, Cecilie Myrseth. Para ela, o pacto representa uma declaração conjunta em direção às soluções de energia renovável, sustentabilidade e novas tecnologias. “O que você me perguntou é sobre como encontrar as soluções para o futuro quando se trata de energia renovável, sustentabilidade, novas tecnologias e inovação. Acho que este acordo representa exatamente isso, é uma grande declaração nesse sentido”, afirmou a ministra em entrevista a jornalistas, na quarta (17/9). A Noruega já conta com mais de 230 empresas instaladas no Brasil, muitas delas ligadas aos setores de energia e inovação. Segundo Myrseth, os dois países têm muito a avançar em áreas como captura e armazenamento de carbono (CCS), hidrogênio e produção de fertilizantes verdes que podem ajudar a descarbonizar a agricultura brasileira, incluindo cadeias de valor como o café — a Noruega é um dos maiores consumidores de café per capita no mundo. Ao mesmo tempo, a ministra ressaltou que será necessário garantir o suprimento de energia com a continuidade da produção de petróleo e gás.”

Fonte: Eixos; 18/09/2025

UE não consegue chegar a acordo climático vinculativo antes da reunião da ONU

“A UE não conseguiu chegar a um acordo sobre um plano climático vinculativo para reduzir os gases de efeito estufa na próxima década a tempo para a Assembleia Geral da ONU na próxima semana, já que os Estados-membros, divididos, assinaram uma “declaração de intenções”. Os ministros do Meio Ambiente dos 27 países do bloco disseram na quinta-feira que tentariam reduzir as emissões entre 66,3% e 72,5% até 2035, o que representa um golpe nas esperanças de liderança da UE na cúpula do clima da ONU no Brasil, em novembro. Eles também estão negociando uma meta para 2040, rumo a um compromisso acordado de emissões “líquidas zero” até 2050. Será necessário chegar a um acordo sobre um plano juridicamente vinculativo, conhecido como contribuição nacionalmente determinada (NDC), antes da COP30, em menos de oito semanas. O Reino Unido lidera com uma meta de 81% em relação aos níveis máximos de emissão de 1990, enquanto a Austrália se comprometeu com um corte de até 70% em relação aos níveis de 2005 na quinta-feira. A Dinamarca, que detém a presidência rotativa da UE, defendeu o compromisso. Lars Aagaard, seu ministro do clima, afirmou: “Continuamos unidos e falaremos a uma só voz, com clareza, nas Nações Unidas. Isso demonstra a vontade da UE e de seus Estados-membros de encontrar soluções e promover a ação climática global.”.”

Fonte: Financial Times; 18/09/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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